ON THE HIGH SEAS - RORONOA ZORO

Palhaços

𝗢𝗻 𝗧𝗵𝗲 𝗛𝗶𝗴𝗵 𝗦𝗲𝗮𝘀

𝗥𝗼𝗿𝗼𝗻𝗼𝗮 𝗭𝗼𝗿𝗼 𝗫 𝗛𝘆𝗲 𝗪𝗮𝗻𝗴

Acordo ao ouvir a voz de meu irmão me chamar, enquanto balançava meu corpo. Abro meus olhos lentamente, tendo a visão do meu irmão ao meu lado com uma feição de preocupação. Balanço a cabeça como se afirmasse que estou bem. Eu estava apenas tonta, acredito que pela fumaça. 

— Para de bater nisso, você vai chamar atenção! — ouço a voz de Nami, e quando observo, Zoro batia no local em que estávamos presos como se quisesse quebrar. 

— Única coisa que quero é socar a cara desses nojentos. — Roronoa diz, parecendo estar com raiva. 

Suspiro baixo e volto a atenção ao meu irmão, que me ajuda a levantar. 

— Estamos na ilha que Buggy fica? — pergunto ao meu irmão, mas antes que ele responda, uma cortina se abre, nos dando a visão de várias pessoas, e claro, Buggy. 

— Para, para! Vocês estragaram minha entrada. Erraram tudo! E onde está o que eu pedi? — gritou, mas voltou sua atenção à Luffy, que se pronunciou. 

—  Aí, você é aquele palhaço, né? Eu vi você em um cartaz. Boga, né? — o garoto pergunta, parecendo confiante, o que me faz rir baixo, tendo a visão de Buggy e Zoro em mim. 

— Como é? É Buggy, seu idiota! — e após isso, começou uma breve discussão sobre o nome de Buggy, o que me fez intervir, ao ver que Buggy iria bater em Luffy. 

— Ele disse raiz, não nariz. — agarro sua mão que ia de encontro ao rosto de Luffy, e então percebo que Buggy me encarava fixamente. Solto sua mão, mantendo meu rosto sério, e me aproximo de meu irmão, que me coloca atrás dele. Então, Buggy começa a encarar nós dois, enquanto colocava um sorriso de lado no rosto. 

— Vocês dois.. Acharam que eu não iria reconhecer vocês? A pequena criadora maldita e o destruidor de mundos. — ao falar isso, um tumulto aconteceu, deixando vários olhares em mim e em meu irmão. Eu odiava aquilo, a atenção. Fecho meus olhos, me sentindo tonta por tantos olhares, e meu irmão percebe, agarrando minha mão em seguida. — Ah.. mas é claro, eu não lembrei disso. A pequena maldita ainda tem a fobia de atenção, não tem? — começou a rir, fazendo com que a plateia entrasse em gargalhadas. 

Zoro percebendo aquilo, resolveu intervir. 

— Eu sou Roronoa Zoro, o caçador de piratas! Abaixem suas armas e talvez eu os deixe viver. — ditou, recebendo a atenção de todos, fazendo Buggy rir. 

— Senhores e senhoras, estamos com celebridades aqui! — Buggy falou, recebendo palmas em resposta. 

Fecho meus olhos, e em poucos minutos estávamos em uma sala. Meu irmão preso em uma gaiola com as mãos e pés amarrados, juntamente de uma corda em sua boca, impedindo que ele fale algo. Ao seu lado Nami estava em outra gaiola, mas sem cordas. Zoro estava preso em um tipo de roleta na minha frente. Enquanto eu, estava amarrada em uma cadeira. 

— Você não consegue soltar a gente não? — Nami perguntou, com seu olhar em mim. 

— Eu só consigo criar.. meu irmão que consegue destruir as coisas. — resmungo baixo. 

— Que ótimo! — Zoro diz, fechando seus olhos, mas logo abre, e me encara, mas desvia em poucos segundos, encarando Nami. — Por que fez aquilo com Luffy? 

— A gente estava preso sem armas, queria que eu fizesse o que? E você comprou uma briga que não podíamos dar conta. — e então uma discussão entre eles começou. Encaro meu irmão, que observava tudo atentamente, mas desvia o olhar para a entrada da sala, onde um homem entra e começa a falar com Zoro, agredindo-o várias vezes, enquanto atirava facas. 

— Que droga.. — resmungo baixo, criando uma faca, e cortando em silêncio as cordas que me prendiam. Olho para Zoro, ao me levantar, e ele parece prestar atenção em cada movimento que faço. Faço sinal de silêncio, mas em seguida ouço a voz dele. 

— Aí.. recomendo não olhar pra trás. — disse para o homem, que em seguida se virou rapidamente, me fazendo dar um golpe em seu pescoço, empurrando ele até Zoro, que agarrou seu pescoço. Corto as cordas e deixo ele livre, que me encara, mas saio correndo até meu irmão, tirando a corda de sua boca e suas mãos. Ele então, destrói a gaiola em que estava preso, fazendo o mesmo com a de Nami. — Qual o plano? — Zoro pergunta. — Vocês tem um plano, não tem? 

— Por agora, minha ideia é acabar com esses palhaços imundos! — meu irmão diz, recebendo o sorriso dos dois. — Hye.. — Lucca me chama, e vou até ele, que me abraça. — Não saia de perto de mim como da outra vez, sabe o que aconteceu. — a lembrança se fez presente em minha mente, e eu sinto um arrepio ao lembrar de minha quase morte. 

— Tudo bem. — confirmo, e então saímos da sala, correndo em seguida ao ouvir um grito de Luffy. — Luffy! — grito seu nome, tendo a visão do garoto em mim, como se pedisse socorro. Meu irmão lança um feitiço que quebra o vidro do tanque em que Luffy estava preso, e eu corro até o garoto, deslizando pelo chão, que continha vários pedaços de vidro, ao chegar perto dele, ajudo ele a se levantar, mas o garoto começa a fazer força para vomitar a água que tinha em seus pulmões, vomitando o mapa junto. 

— Meu chapéu.. — Luffy resmungou, e eu olho para o lado, tendo a visão de Buggy com os olhos no mapa. Olho para Nami e ela entende, correndo até o mapa. Vou até o chapéu de Luffy, pegando e devolvendo para o garoto, que ficou triste ao ver que estava rasgado. 

A briga se tornou intensa quando Buggy separou as partes de seu corpo, atacando todos ao mesmo tempo. Ganhei alguns cortes no rosto, mas meu irmão me protegia dos ataques. 

— Hye, sabe o que fazer! — Lucca gritou, se afastando para ajudar Nami a se levantar. 
Respiro fundo, tendo a atenção de Zoro em mim, que se aproxima me defendendo dos ataques enquanto pronuncio um feitiço em minha mente. Abro meus olhos, fazendo com que os pedaços do corpo de Buggy parasse em caixotes, presos. 

— O que você fez comigo, sua miserável? — Buggy grita, tentando vir até mim, mas Zoro o chuta para longe. 

— Virou cotoquinho. — Luffy diz, recebendo risos em seguida, como resposta.

 Levito a cabeça de Buggy até o centro do circo, olhando para Luffy. 

— Vá em frente, capitão. — sorrio para Luffy, que parece ficar feliz com minha fala. Meu irmão me encara com um sorriso no rosto. 

— Você pode até mexer comigo, mas nunca com o meu bando! — Luffy diz, preparando sua mão. — Gomu Gomu no Pistol! — gritou, dando um soco em Buggy, que voa para longe. 

Meu irmão destrói as correntes que prendiam as pessoas na plateia do circo, e eles nos dão comida como agradecimento. Recusamos, pois sabíamos que eles precisavam mais do que nós mesmos. Ao chegar no barco, Luffy grita animado o quanto aquilo foi "irado". 

— Ei. Você está quieta, o que houve? — Lucca se aproxima, mas antes que eu o responda, Luffy se pronuncia. 

— Hye, você tá pálida. — o olhar dos quatro veio para mim, mas eu apenas suspiro, encarando o céu. 

— Estou bem. 

— Tudo bem. Eu quero dizer a vocês que vocês mandaram muito bem! Eu não sabia que o meu bando era tão bom assim. — Luffy diz, animado.

— Não somos um bando! — Zoro e Nami dizem ao mesmo tempo, se olhando em seguida. 

— A primeira fase é a negação, logo vão aceitar que somos um bando. — começou a rir. — Precisamos de um navio pirata.