03. Adaptação

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Eu cheguei para deixar capítulos novos para vocês.

Gostaram?

Gostaram?

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Kitty

— E o que ele pensa disso? — pergunto, porque não adiantará nada se eu tentar me aproximar com a intenção de fazer funcionar se ele estiver decidido a deixar de lado tudo o que eu disser.

Pelo que ouvi de Tomáz dele não há muitos problemas, parece alguém calmo, com um grande problema, mais calmo. É pior do que lidar com aqueles que faltam ter um surto durante o período de lançamento? Não é, pois, acabamos sendo envolvidos pelo que sentem.

Se ainda não tenho cabelos brancos, é por minha genética ser ótima.

— Tenho tentado convencê-lo — explica Javier. — Dylan continua trabalhando, mas temos as promoções de seu último lançamento e a ansiedade do público para o novo, não quero que ele tire a cabeça da produção com preocupações desnecessárias.

— Disse que eu seria aquela a ficar no lugar do Tomáz? — goste ou não, minha fama faz com que possa dar essa carteirada, alguns diriam sim no segundo em que meu nome fosse ouvido, mas pela cara de Javier, deve ter sido inútil.

— Claro, mas para ele é realmente difícil lidar com mulheres — fala Javier, dessa vez não é somente como se fosse um chefe preocupado com as questões que implicam em ter um autor problemático. — Acredito que não é daquelas que vê verdade em boatos?

— Todo mundo tem problemas, e se não faltar respeito entre nós, ou se quiser manter alguns metros de distância, não me importo — profiro com segurança.

Não tenho somente que fazer o meu trabalho assim como é para qualquer outro?

— Esse é um ponto, mas sei que gosta de manter contato com seus autores — diz Javier, e está certo, manter-me próximo faz com que eles tenham um rosto a quem ligar em momentos de situações difíceis, afunilá-la a nossa relação, mas se não puder ser feito com ele o que eu poderia fazer?

Creio que sou muito boa em me adaptar.

— Sempre opto pelo que for melhor para eles — garanto a meu chefe. — Pode continuar tentando fazer com que ele decida, depois que for resolvido, marque um encontro para nós.

— Eu sei que ele aceitaria depois de te conhecer — murmura Javier, não parece estar falando diretamente comigo, está apenas deixando palavras escaparem.

Que tipo de pessoa é Dylan para fazer com que ele se preocupe?

Que eu saiba, não possuem qualquer relação próxima, como a minha amizade com Kendra, por exemplo.

— Por que eu tenho esse rosto lindo? — pergunto, e Javier solta uma gargalhada.

Reviro os olhos, cruzo as pernas e bebo o resto do meu achocolatado antes que perca a gelidez. É muito melhor gelado. Apesar que um chocolate quente não cairia mal.

— Não de verdade — fala, e o modo como o olho faz com que ria de novo. — Não estou dizendo que não é bonita.

— Não preciso que diga, eu sei que sou gata — articulo, e o homem não contém a sua risada. — Como eu disse, converse com ele, se chegarem um acordo, sabe como me contatar.

— Vou continuar tentando — assegura-me, e duvido que vá dormir bem até isto se resolver. Nunca vi alguém tão empenhado como ele, mas deve ser este o motivo para editora se manter bem mesmo em períodos em que o mercado tende a declinar.

— Aguardarei seu novo convite — atesto, me ergo depois de dar tchau e na mesa da secretaria agora estão as duas mulheres. Charlote me lança um grande sorriso, mas a outra somente me ignora, como se algum dia tivesse pisado em seu calo.

Entretanto, acredito que seja mais por ver o interesse de Javier em Charlotte quando ela é somente uma funcionária de meio período que está estagiando na empresa. Continua na faculdade, porém, se depender dele, há um emprego garantido para ela.

Com um meio sorriso no rosto faço meu caminho para fora da editora.

O prédio não é o mesmo de quando começamos, já mudamos pelo menos três vezes, mas com o aumento da linha de trabalho e também de funcionários era impossível nos manter naquele pequeno prédio de dois andares onde Javier a começou.

Não sou a mais velha entre seus funcionários, mas o acompanho desde aquela época.

— Kitty — me chama a mulher com a expressão nervosa, e as bochechas vermelhas. Parece ter corrido para me alcançar antes de entrar no elevador. — Ainda bem que consegui te alcançar.

— Algum problema?

— Não, mas acho que vai querer ver isto — diz me entregando as pastas. — São os últimos dados sobre a Kendra — explica, e abrindo-a rapidamente vejo as estáticas e outras informações acerca do trabalho da minha amiga. — Podia te mandar por e-mail, mas como veio até aqui.

— Muito obrigada, você é um amor — digo balançando a pasta depois de fechá-la.

— Volte bem para casa — fala me dando um último cumprimento antes de se afastar.

Não tem nada mais verídico do que dados, e isto com certeza vai animar um pouco aquela mulher, quem sabe, a acalme o suficiente para ela voltar a digitar com seu coração tranquilo.

Batendo com a pasta em minhas mãos repetidamente, apoio-me contra a lataria do elevador esperando que me leve para o estacionamento, e enquanto o faço, é impossível não me recordar da expressão de Javier.

Os boatos podem não ser verdade, mas tem algo em Dylan que o deixa nervoso com as possibilidades. Poderia chamar qualquer outra pessoa para tomar o lugar de Tomáz, mas me escolheu mesmo sabendo do problema com a Vick.

Quais são as verdades que deixam ele receoso?

O som do elevador faz com que minha mente apite e meus pés andem.

Não que me importe em pegar um caso difícil, mas se não souber o que está acontecendo não terei como lidar com ele corretamente. Abro a porta do caro, jogo a pasta no banco traseiro e pergunto as meninas se podemos sair amanhã.

Uma bela dose de álcool deve me fazer bem.

Ligeiro começam a chegar mensagens confirmando que estão dispostas, apenas Amara pede por um tempo informando que vai falar com a babá do seu filho antes de confirmar.

Com um sorriso agradeço por ter feito cada uma dessas amizades.

Elas são incríveis a seu modo.

Por hoje, vou para casa tomar um banho de banheira.

Antes de ir para o próximo capítulo aperta essa estrelinha

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Meu querido escritor (Aluga-se Vol.2) - Degustação -Onde histórias criam vida. Descubra agora