hellish neighbor - sunki

21 - narração 🔊

Niki relutantemente acordou de seu bom sono — não tão relutante, mas perdido, meio perdido e confuso, se perguntando onde estava e o fazia e quem bateu na sua porta, sequer viu quando dormiu realmente, era quase uma da tarde —, seu corpo grogue e preparado para confrontar  — que estava ciente ser dois arrombado na porta — Jake e Heeseung, que o despertaram pelo que parecia ser uma razão desnecessária. No entanto, quando a porta se abriu, uma onda de confusão tomou conta dele, evocando uma profunda conexão com seus sentidos. Podia até mesmo se dizer que um pouco mais de alegria no fundo do peito, mais do que fosse receber os amigos.

Motivos da tal inquietação repentina? Kim Sunoo, ele sempre era motivo de muitas coisas ultimamente.

Ele ponderou se foi até mesmo seu próprio pensamento  que trouxe a figura do mais baixo diante dele, como se sem querer tivesse utilizando da força de seus pensamentos; Não que ele tenha imaginado o semblante de Sun com frequência, não que embora fosse isso. Mas alternativamente, ele questionou se realmente Sunoo se materializou. Mas ele logo reconheceu que havia consumido uma quantidade excessiva de chá, e o impacto resultante deve ter se entrelaçado com a influência de sua medicação para febre o deixando meio doido das ideias. Por fim, durante esse interlúdio, sabia que não estava tão doido assim para estar sonhando, embora devia estar com cara de tapado. Agora estava curioso e confuso demais.

Mas bem... A real era que Sunoo não era o único indivíduo sobrecarregado com uma psique apreensiva e instável, que o impedia de encontrar consolo fechando os olhos naquele exato momento, estava com sua mente muito inquieta  e isso de verdade lhe proibia de fechar os olhos direito por ali  só por pensar demais, sim, pensar demais logo em Niki. Mas tudo bem, não foi o único, nesse meio tempo ele não era! Do mesmo jeito que não era o único preocupado ali. Só tomou a partida da iniciativa de ir bater na porta de Nishimura.

– Veio me bater com guarda chuva? – Niki  quis fazer uma piada assim que viu a figura do menino "baixinho", de pijama — na verdade era só um conjunto moletom — pantufas, com o nariz vermelho da gripe e um pequeno sorriso com os lábios fechados, um pouco sem graça, ligeiramente envergonhado no rosto e que em outro dia estaria fechado pronto para atacar Ni-Ki

– Não – Sunoo respondeu rapidamente, sua voz estava um pouco rouca e cheia de tédio, mas o menino o olhou de cima a baixo devagar, com certo constrangimento. A sensação de déjà vu surgia em sua mente, a cena era tão parecida, mas agora era completamente diferente.

– Então? – Niki franziu a testa, com um sorriso se formando em seus lábios. – É alguém obcecado por mim mesmo? 

Sunoo revirou os olhos dramaticamente e fez um gesto de "ameaçar" ele em sinal de soco. Por que ele deveria ser tão chato? irritante?

– Não seja idiota –  Cruzou os braços acrescentou, mas nem ele sabia o que estava fazendo ali, então começou a pensar e não sabia como explicar.  – Pensei o quão ruim e fodido estava, e resolvi vir ver se precisava pelo menos de ajuda. Como se eu tivesse com algum remorso, algo assim.

– Ah... Entra aí, se não for pra me bater com um guarda chuva... –  Sunoo não respondeu, apenas sorriu e entrou. Quando ele se afastou um pouco e se virou para Niki, viu Riki pular um pequeno pulo para trás, como se estivesse se assustado. O de fios rosa acabou rindo sozinho.

– Achou que eu ia sacar um guarda chuva do além? do nada? Não é como se fosse sair um do meu cú – Sunoo disse um pouco entre risos, e Niki pareceu sem graça em segundos.  Bateu certo constrangimento no momento após aquilo.

Era meio estranho continuar cara a cara, como se eles não brigassem de várias maneiras alguns dias atrás, até ali já tinham se atracado em vários sentidos não é mesmo? Era bem lembrado, se atracaram por provocações, brigas fúteis de tão boba e se atracaram até mesmo se beijando.