Capítulo Vinte e Dois

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Narração em terceira pessoa

Samuel ainda estava paralisado com tudo que havia acontecido. Logo Victor aparece todo suado e ofegante.

- onde você estava ?, te procurei por todo o pátio - disse Victor respirando profundamente logo em seguida

- Samuel estava correndo perigo, enquanto você estava fazendo hora no banheiro - disse Robert chamando a atenção de Victor

- não estava fazendo hora, fui apenas fazer as minhas necessidades - falou Victor confrontando o homem

- está me confrontando senhor Victor. Acho que já deve ter esquecido como é a solitária - disse Robert gargalhando perversamente

- será que as duas mocinhas poderiam parar de discutir ?- perguntou Samuel chamando a atenção dos dois

Robert e Victor encararam Samuel boquiaberto.

- pra que toda essa valentia Muquinha ?- perguntou Victor arqueando a sobrancelha esquerda

- vocês dois estão discutindo por um motivo banal, algo que já foi resolvido. Eu estou muito bem - disse Samuel encarando os dois homens a sua frente

Logo aparece Marcelo que estava com uma cara nada boa.

- Samuel, você tem visitas - disse o homem encarando Samuel que estava curioso

- quem é ?- perguntou Samuel tombando a sua cabeça para o lado esquerdo

- acho que é a sua irmã - respondeu o policial

- o que essa menina quer ?- perguntou o garoto passando a mão em seu rosto

- posso ir com você - disse Robert e Victor em uníssono

- tudo bem, os dois podem me acompanhar - disse Samuel gargalhada

Os três caminharam até a sala de visitas, e logo a frente estava a irmã do garoto, com um sorriso maléfico em seus lábios. Samuel se sentou na cadeira e logo pegou o telefone que ficava ao lado.

- como você está irmãozinho ?-disse a garota sorrindo maldosamente

- vamos parar com a falsidade e me diga por que veio aqui ?- perguntou o garoto encarando a menina

- ultimamente aconteceram algumas coisas em nossa casa, e eu fiz questão de vir lhe dar as notícias pessoalmente - falou a garota sorrindo

- o que aconteceu que é tão importante ?- perguntou Samuel revirando os olhos

- semana passada eu estava em uma casa noturna com algumas amigas, a mãe e o pai ficaram em casa sozinho, quando eu cheguei pela manhã a empregada estava desesperada e aos prantos

- não me diga....- disse Samuel já com lágrimas nos olhos

- Samuel, a mãe e o pai, estão mortos - disse a garota mais uma vez sorrindo maléficamente

- o que você fez com eles ?- perguntou Samuel deixando algumas lágrimas caírem

- eu não fiz nada, estava na balada, se é que você não ouviu direito

- eu não confio em você, eu vou até o fim para saber quem fez tal atrocidade, e se você estiver metida com isso, já pode se considerar uma pessoa morta - disse Samuel colocando o telefone no gancho e deixando as suas lágrimas caírem

- tenha uma boa vida - gritou a garota gargalhando perversamente

Samuel caminhou para um lugar mais afastado, onde não havia ninguém, apenas o policial que havia o acompanhado , o garoto se ajoelhou no chão, deixando tudo que estava preso naquele momento sair. Lágrimas sem cessar caiam dos olhos do garoto, enquanto do céu caiam algumas gotas de chuva.

Logo Victor aparece seguido de Robert, ao ver o garoto chorando ajoelhado, Robert encara o policial que ali estava.

- o que houve policial ?- perguntou Robert encarando o homem furiosamente

- me parece que os pais do garoto faleceram. A própria irmã veio dar a notícia - disse o homem encarando as costas do garoto

Robert se aproximou de Samuel, ajoelhou e abraçou o garoto. Victor fez a mesma coisa formando assim um abraço triplo.

- tudo vai ficar bem Muquinha, nós estamos aqui para te ajudar - disse Victor deixando algumas lágrimas caírem

- não chora meu pequeno, nós vamos lhe ajudar a passar pelo luto - disse Robert também deixando lágrimas rolarem de seus olhos

Os três ficaram ali em meio as lágrimas e a chuva. Enquanto isso na sala do diretor, o homem já havia recebido a notícia sobre o falecimento dos pais de Samuel. Ele sabia que presidiários podiam fazer seu luto onde quisessem, mas ele não sabia se seus superiores iriam aceitar tal pedido de uma hora para outra.

Após o policial se retirar da sala, o diretor pegou seu telefone e discou o número de um dos seus superiores, que logo confirmou a sua presença para uma reunião de emergência.

Enquanto o diretor fazia suas ligações, Samuel secava as últimas lágrimas que insistiam em cair. Os olhos do garoto estavam destacados por conta das lágrimas.

- nunca me abandonem - disse o garoto encarando os dois homens que apenas sorriram

- jamais - disse os dois em uníssono

- pessoal, eu sei das ocasiões, mas preciso que entrem, ainda temos que seguir os protocolos do presídio - disse o policial chamando a atenção dos três

Victor e Robert ajudou Samuel a se levantar, e logo caminharam com o garoto para dentro do presídio sendo acompanhados pelo policial. Samuel não sabia como seria a sua vida dali para a frente, agora ele apenas sabia que dependia de suas decisões para sobreviver.

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⏰ Última atualização: May 03, 2024 ⏰

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