Aquele momento de calmaria

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Poderia resumir aquela noite em uma única palavra: Tranquilo. Incrivelmente, o jantar que seus pais fizeram para receber a mãe e a irmã de Draco foi muito tranquilo, as duas famílias se deram muito bem. Daphne era calma e madura, ela tinha planos concretos para o seu futuro, ainda a ouviu dar alguns sermões em Draco no decorrer da noite, ela tinha um lado maternal também, pelo visto. Tinha falado empolgada do recente trabalho que havia consigo e de como estava estudando com afinco para conseguir alcançar seus objetivos. Narcisa, a avó paterna também tinha uma calma invejável, associou que talvez fosse algo da genética Malfoy. Ela por sua vez deu-se bem com a outra avó da casa, ambas conversaram sobre tudo enquanto que dividiam uma sobremesa na mesa da cozinha. 

Sophie Granger e Narcisa Malfoy pareciam as únicas empolgadas em serem avós, naquela trágica situação, duas pessoas viam as coisas por um ângulo diferente e positivo. Questionou-se se ela estava sendo tão pessimista que seus olhos estavam fechados para os sinais de alguma coisa boa de tudo aquilo, porém, por mais que tentasse Hermione não conseguia ver nada de bom naquilo tudo, não ainda. Ver seu pai, Richard Granger conversar calmamente com Daphne uma jovem sorridente lhe deixou mais surpresa, parecia que ele também estava fazendo um esforço para que as coisas não ficasse tensas entre as famílias. 

O pior de tudo seria que ela protagoniza-se um romance estilo Romeu e Julieta, só de imaginar que daquela situação toda pudesse rolar uma química entre ela e Draco, um explosivo amor surgisse e as ambas famílias impediriam que o amor prevalecesse, pois eram de realidades diferentes e não tinham como formar uma família. Agradeceu por viver no século vinte e um, a última coisa que poderia acontecer seria encenar algum conto romântico criado há séculos. Primeiramente, percebeu que tanto ela como Draco tinham o mesmo estilo de classe social, poderia se questionar a média ou estaria mais para pobre? Naquele jantar notou que seus pais tinham um emprego mais vantajoso do que a mãe de Draco - o que não deixava de ser honesto -, porém isso não significava que tinha dinheiro para viajarem quando quiserem ou comprar qualquer coisa quando desejarem. Apenas tinha um saldo econômico que não os fazia perder o sono pelas contas, mas nada que pudesse ostentar por ali. 

Narcisa trabalhava em uma simples padaria/lanchonete, ajudava a organizar tudo por lá, atender mesas, administrar o estabelecimento, limpar, comprar os produtos. Ou seja, tudo o que eles precisasse, o dono era um senhor que passava metade do tempo se organizando para elevar aquele simples comércio e Narcisa era a funcionária mais antiga, talvez por isso cogitou que ela também ajudava a administrar a parte financeira do lugar. Daphne já estava trabalhando como auxiliar de cozinha em um restaurante enquanto lutava para conseguir uma bolsa e entrar no curso de gastronomia. 

De todas as pessoas que estavam naquela casa, as duas senhoras fofocando na cozinha, o homem mais velho focado no Jornal Nacional, a jovem mais velha entretida no celular, só sobrava dois adolescentes sentados lado a lado enquanto encarava a grande televisão noticiando reportagens ruins e os únicos que não tinham nada da vida e carregam uma responsabilidade enorme sobre suas costas. Suspirou, era difícil encarar a realidade que vivia, uma adolescente grávida que não tinha onde cair morta.

Duas listras - Dramione - Concluída Onde histórias criam vida. Descubra agora