Uma tarde na casa dos Byers.

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Dia 2:

Todos acordaram bem naquela manhã. Alguns mais do que outros, mas no geral, estava tudo certo. Claro que S/n mal soube o que havia acontecido quando abriu seus olhos, era um sonho?

Ou uma previsão?

Não importa. A casa dos Byers estava com um clima bom, mal parecia que um guerra aconteceria em breve, eles apenas esqueceram dos problemas por alguns segundos. Cada pessoa fazia algo diferente:

Os garotos (incluindo Lucas, que parecia estar evoluindo sua relação com seus amigos) assistiam algum desenho.

Nancy e Robin cozinhavam um belo café da manhã, ou melhor, Nancy cozinhava um belo café, Robin mais parecia falar a fazer.

Steve e Jonathan conversavam numa boa enquanto arrumam a bagunça da noite anterior. Conversavam numa boa, cof cof.

Já Eleven e S/n concentraram-se em treinar cada vez mais.

Passaremos por cada uma dessas situações. Respectivamente, vamos começar com os idiotas se entupindo de salgadinhos. Garotos são grotescos, isso todos nós sabemos, mas já os viu sozinhos em uma sala… comendo? Se não, nunca soube o que o inferno significa.

— Aposto que consigo soltar um mais alto. — Mike enche a boca antes de implicar com Dustin.

— Não mesmo. Eu treinei por anos pra conseguir esse marco, apostaria minha vida nisso.

— Vinte pratas. — Mike sorri quando vê seu amigo aceitar a aposta. Olha para Will, que os encarava com um certo desgosto, pensava o porquê de ter aceitado conversar com esse estranhos na infância… — Você é o juiz, Will. — O rapaz apenas assente.

Um suspiro, dois, e logo Mike solta um estrondoso arroto, daqueles que te fazem querer vomitar só de pensar. Os amigos não escondem o nojo, Will realmente parece querer colocar a janta do dia anterior para fora: — Ele ganhou, aí merda!

— Porra, babaca. — Dustin deposita vinte dólares na mão do garoto, este que lhe encarava presunçoso após ganhar a aposta.

O ambiente parece ficar meio pesado assim que os três veem Lucas. Este estava sempre na dele, claro, depois da “traição” que havia feito com seus amigos e a traição — dessa vez sem aspas — a sua namorada, ele sabia que não era realmente bem-vindo.

Lucas soube que errou no momento que as pessoas passaram a lhe ver como amigo dos ‘bullies’, até porque não havia um ser humano existente naquele colégio que Troy não havia zuado.

Troy era amado, mas Lucas, por ser novo, passou a ser o simples estranho. De novo.

Ele entendia o ódio de seus amigos, o ódio de Sn, e entendeu o ódio de Max, ele os daria tempo, mas isso não significa isolar-se de todos.

Os meninos assistiam Os cavaleiros do Zodíaco enquanto se empanturravam de salgadinhos gordurosos e refrigerantes doces. O único som presente naquele ambiente era a voz de Seiya, os garotos estavam absurdamente quietos após a entrada do Sinclair.

O mesmo os observa atentamente, e decide se sentar ao lado de Will, que parecia ser o mais desinteressado por sua presença, já que continuava encarando o desenho como se nada diferente estivesse acontecendo.

A teoria de Lucas foi comprovada, assim que ele se sentou, Will lhe ofereceu um pouco do salgadinho e uma latinha lacrada de refri. Não trocaram uma palavra, mas aquilo já era um grande avanço.

Lucas errou, todos sabemos, e sabemos que de Max ele não receberá o devido perdão, mas poxa, ele merecia uma segunda chance.









Boyfriends Lie - Max and YouOnde histórias criam vida. Descubra agora