15 de Janeiro de 2016
Eu estava em uma fantástica festa com Gleisi e alguns amigos em Miami enquanto Olívia e
Henry, nossos filhos, estavam na casa do meus pais. A balada era na casa de uma amiga minha, Maria Antonia, da qual Gleisi odiava, ela só veio para festa arrastada.- Eu quero ir embora Lind. Eu não me sinto bem aqui. - Gleisi disse me encarando com seus olhinhos de cachorro pidão.
- Já já nós vamos, eu prometo.
Falei e ela assentiu suspirando então fiz carinho em sua mão, Deus eu a amo tanto e não me arrependo nem um pouco de ser casado com ela a quase dez anos e hoje ter junto a ela duas crianças lindas e muito amadas, mesmo apesar de ter me casado muito novo, realmente não me arrependo.
- Sabe onde é o banheiro? Estou quase fazendo xixi.... - Gleisi disse
- Não sei aonde é, mas deve ser lá em cima. Quer que eu vá com você pra eu te ajudar a procurar? - Eu perguntei.- Não, não. Está tudo bem, logo eu volto.
Gleisi disse levantando, me deu um selinho e logo saiu andando sumindo rapidamente no meio das muitas pessoas. Enquanto isso eu fiquei sentado bebendo e olhando para a multidão. Longos minutos se passaram e eu já estava preocupado com Gleisi demorando muito, porém quando iria me levantar para ir atrás dela Maria apareceu na minha frente um pouco ofegante.
- Sabe Lind... Você não devia confiar na sua mulher tanto quanto confia. - Maria disse se sentando do meu lado e eu bufei impaciente com sua implicância com Gleisi.
- Maria para com isso. - Falei e ela sorriu, um sorriso quase que vencedor. - Eu confio muito na Gleisi e você devia aceitar meu casamento e não odiá-lo.
- Estou falando algo que sei, deveria ir ao segundo andar e ver o que sua querida esposa está fazendo com Paulo no meu quarto de hospedes.
Maria disse se levantando com uma cara de deboche logo sumindo da minha visão. Senti meu peito arder e meus olhos queimarem, respirei fundo me levantando e começando a caminhar até o segundo andar.
Com um pouco de dificuldade eu cheguei ao segundo andar e confesso que já estava sentindo minhas pernas fraquejarem um pouco. Paulo é um homem que sempre está arranjando um jeito de dar em cima de Gleisi, no entanto sempre diz que é apenas uma brincadeira para me provocar.
Assim que estava bem próxima da porta cheguei tentando abri-la de uma vez, porém parei, pois estava trancada. Então encostei meu rosto na porta ouvindo algumas palavras que eu não entendi, no entanto, logo depois, consegui identificar o que eu não queria, ficava cada vez mais alto e impossível de não entender.-Oh, Gleisi... Vai, continua...
Era a voz de Paulo, lágrimas salgadas começaram a cair sobre meu rosto, eu poderia afirmar que desmaiaria ou talvez que eu fosse cair, até mesmo morrer por sentir me sentir tão fraco em um período de tempo tão pequeno.
Não tive muito tempo para pensar e conseguir entender o que estava acontecendo, na realidade nem tinha o que pensar, apenas sai correndo de uma forma totalmente absurda, minha mente estava rodando e eu acreditava que iria cair e bater com a cara no chão por tamanha a velocidade em que eu corria, entretanto nada disso aconteceu e por cima de muitos chamados do meu nome por meus amigos, eu sai da casa indo para o meu carro e quando o alcancei o liguei e acelerei sentindo meu coração doer mais a cada quilômetro que o carro aumentava.- Idiota, idiota, idiota. - Gritei batendo no volante com força quase perdendo a direção.
Assim que parei o carro na frente da minha casa, desci do carro já estacionado e entrei, batendo a porta com força, fui para o banheiro e me tranquei ali chorando, era tantas lágrimas que eu poderia me afogar nelas. Passei minutos e mais minutos ali, chorando e me acabando por inteiro, logo eu ouvi um barulho vindo de fora do banheiro.- Lind?
Ouvi a voz de Gleisi, me levantei do chão do banheiro respirando fundo, abri a porta devagar.
Andei até a sala encontrando Gleisi olhando ao redor atrás de mim.- Meu amor, por que está chorando? E por que me deixou sozinha lá?
- Não te deixei sozinha. - Falei um pouco nervosa e ela franziu o cenho. - Paulo gostou de como você fodeu com ele?
- Do que você tá falando Lindbergh? - Ela perguntou meramente confusa, engoli o choro rapidamente para ela não me ver desabar.
- Eu ouvi ele gemendo, gemendo a porra do seu nome, Gleisi.
Falei ficando cada vez mais nervoso com seu cinismo. Ela se aproximou de mim pegando meu rosto entre suas mãos e só consegui sentir nojo daquelas mãos que tocaram outro homem, a mulher que eu odeio e que vive tentando arrancar
Camila de mim.- Me larga...
- Não Lind. - Gleisi começava a ficar desesperada e eu podia saber que ela estava prestes a chorar. - Calma, você entendeu tudo errado, me deixa explicar amor.
- Eu não quero uma explicação, eu sei o que ouvi. - Gritei lhe assustando.
- Lind, como sabe se não aconteceu merda nenhuma do que está me dizendo?
Ela disse chorando desta vez, meu corpo com tantas emoções, por um momento eu queria poder puxar seu corpo contra o meu e cuidar dela, porém ao mesmo tempo eu queria que a dor e angústia que eu sentia acabasse de uma vez.
- Gleisi, apenas suma da minha frente. - Eu disse sentindo meu coração se apertar cada vez mais.
- Pra começo de conversa eu nem ao menos queria ir naquela festa foi você quem me arrastou pra aquele lugar. Desde o começo te pedi para vir pra casa e você não quis. Agora, olhe no fim que deu. - Gleisi disse já com raiva, sabia disso, pois sempre que ela sentia raiva fazia mil gestos com a mão.
- Agora a culpa é minha por você ter me traído? - Perguntei incrédulo.
- Você sabia que eu queria ficar em casa brincando com nossos filhos, mas você preferiu ir pra festa daquela vagabunda. - Ela disse explodindo cada palavra.
- Pelo menos Maria deve ser mais fiel do que você.- Falei sem pensando no que dizia. Eu sabia bem o tipo de pessoa que Maria era e com certeza não era a mais fiel do mundo, afinal só disse aquilo para que Gleisi sentisse o que eu sentia.
- Por que não acredita em mim? Não houve traição nenhuma. - Gleisi perguntou e eu torci a boca.
- Gleisi, não tente me enganar, eu não ouvi tudo, mas o suficiente para saber a merda que fez. - Falei desabando em lágrimas novamente e vendo ela chorando também, ela iria se aproximar de mim novamente, porém me afastei.
- Não chega perto de mim e mesmo assim isso não justifica nada, não é porque foi a uma festa de uma pessoa que não gosta seja um motivo para me trair.
-
- Eu não traí você! - Ela disse pausadamente. - Eu amo você, não tenho motivo nenhum para fazer
iSSO.- Já chega, eu não aguento mais ouvir você dizendo que não fez algo que fez. - Gritei, ela já estava vermelha de tanto chorar. - Eu não aguento mais sentir isso dentro de mim Gleisi. -Repeti e ela ficou calada por um tempo.
- Eu também não. Não consigo sentir essa dor de saber que não consegue acreditar em mim. - Ela disse me surpreendendo. - O amor faz ver as verdades, talvez você não me ame mais e por isso não consegue ver a verdade. Eu quero o d..
- Você quer o que? - Perguntei tentando parar de chorar, no entanto, foi impossível com as três palavras que ela repetiu.
- Eu quero o divórcio, Lindbergh.
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Nova fic pra vcs, essa é uma adaptação.