Capítulo 4

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_ Pra que horas esta marcado o vôo?

_ Hmm...deixe me ver...as 12hr30.

_Bom, agora e 12hr10, chegamos cedo.

_ Chegamos na hora certa Halley.

Então reparei que havia um rapaz que olhava para Halley.

_ Halley, aquele rapaz está te olhando.

_ Ah.

Disse ela desinteressada.Halley tinha um pouco de medo de se relacionar após seu casamento com Oliver,achava que todos os homens são iguais.

_ Deve ser pra você Helena, por quê séria pra mim?

Aquilo me fez rir muito,"por quê séria pra mim? " acho que por quê ela era uma mulher loira dos olhos verdes com um corpo de modelo, usando um vestido vermelho lindo que ia até o seu joelho, saltos da mesma cor estava linda comparada a mim, que estou com o cabelo solto usando um daqueles meus típicos terninhos cinzas com uma saia que ia até o joelho usando saltinho do tamanho médio, aem falar que nem toda maquiagem do mundo disfarça minha cara de doente.Se eu não a conhecesse diria que ela esta querendo elogios.

_ Por quê esta rindo?

Disse irritada.

_ Por nada, por nada...

_ Como está se sentindo?

_ Bem...um pouco fraca mas bem.

_ Não, me refiro ao fato de depois de tantos anos voltar a Cambridge?

_Ah, com medo...

_ De quê?

_ Do quê vou encontrar lá...

Senhores passageiros do vôo 145- destino Cambridge, por favor dirijam-se a área de embarque.

_ Vamos lá?

Disse Halley empolgada.

_ Vamos.

...

_ Nossa e tão facinante!

Disse Halley olhando pela janela do avião muito empolgada.

_ Nunca viajou em um avião?

_ Já sim, muitas vezes!

_Então por quê tamanha empolgação? Parece uma criança.

Ela riu.

_ A sensação de estar saindo do chão e voando e muito extraordinária.

_ E oficial estou viajando com uma criança.

Nós rimos.

Enquanto Halley se deliciava com sua visão das nuvens como uma criança no carrinho de algodão doce eu me perdi em minhas recordações...

Lembro me como se fosse ontem de mamãe me puxando pela mão e fazendo de tudo pra que papai não percebesse minhas lagrimas por causa do carrinho de algodão, nunca consegui esquecer seu desespero com minha pirraça no MercadoLivre o pânico com que olhava na direção da barraca de bebidas onde papai estava desde de que chegamos ao mercado, na minha ignorância e no capricho de criança não entendia porque não podia ganhar meus doces e balas como acontecia com as outras crianças. ..pobre mamãe mal sabia ela que seus esforços para esconder minhas lagrimas de papai foram em vão e naquele dia eu compreendi o que sofre uma mãe para proteger um filho...a cada som dos tapas de papai na carne de mamãe, a cada lamento de seus gemidos abafados , eu jurava que jamais permitiria que um filho me fizesse passar por isso, naquele dia eu jurei que jamais seria mãe e teria sido asssim se não fosse ...

Laços de amor e odioOnde histórias criam vida. Descubra agora