𝐕𝐈𝐈𝐈

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"Está aqui" disse Chuuya ao entregar a ficha de volta a uma enfermeira, após terminar de colocar todos os dados decorados do Fumiya.

Olhando para a ficha, ela assentiu antes de voltar sua atenção para o omega parado em sua frente. "No momento seu filho está sendo atendido."

"Qual sala, yosano está com ele?" perguntou impaciente, não gostando da ideia de ter que esperar longe dele. "Por favor."

Suspirando, ela revirou os olhos. Estava exausta, e não tinha nem um pouco mais de paciência sobrando para aturar isso. "Não, a doutora yosano está no momento na sala de cirurgia e Sala 101, oitavo andar."

Assentindo, ele se afastou dela e foi na direção do elevador, sendo seguido por Verlaine que estava atrás dele. Logo após terem entrado, Verlaine aproveitou que era somente eles lá e quebrou o silêncio que consumia o local"Odeio ter que dizer isso por entender seu sentimento em relação ao que está acontecendo, mas você precisa se acalmar. E precisa rápido."

Franzindo seu cenho, ele cruzou os braços sobre seu peitoral na espera que o andar chegasse rápido. "Não finja que não está me escutando, Chuuya."

"Meu filho está mal. Não pode pedir que eu esteja calmo com isso."

"Estou preocupado com você, Irmão."

"Não sou eu quem está precisando de ajuda." dito isso, ele suspirou aliviado quando o elevador parou e abriu a porta.

Observando-o em silêncio, Verlaine voltou a seguí-lo. "Ainda. Você pensa que está enganando, mas eu sei que não está nem um pouco bem"

"Boa hora para tentar entrar nesse assunto, Verlaine" cortou-lhe de uma maneira ríspida sem dó alguma. "Eu já disse, preocupe-se com o Fumiya. Ele é o único que está mal, e essa conversa acaba aqui."

Estalando sua língua em irritação, o mais velho optou pelo silêncio e focou na procura do devido quarto, sendo Chuuya o único a encontrá-lo. Parando em frente a porta, ele estendeu o mão na direção da fechadura, sem sequer lembrar que durante um exame não poderia ter nenhum acompanhante por perto. Percebendo o que Chuuya faria, Verlaine o segurou pelo ombro e o puxou de volta. Irritado pela mudança repentina, Chuuya o encarou com seu famoso olhar mortal, que quase fez Verlaine recuar por um segundo.

Franzindo seu cenho, ele não se deixou abalar pelo olhar do outro, e sim devolveu com o seu próprio. "Se acalme agora, Chuuya. Eu não estou brincando."

Desviando seu olhar do mais velho, Chuuya virou o rosto em outra direção, cortando de vez qualquer tipo de contato visual. "Estou calmo. Agora me largue, eu já estou bem."

Fazendo o que foi pedido, Verlaine cruzou seus braços sobre seu peitoral quase que ao mesmo tempo que Chuuya, o que só serviu para lembrá-lo mais um pouco que aquele ali ao seu lado era seu irmão que, por mais que não se parecessem em nada, havia herdado bem a personalidade da família materna Suspirando em irritação por perceber que novamente havia pisado na bola de alguma maneira com ele, ambos tiveram suas atenções voltadas para a porta.

Por sorte ou azar, a pessoa que saiu de lá não era ninguém menos que uma enfermeira qualquer, e isso
trouxe um grande alívio para o Chuuya, que não perdeu tempo e começou a questioná-la logo de cara. "O que ele tem? Por que ele teve aquela convulsão? Ele está bem?"

"Senhor, acalme-se por um momento. O paciente está bem melhor agora. Seu filho está no soro e tomou um medicamento para-"

"Vomitar a porcaria do remédio que deu a ele." concluiu Tane ao parar próximo a eles, surpreendendo a enfermeira por ver a chefe lá e usando um tom incomum em horário de atendimento.

𝐈𝐧𝐨𝐜𝐞𝐧𝐭𝐞 ˢᵒᵘᵏᵒᵏᵘOnde histórias criam vida. Descubra agora