Narração em terceira pessoa
Tudo estava indo completamente bem e normal para o policial Robert, mas na cela o garoto Samuel já havia começado a sofrer as consequências de seus atos.
O menino estava tirando uma deliciosa soneca enquanto seu parceiro passeava as mãos pela sua perna direita.
- o que está fazendo ? - perguntou o garoto acordando de sua soneca
- nada boneca, pode voltar a tirar o seu belo sono, prometo que vou ser bem calminho - disse Donald com uma voz doce, a qual ele nunca tinha usado com nenhum detento
- sai, não quero - disse o garoto empurrando a mão do homem
Donald no mesmo momento se enfureceu, ele não permitia que nenhum detento falasse desse modo com ele, ainda mais um que tinha lhe chamado tanta a atenção.
- escuta aqui princesa- disse o maior segurando o braço do garoto com força - você não está em um hotel cinco estrelas, aqui dentro você tem que fazer tudo o que eu quiser - falou possesivamente
- eu não sou seu brinquedinho - falou o garoto puxando seu braço fortemente
- com tudo que vai passar aqui. Você vai querer com toda certeza ser meu brinquedo - disse o homem mordendo o lábio inferior
- está na hora do almoço- falou um policial batendo o seu cassetete no ferro
Donald deu um olhada feroz para seu companheiro, e em seguida saiu da cela.
- ande garoto, não tenho o dia todo - falou o policial impaciente
Samuel saiu da cela, e lá fora vários homens seguiu em direção ao lugar que parecia ser o refeitório. O garoto seguiu os outros, e logo pegou sua refeição, e se sentou em uma mesa que estava vazia.
Três homens se aproximaram de onde Samuel estava sentado devorando sua bandeja de purê de batatas com carne moída.
- o bonequinha de porcelana, você está sentado no meu lugar - disse um dos homens jogando a bandeja sobre a mesa
- podem se sentar aí, tem espaço para todos - disse o garoto se concentrando na comida que estava em sua frente
Na porta do refeitório estava o policial Robert, ele estava na companhia do policial Marcelo. O homem levou seus olhos até Samuel que estava sendo intimidado por aqueles homens maiores que ele.
Robert vendo aquilo sentiu vontade de intervir, algo naquele garoto tinha chamando a sua atenção, ele apenas não sabia o que era.
- Robert, eu sei o que está pensando em fazer. Mas não acha que o garoto deve aprender a se virar sozinho ?- perguntou Marcelo encarando o parceiro
- não sei Marcelo, ele parece ser muito fraquinho para estar em um lugar como este - falou o homem encarando o parceiro
- fraquinho ou não, ele vai ter que se acostumar, afinal ele tem que sofrer as consequências de seus atos
Robert nada mais falou apenas ficou ali olhando tudo que os homens fazia com aquele rapazinho franzino. Depois de tudo que aconteceu, Sam retorna para a sua cela, lá dentro já estava Donald, o homem estava com um sorriso vitorioso em seu rosto.
- por que está sorrindo ?- perguntou o garoto encarando o maior
- eu sei o que aconteceu no refeitório, até poderia ter me metido no meio, mas lembrei que você me disse que não queria ser meu brinquedo
- e ainda não quero - disse o garoto subindo para a beliche de cima
O garoto passou o restante do dia cochilando, vez ou outra Donald tentava passar a mão em suas coxas, mas sem sucesso.
- esta tudo bem por aqui ?- perguntou Robert brotando na cela
- tudo em ordem chefia - disse Donald encarando o homem
Robert deu uma longa olhada para a beliche superior, e notou que o garoto estava dormindo, e assim ele saiu dali.
- parece que o Robert está afim de você - falou Donald incrédulo
- não sei do que está falando - disse o garoto se remexendo na cama
- claro que sabe, acha que eu não notei os olhares dele para você
- Donald, eu nem conheço esse policial, e mesmo se tivéssemos alguma coisa, eu não teria que te dar satisfação de nada - falou o garoto quase estressado
- com seu jeitinho de prostituta, quem não quer ?- falou o maior mordendo o lábio inferior
Samuel se levantou de sua cama, e com toda a sua raiva deferiu um soco no rosto de Donald, o que fez o homem cair sentado no chão.
- nunca mais me chama de prostituta- falou Samuel cuspindo as palavras
- como se atreve a me bater - disse Donald se levantando e avançando em cima de Samuel
Os dois homens começaram a rolar pelo chão, o que acabou chamando a atenção dos guardas, que logo separou a briga entre os dois.
- pode me dizer o que acontece por aqui senhores ?- perguntou o policial Marcelo
- ele me bateu, eu estava dormindo quietinho - falou Donald se fingindo de vítima
- todo mundo aqui sabe que você não é nenhum santinho Donald- falou Marcelo encarando o homem - levem o valentão aí para a solitária- disse o homem se referindo a Samuel que estava espumando de raiva
Robert viu os polícias carregando Samuel em direção às solitárias, ele sabia que essa era a hora de conhecer mais profundamente o pequeno garotinho.
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Aprisionados pela paixão
RomansaRobert, um policial que vive boa parte do seu dia dentro de uma penitenciaria de segurança máxima. Com a chegada de um novo detento, todos ficam eufóricos, mas para o policial aquele só era mais um dos fardos que ele iria ter que dar ordens. Um temp...