Capítulo 11

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Assim que chegamos no hotel Halley disparou a falar o quanto lhe agradou conhecer Alyssa e quão carismática era. E eu como sempre só escutei o que falava e falava o resto do dia foi agitado pois passamos o resto dia ajeitando as coisas para a mudança do dia seguinte.
Tentei focar meus pensamentos nas coisas nas quais estava arrumando mas não conseguia tirar de minha cabeça as palavras que a Alyssa disse "nasci condenada a morte em vida" essas palavras ficaram martelando na minha cabeça e a cada vez me doía mais e mais. Comentei com a Halley sobre minhas duvidas e preocupações e ela me mostrou estar tão ou mais intrigada que eu.
No dia seguinte Halley me fez levantar da cama às 7AM.
_ Vamos dorminhoca levantes-se!
_ Ainda é muito cedo para continuar mudança Halley.
_ E quem disse que estou te chamando por causa disso?
_ Não?
_ Não, estou te chamando por que você vai visitar a Alyssa hoje.
_ Vou?
_ Claro que vai e sua filha tem que ir vê- la todos os dias.
_ Mas ainda não se sabe se é a minha filha.
_ Logico que é Helena ela se parece muito com você, e quer saber mesmo que não fosse eu iria sabe por quê? Porque ela precisa de alguém ao lado dela mesmo que esse alguem seja você.
_ Como assim "mesmo que esse alguem seja você"??
_ Levanta rápido Helena e lembre se quando estiver voltando do hospital você vai pra casa não pro hotel.
Tive que ceder até por que dessa vez não era um capricho de sua parte suas intenções são boas.

...

Assim que cheguei ao hospital fui barrada pela mesma senhora que recepcionou eu e Halley no dia anterior, ela pediu para que eu fosse com ela até o refeitório do hospital para que pudéssemos conversar. Não a entendi no começo mas cedi devido sua insistência.

_ Olha sei que não tenho direito nenhum de ter uma conversa dessas com a senhorita pois se trata da sua vida, mas é que se trata da minha Alyssa e tudo que a envolve é de meu interesse por que eu amo muito ela, eu a vi crescer e estive ao seu lado a cada lágrima a cada dor e eu quero que seja sincera comigo realmente é a mãe dela?

_ Como sabe disso?

_ Isso não vem ao caso, por favor me responda. Suplicou a mulher.

_ Bom senhora, existe sim a possibilidade da Alyssa ser a filha na qual eu procuro mas isso não é completamente certo pois ainda precisamos dos resultados do exame de DNA para assim poder lhe afirmas com toda a certeza se ela é ou não minha filha!

_ Então a Alyssa pode ser sua filha?

_ Sim existe essa possibilidade.

_ E se não for?

_ Como assim?

_ Se não for sua filha o que vai fazer? Vai continuar vindo vê-la?

_ Não sei, eu...

_ Olha senhorita a Alyssa já sabe quem provavelmente possa ser, sei que não tenho nenhum direito de dizer isso, mas por favou eu te suplico não a abandone mesmo que no fim descubra que ela não é sua filha ela precisa de todo o amor do mundo agora que...

_ Agora que?

_ Agora que a cada dia está mais fraquinha, não sabemos por quanto tempo estará entre nós e creio que para minha pequena Alyssa será a realização de um sonho poder viver o restinho da vida dela perto de alguém que a ame, ou pelo o menos alguém que a traga o devido conforto que sempre lhe faltou o conforto de um abraço de sua mãe.

Disse ela com lágrimas nos olhos fiquei pensando no que havia me dito durante todo o trajeto até o quarto da Alyssa, fiquei um pouco apreensiva ao chegar na porta de seu quarto não sabia o que podia encontrar ali, uma garota revoltada por ter sido abandonada ou uma garota que anseia por uma mãe e que se sente feliz por ter a encontrado, quando entrei no quarto e olhei para ela vi em seus olhos uma expressão diferente da que havia visto ontem.

Laços de amor e odioOnde histórias criam vida. Descubra agora