10 | o encontro

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ELES DIZEM QUE você consegue diferenciar todos os tipos de sentimentos que acertam seu corpo

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ELES DIZEM QUE você consegue diferenciar todos os tipos de sentimentos que acertam seu corpo. Seja ele, tristeza, felicidade, alegria e ódio. Porém, ao ouvir aquelas devidas palavras de seu Capitão —, o espadachim não conseguia definir o que era aquilo que estava lhe sufocando. Era como ter o ar sendo puxado de seus pulmões, lhe impossibilitando de fazer qualquer coisa a não ser tentar respirar
Zoro nunca esteve apaixonado em toda sua vida, se perguntassem para ele, jamais conseguiria demonstrar o que era de fato gostar tanto assim de alguém ao ponto de isso doer fisicamente em si. Bom, agora ele sabia. Quando Nami perguntou se ele a amava, bom... o esverdeado não conseguiu encontrar nenhuma outra palavra que conseguisse explicar o que era aquilo que estava sentido. Se amar alguém era ficar apreensivo para ter os olhos dela sobre si, ansiar pelo toque, observar a todo tempo a maneira que ela revira os olhos ao ouvir algo bem estúpido, ou quando ela se irrita facilmente com qualquer outra coisa. Há sempre um vinco que se forma no meio de suas sobrancelhas quando ela está brava, sem contar que ela sempre amarra o cabelo quando está prestes a explodir. Se saber de todos esses detalhes e ficar repassando todos os momentos que já tiveram juntos em sua própria cabeça, significava amar, então sim, Zoro amava Akira. Mas, ele jamais, admitiria aquilo para ela.

Era o tipo de coisa que se acontece apenas uma vez em toda a vida. E apesar de que aquela cigana disse que ele iria se apaixonar por uma princesa, Zoro não colocava fé que aquilo de fato ocorreria. Porém, desde então, querendo ou não, uma pequena parte dele ansiava para saber se a cigana era charlatã ou não. E agora, posto a enfrentar a si próprio, soube que aquela velha não era uma mentira.

Todos os acontecimentos ao longo de sua vida lhe levaram até aquele exato momento. O auto conhecimento sobre suas próprias emoções, a primeira e única coisa que ele gostaria de fazer é: fugir.

É um pensamento covarde que se sobressaí sobre o da perda.

Zoro escolheria sem pensar fugir, invés de tentar e perder. Não. Sobre aquilo ele não aceitaria perder, nunca. Então, sua melhor alternativa era escapar daquela situação. Mas, pelo visto, um sentimento novo a qual nunca havia presenciado antes começou a aflingir seu peito. Pessoas normais chamariam de insegurança.

— O que você quis dizer com, noivo?

Nem percebeu a maneira que sua voz soou, apenas observou os movimentos de Luffy completamente eufôrico.

— Noivo, Zoro. Aquela coisa que é antes de se casar. — balbuciou o moreno — Bora lá ver.

O espadachim faria de tudo para fugir daquela situação naquele exato momento. Era a brecha perfeita. Porém, a curiosidade falava mais alto. Ele precisava ir, precisava ver. Já não bastava todos os cenários imaginários que estava criando em sua cabeça. Aceitou ser levado por Luffy, porém no exato instante em que os viu se arrependeu imensamente.

O cara estava parado ao lado dela, ambos conversando. Da posição onde estava Zoro não conseguia ver com precisão sua cara, mesmo assim, algo queimava dentro de si. Akira não parecia totalmente confortável com aquela situação, vez ou outra suspirava, cruzava os braços frente ao peito e desviava o olhar. Mas, sempre acabava voltando os olhos para o noivo.

MEMENTO MORI, roronoa zoro.Onde histórias criam vida. Descubra agora