Narração em terceira pessoa
Já havia anoitecido, e Robert ainda estava ali andando de um lado pro outro, até que Marcelo se aproxima do homem.
- Robert, parece que o diretor quer falar com o detento Samuel
- o que ele quer com o garoto ? - perguntou Robert curioso
- não sei, ele apenas disse para mim vir fazer a liberação do garoto - falou Marcelo encarando o homem a sua frente
Robert sem falar mais nenhuma palavra, abriu a cela. Samuel ainda estava acordado sentindo as batidas do coração do Victor.
- Samuel, o diretor quer conversar com você - falou Robert adentrando a cela ao lado de Marcelo
- o que ele quer ?- perguntou o garoto curioso
- não sei, vamos ter que ir lá ver - falou Marcelo encarando o garoto que estava confuso
O jeito confuso de Samuel, agradava tanto Victor quanto Robert. Ambos eram atraídos pelo jeito curioso e confuso do garoto. O menino sem dizer nada encarou Victor e em seguida se levantou da cama.
Marcelo acompanhou Samuel até sala do diretor e após alguns mínimos quilômetros chegaram em frente a sala do homem. Marcelo deu algumas batidinhas na porta e logo recebe a ordem para entrar.
- o senhor queria falar comigo ?- perguntou Samuel assim que entrou na sala
- sim, lhe chamei aqui para esclarecer algumas pendências- disse o diretor apontando para uma cadeira que havia em frente a sua mesa
O garoto caminhou até a cadeira e se sentou logo em seguida.
- você sabe que ainda é um réu primário, pois não tem nenhuma passagem pela polícia
- sim,sobre isso estou ciente, mas o que tem haver ?- perguntou Samuel curioso
- você veio para cá na esperança de ficar pelo menos três dias. Mas percebi que acabou se apaixonando aqui dentro, então pedi permissão para te deixar aqui por pelo menos uma semana, desse jeito você poderia se despedir de todos - explicou o diretor calmamente
Samuel estava de olhos arregalados, por tudo que ele já tinha passado, ele não estava nenhum pouquinho afim de deixar Victor dentro daquele lugar horroroso.
- mas é o Victor ?, ele também é réu primário ? - perguntou o garoto com medo da resposta
- eu não sei se ele te disse, mas quando pegamos ele com drogas na casa, descobrimos que ele já tinha passagem pela polícia, e por isso ele pegou vinte e sete anos de prisão - explicou o diretor deixando o garoto surpreso e confuso ao mesmo tempo
- de modo nenhum eu vou sair daqui, não vou deixar o Victor aqui sozinho - falou Samuel com relutância
- não temos escolha a não ser te liberar - falou o diretor encarando o menor - eu lamento muito rapazinho
- eu quero voltar para a minha cela - falou Samuel encarando Marcelo que estava atrás deles apenas ouvindo a conversa
- você será liberado na próxima quarta-feira- completou o diretor antes que o garoto saísse da sua sala
Samuel estava um pouco para baixo, ele não queria deixar Victor dentro daquele lugar, mas ao mesmo tempo ele estava querendo sair dali o mais rápido possível. Assim em pensamentos, o garoto chegou em frente a sua cela, entrou na mesma, e Victor estava ainda deitado.
O garoto abaixou ali no chão, e colocou a cabeça entre seu joelho, e ali deixou algumas lágrimas caírem. Victor que estava cochilando, acabou despertando, ao se virar viu que o garoto estava no agachado chão chorando.
- muquinha, o que acontece com você ?, por que está chorando ?, Marcelo te fez alguma coisa ?- perguntou preocupado
- por que não me disse que tinha pegado vinte e sete anos de cadeia ? - perguntou o garoto olhando para Victor que estava confuso
- Victor nunca disse isso para ninguém, por que achou que ele te contaria ?- perguntou Robert que ainda estava ali
- Robert, vai dar uma volta- disse Samuel rangendo os dentes
O policial saiu dali deixando os dois sozinhos.
- não te contei por que achei que tinha a necessidade. Mas sim, eu peguei vinte e sete anos de cadeia, não quero que pense mal de mim, essas passagens pela polícia, foi tudo por desacato a autoridade
- você podia ter me contado - disse Samuel abraçando o homem
- eu sei. Agora me diga, o que o diretor queria com você ?- perguntou curioso
- ele apenas me chamou para avisar que eu vou sair daqui na quarta-feira, por que ainda sou réu primário - disse o garoto limpando as lágrimas
- que maravilha, deveria estar feliz - falou Victor tentando animar o garoto
- devia, mas não quero sair daqui. Por tudo que eu já passei aqui dentro, não quero sair e te deixar aqui sozinho
- muquinha, eu escolhi isso para a minha vida, e agora vou ter que pagar por tudo que eu fiz. Tudo na vida tem consequências- falou Victor abaixando a cabeça
- acho que se eu saísse daqui, eu faria de tudo para voltar
- não faça isso, me prometa que quando sair daqui, você vai tocar a sua vida, isso aqui não é lugar para uma pessoa tão maravilhosa igual a você- falou Victor levantando levemente o queixo do menor
- não sei, não posso te prometer nada
- muquinha, não estrague a sua vida exatamente igual eu fiz - pediu Victor encarando o menor
- não estou pensando em estragar a minha vida, e sim melhorar ela - disse Samuel aproximando seu rosto do maior
Victor aproximou seus lábios, e logo os dois se beijaram, o maior segurou na cintura do menor, e ali deu uma leve apertada. Victor se levantou do chão, e logo estendeu a mão para Samuel se levantar também.
O garoto se levantou do chão, e logo se deitou por cima de Victor, o menor mais uma vez iniciou um beijo, mas dessa vez com direito a língua. Victor correu sua mão da cintura do garoto para a sua nuca, ali ele conseguiu aprofundar aquele beijo.
Samuel desceu sua mão, e adentrou na calça de Victor sentindo o membro do homem que pulsava.
- eu disse que vocês dois não iriam transar - falou Robert aparecendo novamente ali
- só observa - disse Samuel provocativo
Aquela cena estava dando ainda mais tesão em Victor, o homem gostava de fazer relação em locais públicos, e também aos olhos de outras pessoas.
- você não vai fazer.... - Robert parou de falar assim que percebeu que Samuel estava já com o membro de Victor em sua boca
Victor estava num misto de prazer e paixão, ele nunca havia experimentado tal coisa. O homem sabia que teria que se despedir de Samuel, e ele também sabia que isso seria dolorido para os dois. Mas para ele estava tudo bem, o que ele tinha feito com sua vida não tinha mais volta, ele tinha que pagar as consequências de seus atos.
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Aprisionados pela paixão
RomansaRobert, um policial que vive boa parte do seu dia dentro de uma penitenciaria de segurança máxima. Com a chegada de um novo detento, todos ficam eufóricos, mas para o policial aquele só era mais um dos fardos que ele iria ter que dar ordens. Um temp...