A visita ao hospital

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Assim que cheguei com a Rita ao hospital ela ordenou me que me sentasse na sala de espera e foi tratar dos meus papeis e consulta para ver o médico, obedeci, fiquei quietinha sentada numa das cadeiras da espaçosa sala de espera e comecei a olhar em volta, estava lá um casal apaixonado quase a devorarem se com os olhos, pensei para mim (eu nunca seria capaz de fazer essas vergonhas em público, estar assim vulnerável à frente de pessoas desconhecidas, é triste(, continuei nos meus pensamentos até alguém me toca no ombro, olhei na direção da mão e depois direcionei o meu olhar para a pessoa, era Rita, havia regressado das burocracias do hospital. 

-Então, como te sentes princesa? - perguntou a Rita.

Ela tem o habito de me chamar por nomes carinhosos e de me tratar como uma irmã, fomos criadas praticamente juntas, ela era a minha vizinha da frente e sempre andamos juntas na escola, assim que chegávamos da escola cada uma implorava aos seus pais para ir brincar com a outra, somos inseparáveis desde pequeninas. 

- Bem, eu não acho que precisasse vir aqui. - respondi.

-Catarina ... tu não sabes o que me fizeste passar durante os segundos em que apagas-te . . . o Diogo até mergulhou sem equipamento para te puxar para a superfície . . . - disse Rita com um olhar preocupada - Se te demos o sinal para subir por algo seria não acha?

-Sim . . . desculpa eu fui egoísta. 

Ficamos as duas em silêncio por alguns segundos que pareceram longas horas até que fui chamada para o consultório do médico, entramos as duas e depois de uma examinação pormenorizada o doutor deixou- me ir afirmando que estava tudo bem mas deveria ficar em repouso três para prevenir a exaustão, saímos as duas do hospital a andar.

- Sabes? Tenho algo para te contar. - disse Rita.

Olhei para ela a espera que ela continuasse.

- Eu . . . tenho uma paixoneta por uma pessoa da nossa equipa.

-Quem? - perguntei muito curiosa.

-O Diogo . . . ele faz me sentir como nenhum homem antes.

Olhei para ela em estado de choque e fiquei de boca aberta com a repentina surpresa, esta reação durou uns segundo e Rita permaneceu se quieta a espera que eu falasse algo.

A exploradora perdidaOnde histórias criam vida. Descubra agora