A calma depois da tempestade

17 3 0
                                    

Estava tudo tão pacífico e sereno, num instante tudo começou a ficar agitado e confuso, esse foi o momento em que acordei.

Abri os olhos e comecei a tossir água aflita, passados alguns segundos consegui acalmar-me, todos os meus colegas estavam a olhar-me surpresos e com lágrimas nos olhos, olhei em volta e sorri para eles se acalmarem também.

-Então pessoal ... desculpem o que aconteceu. - disse acanhada e com medo das  reações da minha equipa.

Diogo começou a dirigir-se em minha direção com cara de poucos amigos e quando chegou perto de mim o suficiente apertou as minhas bochechas com uma das mãos fazendo-me ficar com a expressão facial a imitar um peixe, não deixei de reparar que as suas roupas estavam molhadas e água escorria do cabelo para a sua cara.

-O que pensas-te que estavas a fazer? Quão idiota és tu? - perguntou ele enervado.

Olhei para ele estática, algo em mim fez-me ficar totalmente paralisada, talvez fossem aqueles olhos cor de avelã que demonstravam a sua raiva e preocupação por mim.

-E . . . eu . . . - falei enquanto gaguejava coma voz a tremer.

-Porque é que ignoraste o sinal que te demos para regressar? Não confias na tua equipa? - perguntou ele quase aos berros comigo.

Dirigi o meu olhar para o chão para não o encarar (nunca o tinha visto tão enervado e chateado), estava tão envergonhada, nem tinha coragem de olhar a minha equipa, mas , em questão de segundos Diogo envolveu-me num abraço apertado.

-Estávamos tão preocupados! - disse na forma de um sussurro ao meu ouvido.

Toda a equipa se movimentou para me darem um abraço em conjunto, nesse momento senti-me muito amada pelos meus colegas. Depois de alguns momentos separamo-nos e fomos para o porto, saímos do barco e todos concordamos que eu deveria ir para o hospital ver se realmente estava tudo bem. O Diogo ofereceu se para me levar lá, mas Rita ( a minha bestie / melhor amiga no mundo inteiro)interrompeu o e afirmou que quem me levaria seria ela, acrescentando que os olhos de cachorrinho que ele estava a fazer não a iriam convencer.

A exploradora perdidaOnde histórias criam vida. Descubra agora