capítulo sete

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Pete acordou com uma luz em seu rosto, deitado de lado, abraçando um ursinho, sentindo um braço ao seu redor, uma cabeça ao seu pescoço e uma sensação dura na bunda, calma, que? Se virando aos poucos pode ver Vegas deitado de lado também, com alguns cabelos bagunçados e um rosto amassado, agora o cheiro dele estava bom, não estava tão forte como horas atrás, era uma sensação diferente, enquanto observava Vegas com o quarto inteiro em silêncio pode escutar algumas batidas de seu coração batendo rápido. Merda.

Olhando dentro do cobertor viu que estava com outra roupa, não sentia dores nem nada... Vegas não seria capaz de fazer algo assim, mas aquela roupa parecia pequena, provavelmente o mesmo pegou a última roupa do fundo e colocou em si, porém, estavam cheirosas.

Caiu na realidade assim que sentiu uma mão na sua bunda, dando um chute na perna de Vegas e levantando da cama, merda, aquele short era minúsculo.

— Vegas seu merda! Qual é o seu problema?! — puxou um pé do mesmo enquanto tentava não gritar.

— Pete caramba, para quieto... — se virou de bruços com a voz pesada e lenta, quando ele ficou levemente atraente?

— Vegas, levanta! Eu preciso sair daqui e você vai dar uma desculpa pra sua mãe, vamos levanta! — repetia várias vezes.

— Pete, caralho, tá duro! — gritou finalmente se virando e olhando para o mesmo.

— O quê? Minha vida também está dura, meu corpo está duro e dolorido, para de reclamar você nem sofreu nada ainda, vamos!

— Meu pau seu animal! Meu pau tá duro caralho!

Ambos ficaram em silêncio se olhando, enquanto Pete começava a ficar vermelho e envergonhado, mordendo os lábios e dando um sorriso extremamente sem graça, iria se afastar mas continuava ali parado sem falar nada.

Quando finalmente conseguiu se mover para sair do quarto ou tentar ir ao banheiro, sentiu a mão de Vegas segurando seu braço tão firme ao ponto de doer, logo, sendo jogado na cama tendo o garoto levemente por cima de si.

— Vegas? Vegas que merda? Saí de cima de mim! — tentei me afastar, tentei me debater, tentei xingar; mas na realidade eu não estava fazendo nada, nada além de ficar parado observando os olhos escuros que Vegas tinha, pareciam tão tristes e sem vida, mas ao mesmo tempo cheios de desejo.

Escutou um pedido de desculpas e logo Vegas o beijou, poderia chutar o garoto, empurrar o mesmo, morder sua boca, mas não fez absolutamente nada e deixou assim. Dessa vez ele também estava beijando Vegas, e ele não era nada calmo ou sensível como Arm, Arm era tão delicado e calmo pra beijar que parecia ter medo de quebrar Pete ou coisa do tipo, merda, porque estava pensando em Arm?

Sentia uma mão firme em sua coxa apertando profundamente a mesma e de vez em outra cravava suas unhas naquele lugar, a língua de Vegas deslizava na sua boca, formando uma pequena baba do lado; aquilo era tão bom e confuso de se sentir. Afastou um pouco a perna do mesmo e foi se aconchegando no meio; novamente, Pete não fez nada, ficou parado sentindo tudo aquilo, o mesmo era tão possível e controlador que não deixou o outro controlar o beijo nem por um momento.

— Você disse... disse que não sabia beijar — falou em suspiros tendo seu cabelo puxado e deixando alguns beijos leves no pescoço, Pete estava prestes a ficar maluco.

— Arm me ensinou, durante horas.. sabia.. — sua voz fraca foi cortada pra um "pequeno" grito quando sentiu Vegas mordendo fortemente seu pescoço, ele mordeu tão forte, mais tão forte que pode sentir lágrimas caindo rapidamente.

— Vegas... isso doeu, meu deus — comentou baixinho enquanto deixava algumas lágrimas cair; mas não era completamente de dor, ele não gritou, ele não bateu, ele não fez nada. Pelo contrário, ele estava amando aquela sensação diferente, mesmo que não fosse a mesma coisa que... Arm?

— Eu odeio esse nerd desgraçado — seu corpo começou a subir e descer levemente; ainda por cima de suas roupas — odeio quando você anda com ele, odeio ver você sorrindo com ele como se fossem um casal, odeio quando você ri e deita no ombro dele, eu tenho um ombro também, sabia?

Não conseguia falar, estava extremamente ocupado engolindo todos os gemidos possíveis, Porsche sempre falou que Pete tinha uma cara de quem era escandaloso, ele não queria descobrir isso; não agora.

— Odeio saber que vocês são amigos próximos — uma estocada forte — odeio ver a cara dele — outra estocada forte — odeio saber que ele existe e está ao seu lado — outra — eu odeio você — outra — mas eu comecei a te odiar tanto Pete... que passou a ser uma necessidade fuder você, quem sabe esse ódio todo não passa? — a próxima estocada foi forte, mesmo com as roupas Pete ainda sentia, fazendo seu corpo fazer um "arco" perfeito.

— Porquê caralhos... você está... — não terminou de falar. Vegas o beijou. De novo, de novo e de novo.

O mesmo finalmente jogou todo orgulho pra cima e começou a gemer contra a boca de Vegas, era tão boa a sensação do mesmo engolindo todos os seus gemidos, desde o mais  baixo até o mais alto.

—Vegas a mãe mandou... — Macau entrou no quarto, no mesmo momento, Pete estava gozando, completamente sem ser tocado, estava tentando respirar fundo, tentando tanto que nem tinha visto Macau ou percebido o som dos remédios e do copo de água caindo no chão — Eu... vou indo ali... — se virou dando de cara com a porta — Digo, ali!

— Macau você olha... — se levanto e na mesma hora escuto o grito de Macau; Vegas estava de pau duro, extremamente marcado e com algumas "gotinhas de gozo"

— NÃO! Fica aí, voltem a fazer isso, não se aproxima, meu deus meu deus — fechou a porta do quarto ainda escutando Macau surtar.

Olhando pra cama, podia ver o outro com o cabelo um pouco suado, com o short molhado pelo gozo, seu rosto um pouco avermelhado e a respiração subindo e descendo rapidamente.

— Você... — olhou para o membro do mesmo — o que você vai fazer?

— Hm, você quer perder sua virgindade? Ou você já perdeu? — Parecia que todo encanto havia passado, Vegas estava sendo curto, seco e grosso em suas palavras.

— Não sei... quer dizer eu não acho adequado nesse momento.. seu irmão viu a gente

— Bom, então eu vou pro banheiro. — colocou a mão na cabeça indo em direção ao banheiro, mas parou ao sentir uma mão segurando o seu short com calma.

— Se você tiver camisinha e lubrificante eu vou. — Disse firme e rápido, mostrando que estava disposto a fazer aquilo — Mas você tem que me prometer que se eu pedir pra parar você vai parar...

— Eu nunca irei além, basta falar que eu vou entender.

Se aproximou dando início a outro beijo; Pete iria se arrepender, isso é óbvio, mas Vegas não notou isso pois estava completamente perdido nos próprios sentimentos. Eles apenas deixaram fluir, deixaram tanto que nem usaram a maldita camisinha e o lubrificante que Pete comentou.

Dizer que foi ruim seria mentira, foi maravilhoso, Pete pela primeira vez em sua vida conheceu um outro lado de Vegas, pela primeira vez ele foi cuidadoso e carinhoso com ele, foi tanto, que Pete acabou chorando; de tesão provavelmente. Mas de fato, ele iria se arrepender de não ter perdido com alguém importante, ele sempre falava que tinha o sonho de perder com seu futuro namorado, esposo, alguém realmente importante. Mas naquela hora ele não pensou tanto quando simplesmente aceitou transar com Vegas.

My best enemy - vegaspeteOnde histórias criam vida. Descubra agora