Meses se passaram, tudo mudou, as coisas pareciam piorar para Pete, mas por algum motivo, Vegas parou de provocar ou bater no mesmo, começou o evitar de todas as formas possíveis. Também se afastou de Time e os outros, não via mais motivo de andar com eles então não precisava mais.
Claro, que tudo tem uma explicação, mas Pete nunca recebeu uma explicação diante de tanta provocação que estava passando nesse meio tempo.
Mas uma coisa que martelava em sua cabeça era; porquê Vegas se afastou? Por que ele não provocava mais o garoto? Algo dentro de si estava faltando, isso soa como uma piada mas era a realidade.
No fundo, ele tinha um pensamento, mas fez de tudo para ignorar aquela situação inteira.
Pete não ficava mais com Arm, pelo contrário, ele não sentia absolutamente até mesmo o amor de amizade havia acabado. Mesmo com tantas declarações, presentes, carinho, algo estava faltando, ele não queria aquilo, ele queria outra coisa, outra situação ou melhor; ele queria outra pessoa.
Talvez, apenas talvez ele estaria gostando de Vegas. Ele precisava conversar com alguém sobre isso, precisava entender todos seus sentimentos e se realmente estivesse certo.
— Foi só um talvez. — pete comentou baixinho.
— Um talvez? Ok, um talvez que você esteja apaixonado pelo cara que vivia te zoando, te batendo, provocando — porsche quase gritava — Talvez seja apenas um talvez.
— Isso foi tão do nada...
— Não! Não foi do nada Pete, eu tenho certeza que existe coisas a mais dentro disso e você está se remoendo de vergonha para me contar e você sabe que até não me contar eu continuarei enchendo seu saco toda hora até você falar! — se sentou do lado do amigo colocando sua mão no joelho do mesmo.
— Sim, tem coisa a mais — respirou fundo — Talvez tenha tantas coisas, mas eu realmente me sinto envergonhado de falar isso pra você.
— Envergonhado? Cara, falamos sobre sexo toda hora, já te vi pelado e você já me viu pelado, lembra daquela fez que fizemos depilação juntos e você quase gemeu quando o cara colocou as mãos na sua cintura? — comentou rindo enquanto Pete formava uma careta — Ok, vamos pular essa lembrança. Mas eu quero dizer que somos íntimos e independente do que você tenha feito eu jamais irei te humilhar.
Pete sabia que era verdade, cada palavra e cada momento era tudo verdade, não havia uma mentira sequer naquele momento então, oque custava ele falar a verdade?
— Talvez eu goste de Vegas, talvez eu tenha beijado Vegas, talvez eu tenha transado com Vegas, talvez eu sinta falta daquele Vegas cruel mas no fundo ainda é um garotinho triste, só talvez. — abaixou a cabeça enquanto deixava algumas lágrimas cair.
— Compreendo... você sente falta de ter contato com ele mesmo que os únicos contatos que tiveram foram humilhação. Por um momento eu consigo entender a sua cabeça levemente bagunçada, por mais que tenha sido ruim no fundo você quer mudar Vegas né? — concordou ainda com a cabeça baixa — Bom, eu não sei como te ajudar mas acho que tenho uma coisa em mente, mas pelo amor de Deus cara, nunca mais esconda essas coisas de mim! Você claramente está completamente instável e precisa de ajudar com essa situação toda, não é uma coisa simples de lidar por mais que você pense que seja, isso tudo poderia ter virado uma bola de neve e você poderia simplesmente fazer alguma besteira. — sorriu pequeno enquanto faria carinho nas costas do amigo e logo puxando o mesmo para um abraço — Conta comigo pra tudo, eu sempre estarei aqui, na desgraça ou na felicidade, na pobreza ou na riqueza, Porsche sempre estará aqui! — falava orgulhoso enquanto deixava um selar na bochecha do amigo limpando suas lágrimas. — E caramba... você deu! — deu risada ao sentir alguns soquinhos.
— Porsche! Não tem graça... eu apenas segui minha mente naquele momento.
— Qual?
— Ahn?
— Com qual cabeça você pensou?
— Inferno, desgraçado — chutou o amigo e se deitou no cantinho da cama — Eu deveria ter ficado quieto
— Ah você me ama! — gritava enquanto se deitava abraçando o outro — Vamos lá, doeu muito dar pra Vegas? Ouvi boatos que ele é meio bruto...
— Céus!
O dia foi finalizado repleto de risadas e mine briguinhas; com Porsche ganhando todas elas, claro.
Pete agora estava entendendo toda aquela situação e entendeu também que não era tão difícil se ele tivesse conversado com o rapaz desde o início de tudo isso.
Agora ele tinha uma missão; contar para Vegas e começarem a namorar ou contar para Vegas e ser negado. Bom, no momento Pete queria muito a primeira opção.
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My best enemy - vegaspete
Hayran Kurgu"Eu te odeio, tipo, pra caralho" "Eu também te odeio, tipo, pra porra" Onde Vegas e Pete são inimigos mortais, desde a infância. Durante toda essa raiva uma paixão surreal nasce. Capa retira do pinterest; @/martiipa0205