Anos se passaram, dias, semanas, meses, anos e no final, Pete nunca descobriu o real ódio de Vegas, bem, as provocações continuaram claro ambos brigando como cão e gato sem pausa. Seus pais continuaram sendo amigos e Macau passou a viver junto com os Theerapanyakuls, no início foi bem difícil para Vegas se acostumar, isso é um fato, mas aos poucos Macau se tornou a razão do garoto continuar vivo e claro que podemos falar a frase "o primeiro amor da vida de alguém sempre será o irmão". Macau não tinha a melhor relação com os pais mas sempre continuou respeitando e seguindo os passos de Vegas.
Já Pete, continua o mesmo de sempre, curioso e tímido mas com a mesma personalidade, continuava com seus gritinhos quando se assustava e aos poucos foi se auto-descobrindo, Porsche ficou do lado do garoto durante todos os anos, ajudando e amando o amigo. Os pais do mesmo continuaram a mesma coisa, porém, começaram a ficar extremamente rígidos com o mesmo, o impedindo de fazer várias coisas, no entanto, Pete não conheceu 100% do mundo como poderia conhecer, afinal, vivia dentro do seu quarto o dia inteiro (não que isso fosse um problema, claro).
Vegas e Pete acabaram caindo na mesma faculdade, em cursos diferentes. Vegas começou a andar com um grupo de valentões e populares, ele era dito como "o sonho de todos" ou coisa do tipo, bem livro clichê. Já Pete andava somente com Porsche, mas aos poucos o grupo foi aumentando e se chamou de "grupinho dos diferentes" nome dado pelos estudantes, claro, Pete em si pode ser dado como um garoto delicado, simples e com uma beleza surreal, possivelmente o sonho dos garotos que queriam apenas um buraco para utilizar (no fundo, nunca conseguiam algo).
Perdido em seus próprios pensamentos enquanto estava parado na frente de seu armário, Pete tinha esse costume de simplesmente parar e ficar olhando em um ponto específico, ficando até mesmo horas na mesma posição. Bem, ele estava perdido, até sentir um forte tapa em sua bunda fazendo o garoto ir para frente dando de cara com o armário.
— Em cheio! — Porsche gritou orgulhoso do poder do seu tapa, o garoto passou a se achar após conseguir levantar o dobro do treino.
— Pensei que você não teria coragem de fazer isso, seu maluco. — Arm comentou olhando sério para Porsche e logo deu um sorriso levemente apaixonado para Pete. Todos ali já sabiam da paquera de Arm, mesmo ninguém querendo comentar no assunto com medo de estragarem a amizade.
— Porsche! Seus tapas doem! Seu ogro maldito! — Gritou de volta.
— O quê? Você não gosta de levar uns tapas enquanto beija ou transa?
Silêncio.
Um completo silêncio e um Pete parecendo pimenta apareceu.
— Oh, eu me esqueci... eu sinto muito...
— Está tudo bem, não é como se fosse um crime ter 20 anos e nunca ter beijado ninguém ou ser virgem, você sabe que eu faço cu doce e tenho medo também.
— Porquê você não beija uma pessoa? Tem alguém que eu tenho certeza que gostaria de... — Khun diminuiu a voz quando observou o olhar de Porsche — Sempre eu, tudo eu...
— Bem, estávamos procurando você pra gente almoçar, bora?
— Encontro vocês depois, tenho uma lição pra entregar pro professor Them, ele vive pegando no meu pé. — Comentou fazendo seu grande drama, logo, se virando e se "derrubando" para que Porsche o segurasse.
— Oh minha donzela em apuros! Eu, seu príncipe encantado, como posso ajudar essa princesa? — Falou em uma tonalidade de drama.
— Traga-me... traga-me uma salada com frango...
— Seu besta! Saia de cima de mim já, fiz treino de braço ontem e ainda estou dolorido. — Disse dando risada da atitude de ambos. — Sendo assim, estamos indo, qualquer coisa me liga na urgência.
Deu um sorriso envergonhado e acenou para os amigos, logo vendo Arm do seu lado, sorriu extremamente sem graça. Era raro quando os dois ficavam assim sozinhos e sempre que ficavam, Pete só faltava chorar de tanta vergonha.
— Sabe... que tal ir na minha casa hoje? Ver um filme e comer alguma coisa?
— Tipo, como amigos?
— Tipo como amigos! — Comentou rápido se atrapalhando com simples palavras.
— Claro, posso ir sim, mas vai me dar uma carona para sua casa, não se preocupe que eu volto com um uber ou táxi.
— Não precisa, se você for de uber deixe que eu pago, afinal, sou eu quem estou te chamando, acho que seria justo eu pagar as coisas para você...
— Convencido... sendo assim, está ótimo! Até às 18 então!
Sorriu deixando um beijo na bochecha do outro e logo saiu correndo para procurar a sala do professor, não fazia a mínima ideia da onde criou coragem para fazer aquilo com Arm, obviamente estava vermelho como um pimentão, igual Porsche comentava. Parou de correr quando viu Vegas no final do corredor conversando com algum amigo.
Bem, Vegas e Vegas... a curiosidade de Pete poderia matar o mesmo qualquer dia desses, a conversa dos meninos realmente parecia algo do interesse de Pete (mesmo que não fosse de seu interesse) ele decidiu se aproximar um pouco para escutar.
— Não vamos ficar de novo, apenas estou te dizendo isso para você não se emocionar. Eu sou um cara hétero e decidido...
— Perdão? Não sei se você percebeu mas eu apenas vim guardar meu material para ir embora, estou morrendo de dor de cabeça, porquê veio me encher o saco sendo que o único emocionado aqui é você? Que saco Vegas! Ficamos só uma vez, pare de ficar repetindo isso como se fosse um papagaio — Cuspiu as palavras de forma grossa. — Hétero? Pra quem estava me comendo com tanta vontade mês passado, a palavra hétero se torna uma coisa duvidosa. Bem, com licença!
Assim que escutou os passos, na tentativa de sair rápido acabou se esbarrando no garoto e caindo no chão batendo seu pulso de mal jeito.
— Céus, Pete! Você está bem?
— Sim, apenas segurei de mal jeito.. — Maldito momento, Pete desejou nunca ser amado pelas pessoas da faculdade, se ele fosse uma sombra provavelmente teria apenas caído e a pessoa ido embora, mas pelo contrário.
— Sinto muito Pete. — Segurou a cintura e a mão do mesmo. — Vá para a enfermaria e veja isso, mesmo que seja apenas uma dor, nunca se sabe, bom, estou indo embora qualquer coisa basta me ligar nem que seja pelo SMS.
Sorriu e foi embora.
Agora finalmente estava sozinho com Vegas, não sabia se isso era bom ou ruim, mas uma coisa ele tinha certeza...
— Parece que agora eu sei seu segredinho sujo, não?
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My best enemy - vegaspete
Fanfiction"Eu te odeio, tipo, pra caralho" "Eu também te odeio, tipo, pra porra" Onde Vegas e Pete são inimigos mortais, desde a infância. Durante toda essa raiva uma paixão surreal nasce. Capa retira do pinterest; @/martiipa0205