09. Uma dose de alegria, parte 1

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Oie, amanhã vai ter livro gratuito meu na Amazon.

Fiquem de olho.

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É isso, aproveitem <3

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Kitty

No momento em que meu corpo ficou entre elas e seus braços estendidos, vi suas expressões encherem-se de raiva por alguém estar impedindo que consigam o que deseja, mas o que eu poderia fazer?

Fico agitada vendo quem não tem qualquer noção importunando outros.

E o rapaz continua tão indefeso enfiando-se na mesa enquanto aperta os seus punhos que eu não podia simplesmente permanecer esperando que uma dose de noção as atingisse.

Às vezes é preciso enfiar noção em algumas pessoas através de meios não convencionais.

Por algum motivo, sou boa nisso, quem sabe por enxergarem isto em meus olhos demonstrem ainda mais raiva. Posso ver como a que segura o telefone persisti em manter o braço estendido.

Não cansa?

— Olá, vocês parecem estar se divertindo — profiro, com o deboche escorrendo como veneno por cada letra pronunciada.

Olho de canto para o sujeito que continua abaixando-se para que não o enxerguem. Uma vez tive uma amiga com fobia social, e aparenta ser o caso dele, por isso, ainda que esteja sendo pressionado, não consegue sequer revidar, contudo, o caso dele parece um pouco pior. Isto se não estiver tirando conclusões precipitadas.

— O que está dizendo? — pergunta a que veste uma blusa vermelha com alguns corações acima do busto. Suas pernas ficam bem legais dentro das calças jeans, mas a beleza não compensa a babaquice, felizmente. O tom de seus fios loiros também é invejável.

— Para vocês importunar um desconhecido não é diversão? — questiono, com os olhos alarmados e os lábios pressionados, demonstra certo nervosismo. É do tipo que ladre e não morde, no entanto, a que está do seu lado se dispõem a morder com força.

Os olhos escuros, os cabelos negros ondulados, movem-se pelas emoções raivosas que quer disparar em cima de mim. Estava convencida a quanto continuar, visto que ninguém nunca a impediu, mas agora, não pode recuar somente.

Seria uma perda, e não quer assumir a derrota.

— Que bobagem é essa? — indago pondo os cabelos escuros atrás de uma de suas orelhas. — Estou somente tentando flertar, pegar o seu número, não sabe o que é isso?

— Ah, eu sei, tenha certeza disso — respondo, mas o sorriso em meu rosto não as agrada, afinal, acabei com o seu plano. —, mas assediar alguém não é nada divertido, sabia?

— Assediar? Estamos apenas conversando — replica movendo o seu celular, irritada, com os fios escuros transformando-se em ondas bravas.

— Para uma conversa duas pessoas têm que se dispor — falo. — Porém, você não parece entender o conceito.

— Está me chamando de burra? — inquire, com seu braço sendo segurado pela loira, notou antes que sua amiga que está não é uma conversa em que devam insistir sem motivo.

— Você que disse — aponto, e a maneira como move-se tentando se livrar do controle de sua amiga é reconhecido por mim, me lembra do meu tempo na escola, com as garotas preparando-se para arrancar os cabelos uma das outras, porém, espero que não tenha esse desejo.

Não quero entrar em uma briga com uma adolescente que não sabe medir suas ações. Não estamos no mesmo patamar. Posso querer ajudar o cara, mas não vou dar fios do meu cabelo por ele.

— Por que não diz a ela que não fizemos nada? — pergunta com um tom mais alto. Consigo ver claramente o instante em que ele ergue o seu braço como se fosse se proteger de um ataque violento ao invés de palavras.

— Ei, garota, onde está a sua educação, não vê que a sua conversa é comigo? — replico, mas tentar tirar a atenção de cima dele não muda a forma como o seu corpo se encolhe.

— Se mete nos meus assuntos e acha que pode ser simples assim? — indaga. Me questiono sobre o que diabos estão ensinando para os adolescentes hoje em dia, pois não conseguem nem respeitar alguém mais velha.

Quanta desconsideração.

— Sim — digo, movo-me dando uns dois passos para trás tentando formar uma barreira para impedir que se aproxime, já que com esse nível de agitação tem chances de agir de modo mais babaca. — Não conseguirão o número de um cara decente agindo desse jeito, acredite em mim.

— Agora quer dar conselhos? Quantos anos tem? — me pergunta, cruza os braços sobre o busto, e solto um suspiro languido. Queria terminar tudo de um modo mais calmo, me esqueço que às vezes não conseguem distinguir minha idade, e este deve ser o caso.

— 29, e você garotinha, 16? 17? — questiono, dessa vez adiantando-me e ela faz seu recuo, com os olhos dúbios, pois não consegue entender se digo a verdade ou não. — Aqui — digo sacando o cartão de visitas que tinha estrategicamente posto em meu bolso. — Quando arrumar um emprego e não depender mais dos seus pais, quem sabe possa ter uma conversa educada.

— Vamos embora — insiste a loira arrastando o braço de sua amiga. Acho que queria sussurrar, mas ficou nervosa demais no último momento para conseguir.

— Isso não vai ficar assim, acha que ele vai te dar o número dele? Tenho tentado há semanas — me fala, sem se preocupar de ser interpretada de modo ainda pior.

Isto é motivo para se orgulhar quando está acuando o outro?

— Não quero o número dele — declaro ligeiro, de soslaio noto que continua retraído, creio que enquanto o barulho não diminuir não vai conseguir escapar. — Escute a sua amiga, ela ainda tem chances de ser uma adulta decente — pontuo, e xingando-me descaradamente agarra a sua bolsa antes de pisar duro para fora do estabelecimento.

É incrível como você pode fazer inimizades em segundos.

Pelo menos garanti que todos os meus fios de cabelo estão a salvo.

Um ponto para mim.

Volto minha atenção na direção do rapaz.

Como pensei, não está preparando-se para escapar, ainda se sente em perigo.

O leve movimento que fiz para que pegasse a agenda que tinha sido afastada dele fez com que recusasse mais para o lado. O que aconteceu com você para agir dessa forma?

Ignoro a folha onde tinha escrito passando-a antes de escrever: está seguro agora, sairei, não se preocupe.

Coloco a agenda na mesa a empurrando com a sua caneta até que fique mais perto de onde seus olhos podem alcançar. O que eu podia fazer já está feito. Não é ótimo?

Deixe a estrelinha antes de ir para o próximo capítulo

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Deixe a estrelinha antes de ir para o próximo capítulo.

Meu querido escritor (Aluga-se Vol.2) - Degustação -Onde histórias criam vida. Descubra agora