capítulo um.

149 18 5
                                    

Família, inveja e desejo.
Essas palavras descreviam fortemente Vegas. O garoto sempre invejou a grande família amorosa que Pete tinha, isso chegava a ser surreal.

Vegas cresceu em um ambiente violento e sem o mínimo de amor possível, isso tudo, desde a sua infância. Vegas era fruto de uma violência.

Pete cresceu em um ambiente saudável e repleto de amor e carinho, seu nascimento não foi planejado, mas ainda sim, foi amado feito um príncipe.

Vegas e Pete eram vizinhos, nunca se deram bem. Motivo? Bem, um certo dia Vegas havia encontrado um brinquedo em seu jardim, acabou pegando e guardou para si mesmo. No dia seguinte Pete apareceu em frente a casa de Vegas com sua mãe, perguntando sobre o brinquedo. A mulher havia comentado de não ter visto nada, aceitando de bom agrado, a mulher pediu desculpas e foi embora. Mentira, uma enorme mentira. Pete sabia disso. A mulher sabia do brinquedo, porém, quando descobriu, quebrou o brinquedo nas costas de Vegas.

Após esse dia Pete sempre via Vegas como o "vilão". Havia perdido seu brinquedo favorito, claro que ele tinha vários e vários brinquedos, mas aquele era seu favorito.

Já Vegas, cresceu com livros de estudos sobre a vida, escola e faculdade. O garoto não podia ter brinquedos, de acordo com a mãe, isso estragaria o futuro do filho, a mesma queria um filho inteligente para que todas as mães pudessem invejar seu filho com comentários do tipo; céus, Vegas é tão inteligente; você tem tanta sorte de ter um filho assim, deve ser o orgulho da família!

Pete, em si, não ia tão bem na escola, mas seus pais sempre apoiavam, passavam horas estudando com o garoto e até pagando aulas caríssimas de reforço. Pete realmente era um garoto esforçado.

Bom, era.

Quando iniciou seu primeiro ano do fundamental, Pete entrou na mesma escola de Vegas. No primeiro dia de aula, Pete havia perdido seu lápis e acabou culpando Vegas.

— Desculpe-me, eu realmente não peguei seu lápis. — afirmou sério, rápido e simples, para um garoto de sua idade, Vegas sempre foi visto como quieto, inteligente e até mesmo grosso.

— Mentiroso! Você pegou sim! Agora por sua culpa não consigo escrever a matéria! — Afirmou com lágrimas em seus olhos, o garotinho estava bufando de raiva e tristeza.

— Se acalmem meninos! Pelo amor de céus. Irei chamar seus pais para conversarmos e Pete, iremos encontrar seu lápis, fique tranquilo. — A professora afirmou com calma tentando manter paz entre os meninos.

No mesmo dia, os pais de ambos foram chamados, Vegas não falava nada, havia apenas uma cara assustada enquanto suas mãos e lábios tremiam fortemente.
Ao chegar em casa, Vegas apanhou. Apanhou durante 5 horas. Apanhou tanto que não foi para escola nas próximas 2 semanas. Dando a desculpa que havia ficado completamente doente. Foi nesse momento que Vegas jurou a sua vida que iria odiar Pete até a sua morte. Ele não havia roubado lápis nenhum.

Em sua casa, Pete retirou o material para fazer a lição de casa e encontrou seu lápis no fundo da bolsa, no mesmo instante, veio a imagem de Vegas se tremendo inteiro enquanto estava ao lado da mãe. Um peso atingiu seus pensamentos, mas bem, logo sumiu quando lembrou-se do brinquedo perdido.

Vegas e Pete se odiavam, se provocavam em todas as aulas, em todo o mundo, desde a saída de casa até o final do dia.

Porém, isso tudo mudou quando estavam no primeiro ano do ensino médio. Bem, Pete caiu na mesma sala que Vegas. O inferno realmente poderia existir e ser tão quente como a igreja sempre falava.

My best enemy - vegaspeteOnde histórias criam vida. Descubra agora