Capítulo Sete

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Narração em terceira pessoa

Pela manhã, Robert despertou e o mesmo estava com uma dor de cabeça horrenda, o homem se levantou de sua cama e contastou que sua esposa não estava ali.

O policial escovou seus dentes e em seguida desceu as escadas, Vivian estava na cozinha preparando o café da manhã.

- bom dia meu cachaceiro - disse a mulher entregando um café amargo para o homem

- o que eu fiz ontem ?- perguntou dando uma leve bebericada no café

- você tomou duas garrafas de vinho, e estava falando coisa com coisa - falou Vivian vendo o marido arregalar os olhos

- como assim ? - perguntou o marido encarando a mulher

- sei lá, você disse que a vida tinha te passado a perna, que você tinha que ter tido atitude

- são problemas do serviço, aquele lugar me deixa maluco - mentiu o homem

- me diz um serviço que não dá dor de cabeça-  falou a mulher encarando o homem

Robert ficou ali conversando com a sua mulher. Enquanto isso no presídio, os detentos se preparavam para mais um dia naquele lugar.

- não gosto desse lugar de manhã - falou Victor esfregando os rosto

- o que tem de mais ?- perguntou Samuel curioso

- todo mundo é chato - falou o homem olhando o teto da cama de cima

- vamos Victor, temos coisas para fazer hoje - disse Samuel empolgado

- bota coisa nisso, hoje é sexta feira, e toda sexta-feira os policiais fazem rondas nas celas, ou seja, nós vamos ter que tirar tudo que tem aqui dentro para lavar, enquanto ele ficam aqui procurando dorgas e objetos que cortam

- parece aqueles jornais da manhã - falou Samuel gargalhando

Logo as celas são abertas, e todos começam a seguir para o refeitório, assim como fez na noite passa Victor passou sua mão pela cintura de Samuel, o garoto deu uma respirada profunda. Sentir aquela proteção toda para Samuel era sensacional, mas ele estava com medo de estar desenvolvendo algum sentimento por Victor.

Os dois chegaram no refeitório é logo pegaram suas refeições, se sentaram em uma mesa que estava vazia, e começaram a comer. Samuel acaba derramando um pouco de café em sua blusa.

- vou ter que ir no banheiro limpar - falou encarando Victor que estava concentrado em sua comida

- não precisa que eu vou junto ? - perguntou Victor encarando Samuel

- acho que não tem necessidade, vou super rápido - disse o garoto sorrindo para o maior

Samuel se levantou de onde estava sentado com Victor e logo se dirigiu até o banheiro, o garoto se encaminhou até a pia e começou lavar a blusa na parte em que havia sujado de café. Pela porta passa Donald e mais dois rapazes.

- que maravilha te encontrar aqui sozinho - disse Donald encarando o garoto

- o que você quer ?, se lembre do que lhe aconteceu da última vez - disse Samuel se concentrando na mancha em sua camisa

- tenho que acertar as contas com você Samuel

Os dois homens que estavam com Donald seguraram o garoto, e aos poucos Donald foi se aproximando, com sua mão áspera passou no rosto de Samuel onde deferiu um murro deixando o garoto um pouco zonzo.

- está acontecendo alguma coisa senhores ?- perguntou um policial que ficava de guarda na porta do banheiro

- apenas uma conversa chefia - disse Donald encarando o homem

- não ultrapassem os limites - diz o policial se referindo a obejtos que possam matar

- é apenas uma conversa- ressaltou o homem

Victor já tinha acabado sua refeição, e estava percebendo que Samuel estava demorando um pouco, ele se levantou de sua mesa e seguiu em direção ao banheiro, ao chegar no local viu que Samuel estava sendo segurando por dois homens, enquanto Donald distribuía murros pelo corpo do garoto.

O homem rapidamente se aproximou de Donald dando-lhe um mata-leão.

- soltem ele, ou o Donald sai daqui em uma maca - disse Victor encarando os dois homens

- nós estávamos apenas brincando cara - falou Donald que estava quase vermelho por causa da falta da ar

- já te falei o que pode te acontecer quando mexe no que é meu, acho que já deixei isso bem claro - disse Victor apertando ainda mais o braço

Os dois homens soltaram Samuel que ainda estava zonzo, Victor soltou Donald que caiu no chão por conta da falta de ar. Samuel iria cair no chão pois não estava se aguentando em pé, Victor rapidamente correu e segurou o garoto evitando que ele caísse.

Donald e os outros dois saíram do banheiro deixando apenas os dois sozinhos.

- muquinha, tente não dormir, pode ser ruim para você

- Victor, não sei se posso estar morrendo, minha vista está ficando escura- falou o garoto tossindo algumas vezes -se estiver quero te deixar sabendo. Eu estava e acho que ainda estou apaixonado pelo Robert, mas o seu cuidado me chamou muita atenção, acho que estou me apaixonando por você - falou o garoto dando um meio sorriso

- ah muquinha, você se apaixona muito fácil - disse Victor dando algumas gargalhadas e acariciando os cabelos do garoto logo em seguida

O maior pega o garoto no colo em estilo noiva, e sai do banheiro. Quando iria sair do refeitório acaba sendo barrado por um policial.

- onde pensa que vai com tanta pressa Victor ?- perguntou o policial Marcelo se aproximando do maior

- ele precisa de cuidados - disse se referindo a Samuel que estava quase apagado em seus braços

- isso não é muito urgente - disse Marcelo encarando o Victor

Victor sabia que o e que estava prestes a fazer poderia custar a sua vida, mas ele apenas queria ver seu garoto saudável. Para a sorte dele, no mesmo momento havia começado uma briga no refeitório, o que acabou tirando a atenção de Marcelo. Victor passou pela porta do refeitório e começou a correr em direção a enfermagem, muitos policiais estava em seu encalço.

- pare aí mesmo - gritou Marcelo que já apontava a arma para as costas de Victor

Victor não deu ouvidos a Marcelo e continuou correndo, um tiro foi disparado, e mais uma vez para a sorte do maior acabou pegando em um ferro mais a frente. Victor acelerou na sua corrida, e logo entrou na enfermagem acompanhado dos policiais que lhe seguia.

- eu devia te colocar na solitária - falou Marcelo encarando Victor que estava colocando Samuel em uma maca

-porra Marcelo, não tem coração, o garoto estava quase morrendo - falou apontando para o garoto que já estava desmaiado

- dessa vez passa, mas não cometa o mesmo erro, ou eu te garanto que não erro o tiro - disse Marcelo fuzilando Victor com os olhos - podem cuidar do garoto - falou encarando um enfermeiro que assistia toda a discussão

Marcelo se retirou da sala e deixou dois policiais vigiando a porta.

- eu acho um absurdo tudo isso - falou o médico chamando a atenção de Victor - eles vêem tudo acontecendo, mas não relatam pro diretor e nem deixam nos médico fazermos o nosso trabalho

- também acho um absurdo, mas essa é a vida dos presidiários - disse Victor resumindo o óbvio

Os médicos cuidaram de todos os ferimentos de Samuel e colocaram um curativo no lugar.

- ele vai ficar com alguns roxos e também com algumas cicatrizes. Para a sorte dele, não foi nada muito grave - falou outro médico que era mais grosseiro que o outro

- muito obrigado doutor - disse Victor sorrindo amigávelmente

O médico se retirou deixando o homem sozinho com o garoto. Victor não sabia o que estava sentindo, ele sabia que poderia magoar os sentimentos de Samuel, e ele de nenhum modo queria ver o garoto chorando pelos cantos.

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