Ano 546.
Continente Ávalor
Verchia, terra neutra no centro do continente.
Ao entardecer...
Era final de tarde em Verchia, a cidade neutra no centro do continente, onde várias raças poderiam viver umas com as outras sem qualquer inimizade ou preconceito, normalmente os que viviam ali eram os renegados, pessoas que traíram seus parceiros, exilados, traidores, e várias outras situações.
E ali, também vivia um anjo, você pode até achar estranho, mas ele não era um anjo comum, era um anjo caído de Órion, aquele que foi expulso pela autoridade maior daquele lugar. Depois que um anjo era expulso, sua graça era tomada, e exilado para as terras do continente, com a proibição de jamais voltar para as terras sagradas.
Mas uma vez, ele voltou, e fez algo impossível até para as constelações e deuses mais fortes... 1Quebrar o portão dourado, a principal entrada do reino angelical de Órion.
Alguns dizem que ele derrubou o portão, outros desacreditam, duvidando que tenha feito se quer um arranhão.
O boato circula por todo o continente, mas ninguém sabe confirmar a verdadeira verdade do que realmente aconteceu... E ninguém, ousa perguntar diretamente a ele, pois o temem.
Anjos caidos, só se tornam isso, por terem se rebelado, ou por terem feito algo terrível, e por não saberem o que ele fez... Sempre mantiveram distância.
{...}
Em um bar, um pouco afastado do centro, várias pessoas bebiam e conversavam alto, sobre como foram seus dias de trabalho duro. No bar haviam elfos, lobos, humanos, e um certo anjo sentado em uma mesa em canto mal iluminado do bar.
— Você está bem frequente aqui Cain, tentando esquecer as magoas? – disse o barman Efrain, um elfo de meia idade.
— Porra cara, fica quieto e me traz mais das águas do inferno, por favor – disse Cain, em uma voz de escárnio.
— Educado como sempre hein, vou pegar a sua tão amada bebida – o barman riu e virou as costas indo em direção ao balcão.
Quando Efrain voltava com a bebida de Cain, a porta se abriu revelando uma bela mulher de pele branca e longos cabelos vermelhos, o lugar todo silenciou, todos com olhos vidrados na entrada para observar a tão famosa mestiça, conhecida por derrotar inúmeros monstros sozinha.
Ela caminhou pelo bar, de cabeça erguida, enquanto inúmeros olhares a acompanhavam, com o bar ainda silencioso, apenas sua voz foi ouvida.
— Um caneco de Águas do inferno por favor – disse ela ao outro barman que estava atrás do balcão.
Esse homem já era um pouco mais velho que Efrain, o elfo, mas esse não tinha orelhas pontudas e pelo cheiro comum que emitia, era um humano.
— Claro milady– disse o humano indo buscar a bebida da mestiça de cabelos ruivos.
Ele pegou a bebida da mesma e a colocou sobre o balcão. E antes que ela pudesse saborear sua bebida uma voz é ouvida pelo bar.
— É uma bebida muito forte pra uma mera donzela fraca.
— Quem aqui está me chamando de fraca? Acho que deve ser algum covarde, afinal nem sua face quer mostrar – a mestiça disse em tom de desafio, e como seu dia não havia sido tão bom, ela estava ansiando por uma briga.
— Sou eu, bem aqui – Disse Cain levantando sua mão e sorrindo de canto.
— Venha aqui e fale na minha cara se for capaz - a ruiva se levantou do banco que estava sentada olhando diretamente para Cain, que apenas a encarava de volta.
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Seven Knights
Fantasía7 cavaleiros. Todos unidos pelos mesmos propósito, vingança, força e paz. O continente Ávalor é divino em territórios, sendo um para cada raça. Depois que portais misteriosos, e monstros perigosos começaram a sair deles, todos ficaram em alerta. Mas...