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23 de janeiro, 2023
Aziraphale chegara, como sempre, no horário certo. Foi apresentado a todos os diretores da peça e pediu para que eles o chamassem por seu nome artístico já que odiava o seu nome de nascença. Os diretores eram: George, o diretor artístico e geral. William, o diretor de cena. Eleanor, diretora de produção. Oliver, diretor assistente. Hannah, a diretora de maquiagem e caracterização e por fim Richard, o diretor de ensaios. Todos eles o parabenizaram por conseguir o papel mas sempre ficavam perguntando de Crowley, que já estava a dez minutos atrasado, algo que irritava muito Aaron. Enquanto o ruivo não chegava, ele já foi pegando o roteiro de toda a peça, e o estudando em um canto da sala até o parceiro de cena chegar.
Depois de vinte minutos, o tal garoto chegou, ele estava suando, abriu a porta com força e pediu desculpas pelo atrasado, diferente do que fizeram com Aziraphale eles somente entregaram o roteiro e pediu que ele sentasse do lado do garoto de cabelos loiros. George começou a falar:
— Tudo bem, todos aqui sabem como funciona Romeu e Julieta, correto?— perguntou e os dois assentiram.— Perfeito, é o seguinte, a linguagem não está totalmente contemporânea mas eu preciso que vocês pensem com a mentalidade de hoje em dia e coloquem tudo de si nessa peça, ok?
O ruivo deu de ombros e fez um som em concordância, enquanto o loiro sorriu e concordou com a cabeça.
— Eu quero vender muitos lugares, quero que saia em jornais notícias sobre essa peça, quero que seja um sucesso e eu realmente espero que vocês façam um bom trabalho.
Assim que todos concordaram com a fala do diretor geral. Eles leram rapidamente o roteiro inteiro, enquanto Aziraphale marcava, anotava e fazia algumas perguntas, Crowley somente olhava para o papel com cara de nada. Ele odiava esta parte dos ensaios, ele queria atuar, colocar todo seu coração ali mas não, precisava ficar olhado para a merda do papel.
— Tudo bem, daqui a dois dias vai ter o primeiro ensaio e eu quero tudo na ponta da língua. Vou mandar todas as informações para vocês por telefone. Espero que eu não me arrependa das escolhas.— disse, os liberando.
Crowley bufou e recolheu suas coisas, saindo de lá com um sorriso irônico. Já Aziraphale, agradeceu pela oportunidade, colocou seu roteiro perfeitamente em sua pasta, fechou sua bolsa e saiu dali com um sorriso genuíno no rosto.
O loiro observou o horário e percebeu que haveria uma aula somente daqui a três horas e se estabeleceu em um dos cantos da companhia, retirou o fone de ouvido, o celular e o roteiro de sua bolsa. Colocou uma música clássica e voltou a estudar o script, anotou tudo sobre a personalidade, as motivações, tudo sobre Romeu. Estava disposto a fazer seu melhor e ser o seu melhor.
Depois de quarenta minutos estudando o roteiro, ouviu uma notificação em seu celular.
[Número desconhecido]: Olá senhor Aziraphale, por favor compareça dia 25/01 às 13:00 horas em ponto a mesma sala de hoje para começarmos o nosso primeiro ensaio. Atenciosamente: Oliver.
Ele somente curtiu a mensagem e adicionou a sua agenda a tal atividade, esperando que tudo desse certo para ele.
Enquanto isso Crowley ainda vagava pelo teatro sem um rumo definido, para ter alguma inspiração e talvez para os seus problemas saírem de sua cabeça. Se perguntava o que faria se tivesse seguido seu coração, talvez estivesse estudando sobre as estrelas e constelações e se apaixonando cada vez mais por elas, mas agora ele estava ali. Iria ter que fazer um papel de alguém que sofreria por amor, como se o seu sofrimento não fosse o suficiente, a diferença era que o seu amor eram as estrelas e somente podia as observar e as namorar a noite, e não conseguia tempo para se dedicar a um entendimento mais profundo sobre elas e isso doía em seu coração, porque ele fazia tudo aquilo para deixar seu pai feliz e orgulhoso mas parece que não é o suficiente.
Se lembrou da primeira vez que viu as estrelas com consciência, era quando ainda havia sete anos, ele ficou no quintal de casa a noite inteira junto ao um caderno, onde as desenhava para depois pesquisar sobre cada uma. Se lembrou do seu ensino médio, onde quando não estava na companhia de seu pai ou na escola, ele estava vendo vídeos intermináveis sobre os cosmos, as estrelas, os buracos negros... A época em que ainda havia tempo para se dedicar as outras coisas sem ser a atuação.
Observou a sua volta, havia pessoas caminhando juntas e rindo, havia pessoas jogadas no chão enquanto comiam algo e havia pessoas estudando e todas elas tinham companhia, seja de pessoas, da comida ou do objeto de estudo. Diferente dele, que somente estava vagando sem rumo e sozinho.
O loiro continuava a estudar o roteiro, as vezes até fazendo a mesma expressão dos personagens e focando em ser melhor que Crowley, querendo ou não se ele se demonstrasse esforçado seria chamado e indicado a outros trabalhos, ele queria ser o melhor da companhia mas parecia impossível, porque em sua cabeça seu melhor nem chegava aos pés do pior do ruivo. Suspirou e continuou a observar o roteiro, estava tão cansado que não conseguia mais prestar atenção naquilo. Seu olho lutava para fechar e seu corpo estava fraco, não sabia se era pela noite de sono mal dormida ou se era pelo motivo de não comer nada desde o dia anterior.
A dor em seu estômago já se fazia presente mas sabia que se comesse algo tudo aquilo sairia de seu corpo, então somente ignorou e continuou a se esforçar, suava frio mas não ligava já era acostumado com aquelas sensações, segundo o pensamento de Aziraphale "Sem dor, sem ganho".
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Hey anjos, mais um capítulo para vocês, esse daqui está um pouco menor que os outros e já peço desculpas por isso. Revisei o capítulo mas é aquele lance, pode ter algum erro e essas coisas ai.
Ps: O feedback de vocês é importante, comentem, votem e façam críticas também! Isso é importante para o meu crescimento como autor para fazer fanfics cada vez melhores para vocês (:
Com amor, Júpiter ✨
© Júpiter, 2023.
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𝐁𝐞𝐡𝐢𝐧𝐝 𝐭𝐡𝐞 𝐝𝐫𝐚𝐦𝐚 || 𝐀𝐳𝐢𝐫𝐚𝐜𝐫𝐨𝐰
FanfictionAziraphale e Crowley fazem parte de uma companhia de teatro e sempre disputam os principais papéis nas peças. A rivalidade no palco virou algo pessoal. © Júpiter, 2023.