Para mim, o coração tem significados diversos. Muitos pensam nele como o músculo que nos mantém vivos, enquanto outros o veem como o símbolo do amor. No entanto, além desse belo sentimento, o coração representa muito mais para mim: força, verdade, j...
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Mesmo não falando com a Kim, fui à formatura dela e vê-la se formar e o sorriso estampado no rosto dela me deixou tão feliz. A Lunna estava tão linda e radiante, fiquei observando ela de longe e quando a vi passar com os olhos cheios de lágrimas e se aproximar dele, me fez querer ir correndo para ver o que havia acontecido, porém, meu pai segurou o meu braço. Eles estão sabendo de tudo o que aconteceu com a Lunna, eu realmente não sabia sobre como agir com uma pessoa que estivesse tendo uma crise de pânico e nem saberia como saber o que estava acontecendo. Mamãe me disse que isso aconteceu com ela várias vezes depois da perda da nossa irmã, muitas das vezes era conosco em casa, mas ela corria para o quarto e se trancava e seguia tudo o que seu psiquiatra lhe ensinava.
Eu realmente fiquei muito preocupado com ela e Lunna foi o motivo de me reaproximar da minha irmã e dos meus pais. A nossa conversa foi bem franca e descobri que naquele dia do jantar, Kim foi pedida em casamento. Ela chorou e me bateu, disse que me queria por perto naquele momento especial em sua vida. Prometi que estaria sempre ao seu lado e que não a abandonaria mais, contudo ainda seria difícil para mim aceitar o relacionamento dela com aquele imbecil. Lá estava ele na formatura dela, cheio de mãos e dedos para cima da minha irmã. Por várias vezes me segurei para não esmurrar a cara dele, mas eu tinha que colocar a minha dor de lado e olhar a felicidade estampada no rosto da minha irmã, finalmente eu estava ali ao lado dela. Contudo, o baque final foi ver a Lunna ser pedida em casamento, eu realmente não acredito que ela aceitou o pedido dele e aquilo tudo é uma palhaçada! Sai dali com uma dor enorme no peito e a sensação de tê-la perdido para sempre. A voz de Jully e o que ela me disse aquele dia da crise da Lunna não sai da minha cabeça. Mas eu não posso e não devo dar ouvidos a esse sentimento bobo, eu não me apego e nem quero fazer parte deste time que se chama comprometido, não sei o que é amor e nem o quero para mim.
Saio dos meus devaneios com o telefone tocando, o atendo e a voz enjoativa de Laila se faz presente, onde eu estava com a cabeça quando decidi levá-la para a minha cama? Ah, claro! Eu nem cheguei a pensar sobre isso. Como diz o meu amigo Rick, nunca penso e só ajo quando a única coisa que me importa é o prazer.
— Ad... hum, é senhor Fiore, um homem chamado Antony Harris está aqui para vê-lo — não acredito que ele veio até aqui.
— Laila — suspiro colocando o meu dedo indicador e anelar na minha têmpora esquerda, tentando prevenir a dor de cabeça que está vindo. — Peça para ele entrar.
— Sim, senhor — ela diz, desligo e me levanto abotoando o botão do meu terno.
Não demora muito e a porta do meu escritório se abre, então ele entra com aquela cara de canalha dele.
— Adam — ele diz se aproximando e lhe dou um soco que ele quase cai, se escorando na mesa.
Laila olha para nós com as mãos na boca espantada.
— Pode se retirar Laila.
— Sim, senhor — ela diz fechando a porta.
— Agora estamos um pouco quites e só aceitei te receber devido à minha irmã — digo ele se endireita, se sentando na poltrona em frente a minha mesa, passando a mão no canto da boca, onde há sangue e sorrio. — Agora, pode começar a dizer o porquê veio aqui — digo e volto para o meu lugar me sentando.
