A primeira noite

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O Diogo olhou para mim e coçou a parte traseira da cabeça enquanto sorria para mim de forma tímida, só depois falou:

-Então. . . Sabes sobre o que ela estava a falar?

Acenei que não com a cabeça.

-Não faço a mínima ideia, penso que aquilo seria uma provocação, sabes como ela é, especialmente comigo. - disse enquanto me direcionava para arrumar a cozinha.

Virei de costas para me dirigir a cozinha e comecei a andar, senti um aperto no braço, era o Diogo, ele estava agarrar me o braço, fiquei quieta a olhar para ele enquanto ele me olhava nos olhos, puxou me pelo braço e acabei por aterrar no peito dele enquanto ele me envolveu num abraço, senti me um pouco atordoada, mas ao mesmo tempo reconfortada.

-O médico disse descanso senhorita Catarina - disse-me em forma de sussurro - não quero que nada te aconteça, eu irei arrumar a cozinha e fazer um chá para ti.

Revirei os olhos e respondi:

-Eu quero arrumar, se quiseres podes ajudar-me.

Sai do aperto dele e fui para a cozinha não deixando de reparar que ele me seguia (o Diogo é alto e robusto, então por natureza tem uma presença que em qualquer espaço que ele se encontre que não pode ser ignorada). Comecei a arrumar a mesa e por os pratos na pia e depois preparei tudo para começar a lavar louça, coloquei um avental e fui começar a lavar, o Diogo foi buscar um pano para secar a louça e guardar posicionando se depois ao meu lado. passados uns minutos tinha a louça lavada e ele já tinha secado e arrumado tudo.

-Catarina, importas te que eu use a tua casa de banho?

-Claro que não, mi casa es tu casa. - sorri enquanto lhe respondi

Ele pegou na mochila dele e foi para a casa de banho tomar um banho, fiquei a fazer um chá para os dois e fui buscar massa de bolachas que estavam no congelador e coloquei no forno para acompanhar o chá, preparei o sofá e coloquei uma almofada, um lençol e um cobertor para ele ficar confortável, nesse meio tempo Diogo sai da casa de banho só de shorts. Levantei me e disse lhe que podia ir para o sofá que já estava pronto para ele dormir, fui buscar o chá e bolachas para os dois e pus na mesa da sala indo me sentar na poltrona.

-Vem te sentar aqui ao meu lado, quero fazer uma trança melhor no teu cabelo, se continuares com essa o teu cabelo vai ficar estragado. - disse-me ele.

Concordei (desde quando é que ele percebe de cabelo?) e fui para o lado dele, pousei a caneca que contia o chá e comi a bolacha que tinha na mão, ele fez o mesmo, começou a desfazer a trança que eu tinha e depois fez me uma massagem no couro cabeludo, estava a sentir os meus olhos a pesar e o cansaço do dia começou a fazer se sentir, não sei quando no meio disto tudo acabei por cair no sono e adormecer ali com ele.



A exploradora perdidaOnde histórias criam vida. Descubra agora