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Não me lembro bem da maneira que adormeci, o dia de ontem foi tão cansativo. Mesmo antes de acordar senti um conforto enorme e uns braços fortes a envolver me, também senti a barriga de alguém contra a minha, estava tão bem a dormir que me aconcheguei e deixei-me ficar assim durante uns minutos, depois de alguns instantes senti uma mão fazer carinho na minha cabeça, abri os olhos e o Diogo já me estava a olhar, tentei me afastar, mas ele puxou-me para ele pela cintura fazendo com que fugir não fosse uma opção.

-Bom dia senhorita Catarina, dormiste bem? - perguntou ele com a voz rouca de ter acordado, a forma como ele falou deixou-me um bocado atordoada e fez com que um arrepio percorresse as minhas costas de cima a baixo.

-Bom dia Diogo, deixa-me ir . . . sabes que eu não sou dessas de me divertir uma noite. - ripostei.

-Certo . . . peço desculpa não se irá repetir.

- Ficarei agradecida Diogo. - respondi 

A nossa conversa foi interrompida pela campainha de minha casa, Diogo levantou se sem dizer nada e foi abrir a porta só de shorts. Quem estava à porta era a Rita, ela olhou o Diogo de cima a baixo o examinando, depois olhou para mim que estava na suporta cama dele sentada e com o cobertor em cima das pernas.

-Vim interromper algo? - perguntou enquanto me olhava com uma sobrancelha arqueada.

-Não. -respondeu o Diogo antes que tivesse tempo de responder - Ia mesmo agora preparar o pequeno almoço, quer se juntar a nós?

-Não obrigada . . . pode ir tomar o pequeno almoço a casa, agora fico eu coma Catarina. - disse a Rita.

-Ah, tem alguma coisa planeada? É que caso não tenhas, posso passar o dia inteiro convosco. - afirmou o Diogo enquanto coçava a nuca.

- Claro que pode - disse a Rita com um sorriso angelical no rosto.

O Diogo concordou e foi preparar o pequeno almoço na cozinha, assim que ele saiu do cômodo Rita olhou me com cara de má e disse:

- Depois do que te contei ontem tu ainda te atiras a ele? parece que não me tens nenhum respeito nem estimo, vocês dormiram os dois juntos não foi?

- Não é o que tu pensas . . . eu acabei por adormecer e quando acordei ele estava deitado comigo. - tentei explicar-me.

Entretanto Diogo chegava a sala enquanto Rita me respondeu pela última vez.

- Catarina sabes perfeitamente que eu gosto dele e estou a tentar ter algo com ele, estás a agir como uma p***, sem sequer ter razão para tal, espero que ele veja a m**** de pessoa que és, aproveita o dia, vou meter a carta de demissão, não te quero ver mais à minha frente na vida inteira! - disse ela com a voz alterada  e a preparar se para ir embora acabando eventualmente por dar de caras com o  Diogo.

- Rita, tu ouviste o que acabaste de dizer? - perguntou num tom ameaçador - Sabes com quem estas a falar e sobre o que estas a falar?

Ela olhou para ele desacreditada e gaguejou alguma coisa incompreensível, ele interrompeu-a e disse num tom assustador:

- Em primeiro lugar que nunca tiveste sequer uma hipótese a nível amoroso comigo e em segundo que a Catarina a cima de todas as pessoas merece o teu respeito, é tua patroa e melhor amiga, sendo que ela não se atirou a mim em momento algum. Agora, se me fizeres o último favor de saíres daqui e nunca mais apareceres à nossa frente ficaria muito agradecido.

Olhei desacreditada para a situação, a Rita estava de rastos e saiu da minha casa quase que a correr. Diogo pousou o pequeno almoço e veio até mim, sem forçar nada, pegou em mim ao colo e envolveu me num abraço.

- Sinto muito senhorita Catarina, mas não podia deixar impune a forma como ela estava a tratar-te, eu ficarei aqui contigo nos dias em que ela se disponibilizou e farei a parte das publicações nas redes sociais, agora vamos tomar o pequeno almoço.

Os dois comemos em silêncio e depois o Diogo embirrou que teríamos que ver uma serie juntos para passar o tempo, sentamo-nos no sofá e ele fez pipocas, passamos o resto dia entre ver a serie e fazer fazer sobremesas loucas para comer enquanto víamos a série, acabei por descobrir que o Diogo tem ótimos dotes culinários. quando chegou a noite ele fez uma sopa para jantarmos e trançou o meu cabelo (acho que ele estava a tentar consolar-me por causa da Rita), depois fomos dormir cada um para o seu quarto.


A exploradora perdidaOnde histórias criam vida. Descubra agora