01

10.5K 604 20
                                    

Alice

- Olá, será que podia falar com você? - falei com a mãe da Maria

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


- Olá, será que podia falar com você? - falei com a mãe da Maria.

Karol é  bem popular aqui na comunidade  além de ser mãe da minha aluna é  mulher do gerente do morro.

- Oi Alice, claro..- a mulher falou.

Entramos na escola e eu  levei a mulher até a minha sala de aula, O estado não tem acesso  a nada aqui na comunidade  nem na questão saúde, educação e segurança tudo é  resolvido com o pessoal que comanda aqui.

- Eu achei que você poderia me ajudar, já falei com o   Denis umas três vezes e não tive retorno.- Denis é responsável pelas queixas dos moradores.

- Claro que eu ajudo, minha filha estuda nessa escola e você é  uma ótima professora Alice.

- Vários garotos estão vindo para quadra da escola usar drogas e sem falar que não estamos conseguindo fazer atividade física por conta do Mato . - a moça me olhou apavorada.

- Caralho!! Cabelinho vai ficar puto e eu nem falo quando o Ret descobrir. - falou digitando algo no celular.

Hoje foi bem tranquilo  e parece que Karol conseguiu resolver mesmo,  os vapores não vieram usar droga atrás da escola e  a tarde alguns trabalhadores vieram corta o matagal  que estava Quadra.

As cinco horas o sino toca e a garotada já começa arrumar suas mochilas, vou ajudando os mais pequenos e logo  a escola vai ficando vazia.

- Hoje o meu pai atlasou.. - Maria falou brava.

- Já já ele vem.- falei sentada ao seu lado.

Logo o cabelinho chegou para buscar a menina, ele aproveitou  e deu uma olhada na escola.

- O Professora qualquer queixa que você tiver pode falar comigo.- me entregou seu número no papel.

- Tranquilo. - falei

Maria foi embora e fui pegar minhas coisas na sala, os cadernos de casa e alguns livros.

O morro é repleto de escadarias  e eu fui inventa de morar logo alto, paro um pouquinho  e amarro meu cabelo  e  vou até a padaria.

Vejo um quatro caras parado em uma viela, tento não olhar apesar de mora em uma comunidade  eu morro de medo de envolvidos, tento ser invisível ao máximo.

- Boa noite Sr João, vou querer cinco pães. - falei

- Soube que a escola vai ter reforma. -não entendi.

- Reforma? - perguntei

-  Acho que escutei errado.- o sr me entregou os pães.

Sai da padaria e  para meu azar estava o cabelinho e o Ret  parados na esquina da minha casa.

Porra como sou azarada, logo hoje?. Ret me olhou rápido e tirou a vista eu apresei os passos e fingi que eles não estavam parados ali.

Entrei na minha casa e tranquei a porta,  coloquei as coisas em cima do sofá e fui tomar um banho para relaxar.

Estava deitada quando escuto alguém bater na minha porta, estou de pijama, solto meu cabelo calço minha havaiana e vou até porta.

- Boa noite Ret. - vejo o cara platinado com um fuzil nas Costa parado de frente ao meu portão

- Essa Favela aqui tem gerência, quando a professora tiver qualquer problema não fica igual telefone sem fio,fala com quem resolve o problema.- seu tom ameaçador me causou raiva.

- Você deveria está falando isso com os seus vapores, mais de três vezes falei com o Denis.Acho que você sabe que temos que passar pra ele essas coisas. - falei e o homem se aproximou

- Três vezes,viu que não resolveu e foi falar com a mãe de uma aluna? - falou irônico

- A aluna é filha do seu gerente.- não aguentei seu afronte.

- A escola tá fechada! Tempo indeterminado.. - falou

- Como Assim? - perguntei assustada.

 ILUSÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora