Aquela vigésima sexta semana

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"Ficar preso dentro do quarto que divide com sua irmã não estava sendo agradável, ainda mais quando ouvia os gritos histéricos de seus pais

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"Ficar preso dentro do quarto que divide com sua irmã não estava sendo agradável, ainda mais quando ouvia os gritos histéricos de seus pais. Eles praticando rodaram a casa inteira brigando um com o outro a ponto de ficar assustado com tudo aquilo. Ele estava embaixo da coberta com Daphne que segurava sua mão e impedia que começasse a tremer, mesmo com todo aquele barulho ainda conseguia ouvir os dentes de Daphne batendo um contra o outro, ela também estava assustada. 

— Você estava com aquela vagabunda. — sua mãe falou tão alto que acabou colocando sua cabeça embaixo do travesseiro. Ele não entendia o que estava acontecendo, ele só pedia para que eles parassem de gritar. Aos seus quatro anos, Draco não conseguia compreender o motivo que os fazia gritar tanto. — Aquela piranha, aquela vadia, você é um cafajeste, Lucius. Não tem vergonha de pegar a própria chefe? 

Fechou os olhos lacrimejantes, sentiu o momento que Daphne saiu debaixo das cobertas, automaticamente abriu os olhos e seguiu sua irmã mais velha, então, percebeu que estava tudo silencioso. Será que eles tinham parado de brigar? Por causa disso acabou pulando para fora da cama e antes mesmo da sua irmã chegar na porta, ele a abriu e saiu para fora, ainda ouvindo ela lhe chamar. Correu rapidamente até chegar na sala onde observou sua mãe sentada no sofá, com as mãos na cabeça encarando o chão enquanto que seu pai estava com duas malas encarando-a. Os olhos dele foram sua direção e de Daphne que estava atrás dele, sentiu a mão firme de sua irmã no seu ombro quando seu pai apenas olhou rapidamente para os filhos, se virou, saiu pela porta e nunca mais voltou."

De início imaginou que ele fosse ligar, mandar alguma mensagem, ver como ele estaria. Sempre pensou que seu pai ainda o amasse a ponto de querer fazer parte da sua vida, porém, aos poucos foi percebendo que ele não se importava. Lucius realmente desapareceu quando saiu por aquela porta, mesmo que atualmente tivesse entendido o motivo que fez seus pais se separarem, na infância ele não se importava com isso, só queria ver seu pai e ter ele por perto. Contudo, cada dia que passava e não via a cara dela apenas o fez perceber que ele não era o seu pai, apenas um doador do sêmen. Ver sua mãe batalhar para criar dois filhos sozinha, vê-la sacrificar tantas coisas para o seu bem-estar e de sua irmã apenas a fazia amá-la cada vez mais e no final ela era as duas coisas - mãe e pai - e com o tempo não necessitava mais de nenhuma figura masculina em sua vida. 

Quando o viu ali na sala de estar, Draco apenas cruzou os braços, ainda conseguia sentir Hermione parada atrás de si sem entender mais, porém, sua atenção estava totalmente naquele homem. Percebeu sua mãe respirar fundo, ela não estava nenhum pouco abalada, Narcisa havia superado o marido há muito tempo, diferente de Daphne que estava com a expressão, provavelmente, igual a sua. 

— Oi, filho. 

— O que faz aqui? — perguntou Draco, tentando entender o que aquele homem poderia querer em sua casa, não tinha mais nada para ele ali. 

— Vim ver meus filhos, podemos conversar? — Lucius perguntou, o encarando. 

— Você não tem nada pra fazer aqui, tem Daphne? — ele perguntou encarando a irmã. 

Duas listras - Dramione - Concluída Onde histórias criam vida. Descubra agora