Capítulo Cinco

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Narração em terceira pessoa

Robert havia deixado na cela e logo em seguida ele desceu para a solitária, se encaminhou até a cela em que Samuel estava, ali ele deu algumas batidas na porta e se sentou ali no chão do mesmo jeito que estava noite passada.

- por que está triste ?- perguntou Samuel percebendo a tristeza aparente do policial

- estava com o Victor na sala do diretor

- ah que legal, mas o que aconteceu lá que te deixou desse jeito ?- perguntou o garoto com mais curiosidade ainda

- o Victor foi pedir para o diretor te transferir para a cela dele, o diretor recusou é claro. Mas ele implorou disse até que limparia os banheiros que são um nojo - explicou calmamente

- ainda não explica o por que de estar assim - disse Samuel encarando o lado do rosto do homem

- o que você tem com o Victor ?, de onde conhece ele ?- perguntou finalmente olhando nos olhos do menor

- calma com as perguntas, vou responder todas. Bom, o Victor e eu somos amigos de infância, não imaginaria que ele estivesse aqui - mentiu o garoto

- mas já tiveram algum caso ?- perguntou o policial sem se dar conta do que havia perguntado

- por que minha vida amorosa te preocupa ?- retribuiu o garoto com outra pergunta

- me desculpe a indelicadeza, mas queria apenas saber se já tiveram algum lance amoroso - perguntou dando uma leve disfarçada

- não, nós nunca tivemos nenhum envolvimento amoroso

Robert acabou respirando mais aliviado, ele não sabia por que estava aliviado, mas aquela sensação era única naquele momento.

- bom, mudando o assunto, quando que eu vou sair daqui ?- perguntou o garoto curioso

- o diretor me pediu para fazer a sua liberação após o almoço, que é daqui a alguns minutos- falou Robert olhando em seu relógio de pulso

- estou ansioso - disse o garoto animado

- para que ?- perguntou o policial

- nada, algumas coisas que estava planejando relembrar com Victor - mentiu mais uma vez

Robert não estava gostando nada dessa aproximação repentina de Victor e Samuel, ele sabia que estava sentindo alguma coisa. Apenas não sabia dizer se era raiva ou ciúmes.

Os dois ficaram conversando, e logo já estava na hora de Robert buscar a refeição do pessoal da solitária. O homem se despede de Samuel, e segue em direção as escadas, após alguns minutos ele já estava no refeitório, ele entra na cozinha para falar com a cozinheira.

- o almoço do pessoal da solitária já está pronto ?- perguntou chamando a atenção da mulher

- já está sim, aquele senhor vai ajudá-lo a carregar todas as bandejas - falou ela apontando para um homem que estava ao lado de várias bandejas

- muito obrigado

Robert se aproximou do homem, e logo os dois foram para o elevador, as portas se abriram revelando a calma da solitária. O homem empurrava o carrinho, enquanto Robert entregava uma bandeja em cada cela. Após entregar a de Samuel, ele pede que o homem retorne a cozinha.

- bom apetite, se precisar só chamar, estarei sentado em minha cadeira - falou Robert encarando Samuel pela fresta da porta

O homem se encaminhou até a sua cadeira e ali ele ficou até que Samuel terminasse a sua refeição, o que não demorou muito a acontecer. O policial pegou a sua algema e colocou em Samuel.

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