Um encontro inusitado - Capítulo 3

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Por mais que Ragnar fosse um guerreiro, ele não estava devidamente preparado para enfrentar essa criatura, e ele sabia disso. Apenas ele estava "armado", enquanto Giovanni entra de volta em sua cela para se esconder, já que se fosse alvo do Gnoll, seria retalhado em segundos (Fala sério, um gnomo contra um gnoll, os nomes são parecidos, mas não são parentes, disso eu tenho certeza).

A besta pula na direção de Ragnar, que no reflexo, coloca o cabo de sua lança entre os dentes do mesmo, que é rapidamente quebrado por sua ferocidade. O gnoll recua enquanto engasga com os pedaços do cabo da lança. O elfo aproveitando sua pequena brecha tenta derrubar o gnoll, que se recupera num instante, jogando o elfo com toda a sua força nas grades da cela de Arnold, rompendo a tranca e libertando o vampiro de seu encarcere.

O gnoll continua sua caça ao elfo, indo na direção dos dois. Arnold estende sua mão em direção a criatura, que num passe de mágica (literalmente) faz ela parar em seu lugar, como se correntes imaginárias estivessem prendendo o gnoll. Ragnar olha para a criatura assustado, preparado pra encontrar Os três (não vejo graça em seguir ou venerar qualquer deus, prefiro fazer minhas próprias regras).

— Isso não vai segurar ele por muito tempo, façam alguma coisa! — Diz Arnold enquanto aponta um pedaço da tranca da cela em uma espécie de símbolo com as mãos.

Ragnar aproveita para desferir uma sequência de socos diretamente na cara do monstro, fazendo-o cambalear para trás e ser liberto do feitiço do vampiro. Quando ele se recupera dos golpes, o gnoll prepara para rasgar o elfo em duas partes de tamanhos iguais, quando de repente é acertado nas costas por algo.

Giovanni, estava com a ponta da lança quebrada em mãos fincando-a nas costas do monstro, que estava desavisado da existência de um gnomo até então. A besta caí de joelhos.

— Bem na lombar! Quero ver se levantar tão cedo dessa. Arrombado! — diz Giovanni, orgulhoso de ter derrubado uma criatura quase três vezes o seu tamanho.

— Preciso dele parado! — grita Lich, a uma distância considerável do grupo principal.

Ragnar ao escutar isso, pula na direção do gnoll tentando imobiliza-lo. Enquanto Lich aponta seu dedo na direção do mesmo.

Durante toda aquela confusão Giovanni tenta tirar a lança quebrada das costas da criatura, mas parece ter sido fincada em algum osso, e não vai sair com facilidade. A hiena em formato de pessoa da berros de dor misturados com raiva, enquanto Ragnar encara ela com um olhar sério, agora não mais de medo, como se a esperança tivesse preenchido seu coração e alma.

Um feixe de luz atravessa o corredor rapidamente. Eu até ia fazer uma piada sobre a velocidade da luz, mas não sou um bom comediante.

Antes que a criatura pudesse reagir, o dardo de chamas abrasantes atinge um de seus olhos. Enquanto a criatura tenta dar um último berro de desespero, Arnold pega o balde (agora vazio) e bate com tudo na cabeça do gnoll repetidamente, continuando até mesmo depois dos gritos cessarem.

Ragnar, ao perceber que o vampiro está numa sede de sangue, tenta segura-lo pelos braços, impedindo-o de sujar o chão (mais do que ele já estava e era).

— Para de agir feito animal! Sei que está faminto, mas ele já está morto, não é como se você fosse beber desse sangue podre mesmo! — Diz o elfo, tentando acalmar a segunda fera na sua frente uma seguida da outra.

— Eu disse que não era uma boa ideia libertar ele — continua, enquanto Arnold se debate em seus braços.

— Você não me ajuda assim ô' anêmico, se acalma ae pra gente poder te ajudar! — Diz Giovanni, um pouco bravo com a bagunça desnecessária que o vampiro está fazendo.

Reinos Exilados -  A terra de VarannarOnde histórias criam vida. Descubra agora