Meu querido escritor (Aluga-se Vol.2) - Degustação -

04. O que tiver que acontecer, vai acontecer

Voltei para deixar mais um.

Aproveitem <3

Kitty

— Sério, eu quase tive um troço — fala Maeves, quase cuspindo a sua bebida depois de tentar a beber em meio a risada.

— Pensei que fosse bem corajosa — retruca Amara, ergue as duas mãos mantendo uma distância entre elas. — Era maior que isso?

— Vocês não estão entendendo — replica Maeves. — Ainda sinto o meu quadril doendo.

— Ela me parece sincera — zomba Kendra e rimos juntas.

— Você achou o seu bolo de chocolate? — pergunto e Maeves revira os olhos.

— Não posso viver com dor na coluna — confessa Maeves e não precisamos do álcool agindo para rirmos mais. — Foi bom, ótimo, bato palmas para ele, mas não dá — atesta por último.

— Quer que eu te dê uma pomada para assadura bebê? — revirando os olhos furiosamente, Maeves ergue o dedo do meio para mim. — E você Júlia, muitas aventuras em cima dos aparelhos?

— Não transo no meu local de trabalho — diz Julia primeiro. —, mas sim, tive um encontro ontem.

— Um encontro? — pergunta Kendra, um pouco confusa.

— Um encontro para ela é igual a foder, não esqueçam — pede Amara. — Como está a procura por um apartamento Kitty?

— Não quero que minha mãe continue morando de aluguel, muito menos que fique presa comigo, então estou na busca — discorro, as vendo concordar. — Quem mais quer me acompanhar?

— Podemos ir na terça, o que acha? — pergunta Júlia. — Tem uma área residencial, não é tão nova, mas tem sido comentada pelos meus alunos, posso conseguir uma entrada para você.

— Você é ótima — digo, com ela evitando me olhar. — Quer um beijo de pagamento?

— Não fode Kitty — pede Julia, olhando para mim e desviando a vista depois de ver que estou fazendo bico. — É possível ouvir muita coisa na academia, por isso tenho algumas coisas na mente — faço bico de novo e ela revira os olhos.

— Vai encontrar algo que se encaixe com o que quer Kitty — me garante Kendra e sei que sim, mas toda essa procura tem me deixado um pouco raivosa.

Estou apostando a maioria das minhas reservas na compra, não podem ver meu grande e imenso desejo? Certo, corretoras de imóveis querem apenas dinheiro. Bufando, pego meu copo virando o restante da cerveja.

— Ei, você não veio dirigindo? — questiona Júlia dando um tapão na minha mão.

— O projeto de Thor da minha bebê permitiu que durma no antro de amor deles — explico, Júlia olha para Kendra por um segundo antes de começar a rir, já que Kendra sibila para que não pergunte.

— Pode ir para minha casa também — avisa Maeves. — Júlia vai dormir lá, e eu tenho que ficar de molho por três dias antes de querer trazer um homem na minha casa — rimos mais uma vez, porque Maeves não é do tipo que corre da jogada.

— Podemos nos reunir na minha casa no próximo fim de semana — comenta Amara. — Meu filho está com saudades de suas tias malucas.

— Tem certeza de que é nossa amiga? — pergunto para ela que me ignora.

— Não está resolvendo aquele problema com a Vick? — questiona Kendra.

— Não é nada que vá tirar o meu sono — garanto a ela. — Me diz o que tenho que comprar adiantado, porque sabe que sou o terror de todo mundo que gosta de cozinhar.

— Claro, que tal trazer torta? É especialista aqui — brinca Amara, e sou aquela girando meus globos nas órbitas. — Pode trazer seu projeto de Thor, Kendra — anuncia.

— Ele vai adorar, gosta muito de vocês — fala Kendra.

— É porque somos incríveis — profiro, e rimos em conjunto de novo, como uma orquestra mal ensaiada. — Então levo a torta.

— Fico com as bebidas — avisa Júlia.

— Vaca, é o mais simples — reclama Maeves e cerra a mandíbula olhando para Júlia, que permanece cheia de sorrisos. Primeiro a pegar, primeira a comprar. — Doce ou salgado? — pergunta.

— Posso usar o Joshua — diz Kendra erguendo o braço orgulhosa.

— Então o Joshua e eu cuidamos da refeição — fala Amara. — Pode trazer alguma outra sobremesa.

— Não reclamem do que eu escolher — pede Maeves.

— Vai comprar como eu, ou não somos mais o combo "destruição na cozinha"? — questiono.

— Infelizmente, somos — declara Maeves erguendo um dedo para o apontar para mim. — Pode me indicar um lugar legal — e eu concordo, seria fácil.

Como alguém que não se dá bem na cozinha, aprendi muito sobre todo tipo de lugar que entrega comida e mais. Por sorte, durante esse tempo em que minha mãe tem estado na minha casa, não precisei usar esses recursos, mas esse também é outro motivo para querer que fique com o apartamento.

Não desejo que se sinta na obrigação de me alimentar.

Elevo a mão pedindo para que o garçom venha até nós, pois preciso de mais algumas cervejas antes de terminarmos a noite.

— O que querem? — pergunto enquanto o homem caminha até nós.

Este é um bar onde somos clientes fiéis, assim nem é preciso abrir o menu para saber o que pedir. Como sempre foi uma noite tranquila que me lembra de que tenho muitas pessoas boas ao meu redor, quando muitas vezes tive medo de ser abandonada.

É incrível o que se pode aprender somente vivendo.

Kendra estava meio sonolenta por conta da bebida, então ver Joshua a carregando pelo corredor que leva até o seu apartamento não foi uma coisa que nunca imaginei ver, mas me lembrou de todas às vezes em que elas me perguntaram sobre não querer ter um relacionamento.

Sou a única do nosso grupo que não teve um relacionamento sério.

Sempre me pareceu que estava tudo bem manter dessa forma, mas em situações desse tipo me questiono se alguma parte minha permanece se prendendo no passado onde tudo deu errado.

Quando Joshua para na metade do caminho me adianto agradecendo por minha mente continuar intacta depois das bebidas e abro a porta do apartamento fazendo uma gracinha após abri-la, o que o leva a sorrir.

Não é como se tivesse um homem como ele em cada esquina.

Ignoro os pensamentos confusos e ponho eles no fundo da minha mente.

Não tenho que acelerar nada do que acontece comigo.

Como minha mãe diz, o que for acontecer, vai acontecer, goste eu ou não.

Deixem a estrelinha aqui Fominhas.

Apoiem a Kitty e o Dylan <3

Vejo vocês na semana que vem.