CAPÍTULO 12 - A esperança da dinastia

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And I feel like my castle's crumbling down
E sinto que meu castelo está desmoronando
And I watch all my bridges burn to the ground
E vejo todas as minhas relações serem cortadas
And you don't want to know me, I will just let you down
E você não quer me conhecer, eu só te decepcionarei
You don't wanna know me now
Você não quer me conhecer agora
Once, I was the great hope for a dynasty
Uma vez, eu era a grande esperança para uma dinastia
Crowds would hang on my words and they trusted me
As multidões acreditavam nas minhas palavras e confiavam em mim
The faith was strong, but I pushed it too far
A fé era forte, mas fui longe demais

Castles Crumbling (feat. HAYLEY WILLIAMS) - TAYLOR SWIFT


POV SAM

Estar com a Mon sempre me fez perder completamente a noção do tempo. Segundo a teoria de Einstein, a velocidade do tempo corresponde ao local que você está, pois a massa dobra a malha do tempo e espaço. Para ele, o tempo era apenas mais uma das dimensões do universo, em que a matéria direciona como o espaço-tempo deve se curvar e o espaço-tempo estabelece como a matéria deve se mover, uma cinesia cíclica bem orquestrada. Sendo a Mon o centro do meu universo, o ser que pesava sobre o tecido da minha vida, o centro de maior atração, que me puxava para ela com uma força magnética, meu tempo sempre correu de maneira totalmente alterada quando eu a orbitava, fora da realidade compartilhada com o resto do mundo. Para mim, estar com ela era como se tudo parasse, mas ao contrário de Nárnia, o tempo no mundo humano praticamente não passava enquanto se estava na terra do leão, além do guarda-roupa. Aqui no nosso mundo o tempo corria mais rápido.

O tempo nada mais é do que a contagem constante de uma oscilação na natureza, um cálculo sobre aquilo que se repete, que sofre influência de onde está sendo calculado, mas quando estou com ela, não tenho mais noção de contagem, tudo para apenas eu apreciá-la, tudo deixa de ser relevante, inclusive o tempo. Mas o que é para mim, não está para o mundo, e a realidade continua a existir. E assim como para o chapeleiro maluco, o tempo se tornou meu inimigo, mas ao contrário dele, que não sabia a hora do chá, pois o relógio parou de contar para ele, fazendo com que ele nunca mais desmontasse a mesa do chá para não perder a hora, o relógio corria demais para mim, me privando da companhia dela prematuramente.

6 meses atrás

-Só um minutinho mãe, só vou colocar uma roupa - Mon entra no quarto fechando a porta do quarto apressadamente atrás dela. Eu ainda estava paralisada, enrolada no lençol da cama dela, pensando como sairia dessa. A mãe de Mon não podia saber de forma nenhuma que eu estava ali. Apesar de Mon não estar mais na universidade, eu sabia que essa senhora me queria bem longe da filha dela, ela deixou bem claro aquela vez.

Mon corre até mim e abraça com um sorriso nos lábios. Apesar da situação, ela parecia feliz e eu não podia negar que isso me contagiava, o sorriso dela era como um sol aparecendo entre as nuvens.

-Meu deus, e agora? - Ela me agarra me girando enquanto ria.

-Eu que sei? - Ri de desespero - Meu deus, Mon, nem era para eu estar aqui - Falava isso enquanto correspondia ao abraço dela, em completa contradição. Ela ria mais - Eu não sabia que a sua mãe estava aqui com você.

-Ela não estava - A expressão de surpresa dela dava muito crédito ao que ela respondia, realmente fomos as duas pegas de surpresa. Tantos dias para chegar, logo hoje? Céus, Samanun, você é a própria comprovação da teoria de Murphy, né? Se algo pode dar errado, não há como evitar. Parabéns.

-Ok, eu vou levar ela para algum lugar... - Ela franze os lábios e tomba a cabeça para o lado, dois movimentos que sempre faz quando está pensando em algo de maneira muito concentrada.

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