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                                › Pᴏɪɴᴛ ᴏf ᴠɪᴇᴡ ‹
                                    Alice Vieira

Eu respirei fundo e peguei minha mala, abri a mesma e coloquei na cama. Abri meu guarda roupa e peguei um bolo grande de roupas dobradas, caminhei até a cama e comecei a arrumar as roupas na mala. Escutei barulho na porta e olhei na direção dela, logo vi o Marco. Sorri leve e voltei a arrumar as roupas.

Fui pro guarda roupa e peguei mais um bolo de roupa.

— Ei.. - ele se aproximou

— Hm? - o olhei e coloquei as roupas na mala

— Vem cá... - ele segurou meu braço e me deu uma leve puxada

O mesmo me abraçou e eu retribui, eu fechei os olhos e segurei o choro.

— Pode chorar princesa... - Marco diz com uma voz tranquila

Eu apertei o abraço e me enfiei no pescoço dele sentindo as lágrimas escorrendo. O mesmo acariciou meu cabelo e beijou meu ombro.

   _ Quebra de tempo _

Após me acalmar, Marco ajudou a pegar todas minhas coisas. Eu suspirei terminando de fechar a última mala e me sentei na cama, esfreguei o rosto e o Marco se sentou ao meu lado.

— Você já sabe pra onde vai? - ele pergunta

— Não, vou caçar algum hotel pra ficar enquanto não acho lugar fixo. - falo e o olhei

— Fica lá em casa. - ele diz, mas logo se cala e encarou suas mãos

— Não quero incomodar. - falo

— Não vai... Mas se não quiser ir tá tudo bem. - o mesmo diz e me olha

— Então eu vou. - falo o olhando e sorri leve

Ele sorriu e olhou pra minha boca, mas desviou o olhar em seguida. O mesmo se levantou e me olhou.

— Vamos? - ele pergunta e eu assenti

— Uhum. - falei meio baixo e me levantei

    _ Quebra de tempo _

— Pode ficar aqui nesse quarto, e não precisa se apressar, sabe que pode ficar o tempo que quiser. - Marco diz

— Obrigada Marco, de verdade... - falo e parei na frente dele

— De nada princesa. - ele sorriu — Toma um banho e desce, vou pedir algo pra comermos - o mesmo diz — Quer comer o que?

— Ah, sei lá. Pode escolher - falo e ele assentiu.

Ele beijou minha testa e saiu do quarto encostando a porta. Eu peguei uma roupa de dormir em uma das malas, uma toalha e fui pro banheiro.

Eu prendi meu cabelo e entrei no box, respirei fundo e comecei a tomar um banho quente pra tentar relaxar.

Assim que terminei, me sequei e me vestir. Estendi a toalha e saí do quarto, eu desci e vi o Marco na sala.

— Pediu o que? - pergunto e me sentei do lado dele

— Pizza - ele diz e me olha. — De bacon e uma portuguesa, que eu sei que tu gosta. Pedi doce também, chocolate com M&M por cima

— Tu ainda lembra é? - eu ri o olhando

— Lembro de tudo. - o mesmo diz e me olha

Eu dei um leve sorriso e desviei o olhar com vergonha dele me olhando.

— Que foi hein? - ele pergunta ainda me olhando

— Para me olhar. - eu ri e escondi o rosto

— Para de graça - ele riu. — Já te vi até pelada e tu nessa de vergonha de ficar te olhando.

— Marco! - eu ri e o olhei — Boboca. - neguei e dei um leve tapa no braço dele

— Menti? - ele riu e me olhou

— Pior que não... - falo o olhando

— Então pronto. - o mesmo diz

Eu fiquei o olhando e me ajeitei no sofá.

— Desculpa. - peço o olhando

— Pelo o que? - ele me olhou sem entender

— Pelo o que te disse naquele dia.. - falo

— Tá de boa, relaxa. Já passou, e de certa forma, foi bom escutar aquilo - Marco diz — Eu precisava escutar pra me fazer perceber muita coisa.

— Não precisava escutar daquela forma. - falo — E outra, você não é e nunca foi só um drogado de merda... Enfim, desculpa te falar tudo aquilo, tava mexida com a nossa briga, com a perda do bebê e mais mil coisas que tava na mente, acabei descontando tudo em você.

— Relaxa princesa, já passou. - o mesmo diz e faz carinho no meu rosto — Eu que tenho que te pedir desculpa. Por ter começado a briga e por depois não ter acreditado que você perdeu o bebê, não queria ter falado aquelas coisas pra você.

— Tudo bem. Eu sei que foi tudo da boca pra fora, porque eu sou incrível e não tem como me odiar - falo e ele riu.

— Boba. - o mesmo diz — Porém é verdade

Eu sorri e neguei.

— Antes da nossa primeira briga e do término, eu fiz uma coisa. - ele diz me olhando

— O que? - pergunto o olhando

Ele esticou o braço e me mostrou o pulso, eu sorri de canto e passei a mão por cima da tatto dele.

— Por que não me mostrou quando fez? - pergunto e o olhei

— Porque ia esperar o nosso aniversário, mas terminamos antes... - ele diz me olhando — Eu pensei em cobrir várias vezes, porém nunca tive coragem, sei lá, pareceu que algo dentro de mim não deixou.

— Meno tody falando de um sentimento? Quem diria - falo e ele riu.

— Palhaça. - ele diz e nega

— Posso te fazer uma pergunta? - o olho

— Já fez né - ele diz e eu revirei os olhos o fazendo rir. — Pode

— Porque não assume que quer pegar a Jully? Eu vi, tava na cara que você queria. - falo e segurei a risada

— Vai se foder vai - ele diz e negou me fazendo rir.

— É sério. - falo

— Até queria pô, mas vi a irmã dela e mudei de ideia. - o mesmo diz e eu o olhei sentindo meu rosto arder

— Para de palhaçada - falo e desviei o olhar.

— Única mentira é de querer pegar ela, a de ver a irmã dela e querer beijar não é não. - ele diz e eu o olhei

Eu fiquei quieta e com o rosto queimando cada vez mais. Ele ficou me olhando enquanto rir e eu olhei pra boca dele, esse sorriso acaba comigo, vai se foder.

— Quer me beijar é? - ele perguntou enquanto me olhava nos olhos

— Sim. - eu travei assim que percebi o que havia dito, eu o olhei e ele sorriu

𝘊𝘪𝘤𝘢𝘵𝘳𝘪𝘻𝘦𝘴 ⋟ 𝘔𝘦𝘯𝘰 𝘛𝘰𝘥𝘺Onde histórias criam vida. Descubra agora