CAPÍTULO 8 - Asas para voar

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Ouçam a música a música, se possível.
Espero que gostem 🤍🪽
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Love will never die, die, die
O amor nunca morrerá, morrerá, morrerá
I know that, ooh, birds fly in different directions
Eu sei que, oh, os pássaros voam em direções diferentes
Ooh, I hope to see you again
Ooh, espero ver você novamente
Sunsets, sunrises
Pôr do sol, nascer do sol
Livin' the dream, watchin' the leaves
Vivendo o sonho, observando as folhas
Changin' the seasons
Mudando as estações
Some nights I think of you
Algumas noites eu penso em você
Relivin' the past, wishin' it'd last
Revivendo o passado, desejando que durasse
Wishin' and dreamin'
Desejando e sonhando

Birds - Imagine Dragons ft. Elisa

POV MON

2 anos e 9 meses atrás

-Ai!

-O que foi, Mon? - Minha tia me olha com uma expressão preocupada.

-Nada demais tia, só meu dente que está incomodando de novo. - Respondo brevemente, massageando minha bochecha esquerda.

-Você precisa ir ao dentista, está reclamando desse dente há dias. – Eu sei que ela tem razão, eu deveria ir em um profissional, mas eu realmente tenho horror a dentistas, então enquanto estiver aguentando, não irei.

-Está tudo bem, tia, não é nada demais. - Não quero mais estender esse assunto. - Preciso sair, tenho que passar na biblioteca hoje. – Me despeço da minha tia cordialmente, ela não é muito mais velha que eu na verdade, bem mais jovem que a minha mãe e seus cabelos loiros bem hidratados e corpo atlético a fazem uma mulher inegavelmente desejável. - Bye tia Beer, até mais tarde na ka.

Parto em direção a faculdade, minha mandíbula ainda lateja um pouco, mas sigo em negação. Não moro longe, e a caminhada até o campus sob o sol matinal tem sido essencial no meu dia a dia.

Estou há um mês na Tailândia e não posso negar que apesar de amar tia Beer, estar gostando da universidade, estar conseguindo fazer amizades, umas mais interessantes do que outras, sinto falta dos meus pais, principalmente da minha mãe, da minha casa e da minha terra, não que aqui não seja minha terra também, mas sem minha mãe, é como se parte da minha raiz não estivesse comigo.

Por muito tempo fomos só nós duas, minha mãe sempre me manteve muito próxima à ela, tanto por ser a única filha, quanto por sua característica protetora, não foi fácil aceitar minha partida para estudar. Tia Beer tem se esforçado muito para me receber, mas ela é minha tia, não posso exigir e nem esperar dela que cumpra um papel maternal comigo e nem quero, pois a substituição forçada não seria nada saudável para nenhuma de nós, mas sinto falta do cuidado materno no meu dia a dia, sinto falta de ser cuidada.

"Princesinha" - Rio ao lembrar do apelido que Khun Sam me deu. Eu não assumo, mas realmente sou a princesinha da mamãe e do papai e estar longe do castelo às vezes é um pouco difícil. Apesar do deboche, Khun Sam sempre me atende quando preciso de ajuda, ela tem um jeito particular de brincar comigo sem me ofender, mas também sem perder a brecha para me provocar.

Desde que nos conhecemos, nosso contato é constante, eu me pergunto se é assim com todos os intercambistas. Espero que não, gosto de pensar que sou diferente.

Chego na biblioteca e caminho em direção ao balcão para entregar o livro que havia pegado da última vez.

-Devolvido, algo mais em que eu possa ajudar? - A atendente me pergunta simpaticamente.

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