36 - narração 🔉

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aviso: o cap conterá narração ao longo da semana dos personagens até o presente

A semana correu monótona com todos afogados e se afogando cada vez mais na monotonia gigantesca e era difícil dizer se a semana se passou rápida demais, devagar ou na medida certa.

Há quem diga que foi rápido e há quem diga que foi lenta, no próprio grupo recém formado unindo amizades, amores e obrigando todos a ser amigos, cada um estava dividido sobre sua própria opinião dos dias daquela semana. Única coisa que mantinha todos de acordo, era como queriam que chegasse o próximo fim de semana para eles poderem se juntar e encher a cara, ouvir música velha ou seja o que for.

E por certa atração, Riki e Sunoo , que pouco tempo batiam o pé em reclamações um do outro, estavam mais próximos, vinham fazendo impossível e possível para a paz do grupo prevalecer, é que eles se sentiam rendidos e queriam se conhecer melhor, até flertavam mais, com uma pitada de brincadeira outra de verdade não saíram após o dia do corredor por falta de tempo, mas não discutiam tanto mais. Tudo bem que em poucas semanas não queriam ver a cara um do outro, ou melhor, não conseguiam ver a cara um do outro sem fazer provocações, sem um atentar o outro até se irritar de verdade, não queriam se ver pintado de ouro, então, lá estavam de prata. É aquilo... Passado fica no passado, era um velho ditado que martelava na situação perfeitamente.

A boca dos dois rapazes não se encontraram de novo depois daquela do corredor, mas a estranha saudade do toque sutil, do calor que os dois juntos faziam e os embriagavam era presente... Caramba, eles estavam com falta um do outro. Não que os dois tivessem se incomodando com isso, teve inúmeras vezes que se pegaram pensando sobre como as bocas se encaixavam e moviam em sincronia como um padrão, como uma junção feita uma para outra, como se as duas bocas unidas fossem o próprio apocalipse e passasse diversas correntes elétricas como raios por seus corpos, um efeito em tanto, não admitir que se gostavam estava meio difícil cada vez.

O decorrer daquelas duas semanas que passaram-se, Sunoo pensou bastante em Niki, também, ficava difícil não pensar no garoto alto, eles dois eram vizinhos, o bairro de Yolk não era muito grande e por muito menos se esbarravam por aí, e por nada Riki ainda insistia de navegar por seus pensamentos sem motivos algum aparentemente, com um sorriso provocador, e aí alguém pedia para Sunoo anotar pedidos e Niki ficava ausente de seus pensamentos um pouco.

Toda a marrinha de Sunoo caía por entre seus dedos e seus amigos observavam e riam fazendo piada, ele não ligava, fingia que nem tinha apostado sobre com Sunghoon, de forma pasma. Sunoo os ignorava porque eles tinham razão, sua bochecha ficava rosada de forma recorrente toda vez pelo mesmo motivo, Riki. Ele só não gostava de admitir, era demasiado orgulhoso ainda e queria que o outro rapaz chegasse e falasse primeiro, não por orgulho, mas por medo dele o sacanear mesmo. Não sentia amor, pelo menos não ainda. Era uma certa atração que ia crescendo e se modificando, que lhe fazia sentir saudade.

A semana de rapaz Sunoo começou de maneira caótica, já com uma cena entanto, domingo meio a madrugada, Sunoo ergueu seu corpo rapidamente no colchão, aproveitou para pegar sua coberta que estava inteiramente no chão e depois se ajeitou abraçando a si só

– Deus... – Resmungou em sussurros sonolentos tirando a franja dos olhos – Não acredito que agora sonho com ele! aquele fedelho – Riu do pensamento idiota e negou com a cabeça. – Que é cheiroso na verdade!

Jogou-se estafado novamente no colchão deixado na sala da casa de Sunghoon, onde ele e Jungwon dormiram por resolver fazer uma noite de fofoca igual nos velhos tempos, montaram uma cama grande no chão da sala do mais velho e dormiram depois de se encherem de besteiras. Ou melhor, seus dois melhores amigos dormiam, com corpos tortos, talvez babando enquanto roncavam baixo, entregues à terra do sono.

hellish neighbor - sunkiOnde histórias criam vida. Descubra agora