Para mim, o coração tem significados diversos. Muitos pensam nele como o músculo que nos mantém vivos, enquanto outros o veem como o símbolo do amor. No entanto, além desse belo sentimento, o coração representa muito mais para mim: força, verdade, j...
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Saio de mais uma terapia e observo o carro de Romolo parado no estacionamento, ele está encostado no automóvel com as mãos no bolso. Sorrio e vou me aproximando, ele sorri e vem ao meu encontro.
— Boa noite, senhorita — diz pegando a minha mão e dando um beijo. — Gostaria de jantar comigo esta noite? — Sorrio com o seu galanteio.
— Boa noite, adoraria — ele se afasta e abre a porta do carro, ainda com a mão na minha me ajuda a entrar. Ele se abaixa e arruma o cinto de segurança ao meu redor, deixando um beijo em meu pescoço me fazendo sorrir, fecha a porta e vai para o lado do motorista, entrando e saindo com o carro.
— Então, como foi a terapia?
— Foi tudo bem, apesar de ainda ser difícil ter que falar.
— Falou da crise que teve? — Pergunta e me olha rapidamente.
— Sim — suspiro. — Foi meio complicado relembrar essa parte, mas vou me esforçar para conseguir superar — digo e ele pega a minha mão, dando um beijo nela me olhando e sorrindo.
— Estarei com você a ajudando, nunca se esqueça disso — fala voltando a olhar a estrada, mas não solta a minha mão.
— Obrigada — sorrio e realmente não sei se conseguiria sem ele ao meu lado.
— Para onde vamos?
— Será surpresa! — Ele diz beijando a minha mão novamente e em nenhum momento ele a solta.
Não demora muito e ele para em frente ao restaurante, sorrio, pois eu realmente queria vir aqui há muito tempo. Romolo entrega a chave para o manobrista pega na minha mão e entramos, o maitre se aproxima e nos cumprimenta.
— Senhor Green, sua mesa está pronta, por aqui — ele se vira e o seguimos.
Entramos em um elevador e não demora muito para as portas se abrirem, saímos e caminhamos por um corredor bem iluminado, com paredes de vidros nos dando a visão da cidade. O maitre nos indica a nossa mesa, Romolo puxa a cadeira para que eu me sente e agradeço.
— O garçom virá atendê-los, lhes desejo um ótimo jantar e uma noite agradável.
— Obrigado — Romolo fala e agradeço, ele se senta a minha frente e com certeza estou parecendo uma boba o olhando.
— Desde quando tem planejado esse jantar? Sabe que para ter uma mesa nesse restaurante, precisa meio que entrar em uma fila.
— Eu não tive que fazer muita coisa, apenas quase implorar para a minha mãe arrumar uma mesa para a gente.
— Sério? — Pergunto e ele sorri.
— Claro que não! Isso é uma surpresa para você, então apenas aproveite.
— Obrigada. Mas qual seria o motivo por trás dessa surpresa? — Pergunto e o garçom nos traz o menu.
Fazemos o nosso pedido e Romolo mais uma vez pega as minhas mãos a beijando fechando os olhos, quando me olha eu realmente não sei o que pensar. É o mesmo olhar de anos atrás, o mesmo olhar que ele me deu na cafeteria naquele dia chuvoso.
