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25 de janeiro, 2023
Desta vez Crowley chegara no horário correto, sua roupa estava mais desleixada do que o normal, talvez para uma melhor movimentação. Todo o elenco estava lá, os diretores conversaram um pouco com todo o elenco e pediram que fizessem a primeira cena. Todos se colocaram sentados no chão, observando atentamente.
Saraqael e Beelzebub se colocaram em cena, entrando no espaço que delimitaram que seria o palco.
— Digo e repito, Gregório, não podemos levar desaforo para casa.— Beelzebub começou.
— Concordo contigo. Caso contrário, teríamos sangue de barata.— O outro disse firmemente, com movimentos certeiros em suas mãos.
— Quero dizer, se a raiva nos atinge, puxamos da espada.— Colocou a mão em um cabo imaginário em sua cintura.
— Mas, enquanto você viver, se afasta da raiva.— Saraqael disse calmamente.
— Se me incomodam, ataco com a maior rapidez.— fingiu sacar a espada, colocando seu braço em sua frente.
— Mas não é com a maior rapidez que se sente incomodado a ponto de atacar.
— Da casa dos Montéquio, até um cachorro me incomoda.— Disse, guardando o objeto metálico imaginário.
— Pois então se mova, não fica parado. Não seja covarde.
— Mesmo um cachorro daquela casa sempre vai me incomodar, mas não para me fazer fugir e sim para me fazer encará-lo. Derrubo as muralhas de qualquer homem ou donzela da casa dos Montéquio.
Continuaram a atuar, todos prestando atenção na cena que acontecia, menos Crowley, que seus pensamentos vagavam por seus problemas e nas suas falas. Ele só voltou a prestar atenção na hora da briga.
— Saque de sua espada, se for homem. Gregório, se lembra daquele teu golpe que vara o inimigo de lado a lado.— Beelzebub afirmou.
Agora Furfur também estava em cena, Saraqael e Beelzebub estavam fingindo lutar contra ele, até Hastur chegar na cena.
— Ou ou ou ou, vamos todo mundo parar que aqui não é casa da mãe Joana não, seus idiotas, vai todo mundo guardar a espada que ninguém aqui sabe o que está fazendo.— Gritou.
Querendo ou não, aquela fala fez todos na sala darem risada, inclusive os diretores.
Agora quem entrara em cena foi Ligur.
— Mas como? Você desembainhou tua espada no meio desses merdas ai? Se vira Benvólio e encara sua morte.
E essa foi a última frase que Anthony ouviu antes de colocar seus fones de ouvido com Black Sabbath no máximo, sabia que não precisaria ouvir aquela cena, aliás ele nem apareceria de qualquer forma.
Enquanto isso Aziraphale assistia ao ensaio, pensando em qual seria a sua hora de entrar, pensou muitas vezes como colocaria a emoção certa em suas falas.
Depois de um entra e sai de gente em cena, assim que ele percebeu Newton e Tracy haviam saído de cena, sabia que era sua vez de contracenar com Hastur.
— Bom dia, primo— Hastur atuou quando Aziraphale se pôs em cena.
— Ainda é manhã cedo?— perguntou coçando os olhos.
— Acabou de dar nove horas.
— Ai de mim! As horas parecem não ter fim, são tristes. Aquele que se apressou em ir embora... era meu pai?— falou a última parte confuso.
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𝐁𝐞𝐡𝐢𝐧𝐝 𝐭𝐡𝐞 𝐝𝐫𝐚𝐦𝐚 || 𝐀𝐳𝐢𝐫𝐚𝐜𝐫𝐨𝐰
FanfictionAziraphale e Crowley fazem parte de uma companhia de teatro e sempre disputam os principais papéis nas peças. A rivalidade no palco virou algo pessoal. © Júpiter, 2023.