Narração em terceira pessoa
Os policiais colocaram Samuel na solitária e em seguida saíram deixando o garoto ali dentro daquela cela minúscula. Na sala de reuniões, todos os polícias estavam tomando seu cafezinho da tarde.
- vocês viram o que o novo detento fez ? - perguntou Marcelo chamando a atenção de todos
- o coitado mal chegou e já foi parar na solitária- disse o policial Santos dando gargalhadas
- boa noite caros companheiros - disse o diretor brotando do nada ali naquela sala - como está semana tivemos muitas rebeliões, eu vou precisar dividi-los em setores
- chefe, será que eu não posso ficar tomando conta da solitária, aquele lugar me dar paz por ser tão quietinho - falou Robert se oferecendo
- você é um policial bem competente Robert, não vejo o por que recusar a sua proposta- disse o moreno sorrindo
- quanto aos outros, vão se dividir entre bloco A, e B
- eu e o Santos, podemos ficar no bloco B - falou Marcelo encarando o policial Santos
- o Gonçalves vai junto - falou o diretor apontando para um policial que estava calado - o restante de vocês ficam no bloco A - disse o homem se retirando da sala
- por que será que você quer ficar lá na solitária Robert ?- perguntou Marcelo se referindo a Samuel
- para ficar longe de pessoas como você - falou saindo da sala
Robert seguiu pelo caminho e em seguida desceu as escadas que levava em direção a solitária.
- ih galera, hoje quem vai ficar com a gente é o policial Robert - gritou um dos detentos que fez todos gritarem em euforia
- não teste minha paciência, não vou ser tão bonzinho - disse o homem encarando o detento que o olhava pela fresta da porta - agora me falem onde colocaram o Samuel
- o novato ?, está na última cela - disse um outro detento apontando
O homem seguiu até a última cela, e assim que chegou, deu algumas batidinhas na porta.
- Samuel está aí ?- perguntou já sabendo o óbvio
- ainda continuo aqui - disse baixinho
O policial se sentou ali no chão mesmo, e se encostou na porta.
- me conta, o que aconteceu naquela cela ? - perguntou Robert olhando para o nada
Samuel se sentou no chão e assim como o policial ele se encostou na porta.
- não sei se deveria te contar algo
- me conte, vai fazer muito bem para você - falou o homem sorrindo
Samuel respirou por alguns segundos, e logo em seguida passou a língua sobre os lábios para umidecé-los.
- desde que eu cheguei aqui o Donald vem me tratando diferente, algo em mim chamou a atenção dele, ele fez de tudo para que eu fosse dele - disse a última frase fazendo aspas com os dedos
- eu sei que as coisas podem parecer difíceis, e vão ficar ainda mais difíceis, mas você tem que procurar se manter de cabeça erguida
- eu não sei o que acontece comigo, antes disso tudo, era a mesma coisa. Muitos garotos queriam ficar comigo a força - disse o garoto deixando algumas lágrimas caírem
- Samuel, eu quero que olhe nos meus olhos - falou o policial encarando agora as costas do menor
Assim como o policial pediu o menino fez. Aqueles olhos deixaram Robert presos, assim como Samuel que não conseguia desviar o olhar.
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Aprisionados pela paixão
RomansRobert, um policial que vive boa parte do seu dia dentro de uma penitenciaria de segurança máxima. Com a chegada de um novo detento, todos ficam eufóricos, mas para o policial aquele só era mais um dos fardos que ele iria ter que dar ordens. Um temp...