hellish neighbor - sunki

04 - narração 🔊

O dia amanheceu, era estupidamente cedo, mas  Sunoo já estava acordado, todo molengo, nem chegou a dormir já que a música parou lá pelas tantas e ele não conseguiu pregar o olho e nem valia a pena;  Até teve sua segunda tentativa de pedir para o outro desligar o som, sendo por mensagem de texto, sem educação, sem muito sucesso, só estresse, então deduziu que a música só tinha parado ou pelo vizinho ter dormido, ou por ter descarregado a caixa som se fosse aquelas de carga, ou ele ter cansado ou por ele ter se cansado, mas Sunoo estava acabado por conta daquela palhaçada toda com sua cara, nem um banho gelado estava o animando e despertando. Não era pra menos, três horas da manhã agudo mágico tocando no estourado poluindo os seus ouvidos, foi demais para Kim Sunoo. Nem com todos os anos tendo Jungwon como amigo o garoto os fazia ouvir suas músicas questionáveis.

Quando o sol nascia, Sunoo já estava cansado de estar acordado, mas não podia voltar dormir nem se quisesse, se sacudia todo dia de manhã cedo devido o horário de trabalho, às nove deveria já estar na livraria lanchonete que trabalhava. Mesmo com sono precisava reagir; 

Enquanto a água do chuveiro o despertava, ele se perguntava muito porque não era um herdeiro rico e foi essa pergunta toda a processo do banho, já na escovação de dentes se perguntou porque sua vida não era um teste e na verdade sua avó era rainha de genóvia e o sucessor do trono, tudo bem que não falava com seus familiares, mas uma reviravolta dessa... que sorte de sua vida isso seria, não é mesmo? O bichinho passou a noite maratonando filmes adolescentes, já que não teve sossego, sua cabeça ainda processava que tinha que despertar.

Sunoo ficou um pouco sentado na cama refletindo o que fazia enquanto passava a toalha pelo cabelo úmido a fim de deixar ele mais seco, não tinha muito o que fazer em relação a seu vizinho a não ser passar reclamar com a síndica, mas ele sentia uma pontada o dizendo para retrucar de certa forma a perturbação também, não só uma pontada, mas sim a mensagem de Sunghoon também em incentivo.

Tentou raciocinar algo à medida que sua cabeça voltava a funcionar mais rápido ao poder de café,  deduziu era que  como o garoto parecia alcoolizado e foi dormir quase pelas quatro, o rapaz ainda deveria estar apagado agora, ou talvez com dor de cabeça, uma ressaca muito provável. Tinha essas informações ao seu favor, a fonte? suas idéias.

Sunoo não tinha caixinha de som decente,  não era brincadeira, deixou sua caixinha de som deixou na casa de Sunghoon falando que não queria ela, outro que nem usaria também que muito fez foi xingar Sunoo sobre aquilo, mas naquele momento, ele bem que queria uma caixinha, nem que fosse aquelas de camelô que ao ligar anuncia para até quem tá longe que ela está sendo ligada.

Tinha outras maneiras de perturbar seu insuportável vizinho, tipo,  ele podia subir na cama ficar pulando nela e fazendo barulhos obscenos com a boca, mas além de que aquilo ser muito constrangedor pra si próprio, sua cama era box e não fazia som o colchão, e até o som chegar no seu vizinho irritante e o irritar… Nossa ia ser um caso sério e a guerra era só entre esses dois, se alguém do condomínio por alto se metesse e achasse coisas do garoto, o vizinho ele não ligava achar nada, mas não queria ficar conhecido pelo garoto que estava gemendo alto de manhã, fosse de mentirinha ou não. Ficou em um silêncio reflexivo olhando pelo quarto para ter uma ideia, riu sozinho, ele só pensava bobeiras. Mas logo surgiu uma boa ideia. Dessa vez era uma idéia decente.

Precisava manter sua dignidade ainda.

Sunoo tinha alguns instrumentos que bem... estavam ali guardados, só não acumulava poeira — ele diria — porque com a mudança, ele limpou. Ele tinha uma guitarra, uma bateria, um teclado, não era muito conveniente mas ele gostava de música e pela adolescência aprendeu tocar alguns instrumentos com sua prima, a mais velha fazia parte de uma banda cover e ele era fissurado quando mais novo, acabou aprendendo algumas coisas e quando a garota trocou os instrumentos, ele implorou para ela lhe dar. Instrumentos esses que depois de um curto tempo que sua obsessão passou, ficou apenas no canto do quarto sem uso, mostrando que algum dia  distante tinha sido passatempo seu.