Entre birras e invasões;
Jimin tentava desgrudar um carrapato de seu moletom.
Não era um dia propício para ficar "de boa", muito pelo contrário, seu celular estava cheio de mensagens não visualizadas e ligações perdidas de seu secretário, que provavelmente estava ficando louco tentando resolver as coisas sozinho na empresa. Mas estava mesmo muito ocupado e completamente impossibilitando de atender o celular que tocava pela vigésima vez, porque Taehyung não queria, de jeito nenhum, ser levado pelas titias da escolinha.
O ômega não era louco de carregar o filhote por aí, ainda mais sem a autorização de Jungkook, deus o livre de ser considerado um sequestrador de criancinhas. Mas quando o alfinha percebeu estar caindo na armadilha, Jimin considerou realmente a possibilidade de se tornar um bom sequestradorzinho em busca da paz mundial.
— NÃAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAO. — foi um grito muito alto, muito agudo, misturado com muito choro e birra, o que chegou a machucar um pouco quem tentava o segurar.
O ruivo não sabia o que fazer. E quando as professoras desistiram de puxar o alfinha, Jimin voltou a embalá-lo nos braços, tentando acalmar os bracinhos agitado que se chocavam dolorosamente contra seu peito, sentindo uma puta culpa afundar seu coração — um verdadeiro molenga.
Enquanto balançava Taehyung pra lá e pra cá, pedindo desculpas e fazendo um carinho reconfortante nos fios lisinhos, era assistido, com muita curiosidade, por aquelas que nunca haviam visto um ômega junto do bebezinho.
Taehyung era criado pelo pai alfa (muito gostoso por sinal); sem mais informações. Os únicos autorizados para buscar o alfinha era um cara suspeito de sandália nojenta e o próprio pai. E, para não dizer que estavam tão por fora assim da vida do aluninho, Taehyung já havia comentado brevemente sobre a "mamãe" em uma aulinha, onde a pobre da estagiária, desavisada, havia feito um questionamento infortúnio, numa aula onde precisavam fazer um desenho para o dia das mães.
"— Que linda sua mamãe, Tae-ssi. — era a porra de um rabisco verde, mas criança né, a coitada da estudante só tava se deixando levar.
— A mamãe ta moita. — foi um choque, a criança falando como se não fosse uma grande coisa, continuando a rabiscar a folha do caderninho. — Isso é o chutos do titio Namju."
Depois disso passaram a andar sobre ovos com o alfinha, sempre evitando comentar muito sobre o assunto. Então a presença de Jimin ali, era uma GRANDE ENORME COLOSSAL EXTENSA interrogação. As coitadas haviam até esquecido que Taehyung a pouco havia sido levado pelo carequinha tatuado, e que, portanto, deveria estar com ele, não de volta a escolinha com um ômega desconhecido.
Quando Taehyung se acalmou, Jimin se sentou no banco colorido da diretoria, segurando as próprias lágrimas, sem deixar de apertar o pequenininho nos braços. Foi uma cena silenciosa, ninguém ousava falar nada e o ômega muito menos, estava esgotado, Taehyung era um bom guerreiro e havia o derrotado com um chorinho sentido.
Foi dez longos minutos naquela situação.
— Não vo deixá. — ele falou, rouquinho e sonolento de tanto chorar. O coração de Jimin doeu, porque aquele cheirinho docinho que saía do pescoço do filhote parecia estar mais denso; Taehyung estava com medo.
🐸
Jungkook estava, inicialmente, tranquilo, havia acabado de acertar o pagamento com um cliente quando Yoongi chegou.
Chegou sozinho, sem nenhum rastro de Taehyung — fora a mochila de sapinhos em suas costas.
Porra, ficou irado, quase o matou.
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Conte até 10
FanfictionJungkook era um daqueles alfas assustadores, dotado de muita altura e músculos estufados, além de inúmeras tatuagens que lhe riscavam a pele. Apesar dos pesares, morava em um condomínio familiar, numa localização privilegiada da cidade e praticament...