CAPÍTULO 1- JÉSSICA

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CAPÍTULO 1

JESSICA

- FBI ABRA A PORTA! - eu bati - ABRA A PORTA! - gritei de novo.

-Adoro quando eles dificultam! - Noah falou, então ele tomou espaço e chutou a porta tão forte, que ela saiu do lugar e caiu fazendo um estrondo.

- Exibido! - eu falei antes de entrarmos.

Entramos na casa velha e que cheirava a podre, lanterna e arma em mãos. Eu primeiro, depois Noah, então os outros cinco agentes que nos acompanhavam. Meu papel era verificar se havia perigo iminente, Noah deveria me cobrir. Sempre fazíamos isso, eu sempre confiei minha vida a ele e ele confiava a dele em mim. Eu o considero um dos meus irmãos mais velhos.

- Limpo- eu falo.

Estamos vasculhando a casa, precisamos encontrar os dois porcos imundos que se acham homens, mas raptam garotas inocentes para estupra-las e mata-las friamente.

- Limpo- o agente que verifica a cozinha grita.

-Limpo - mais um fala.

-Limpo - outro.

-Não pode estar tudo limpo - Noah me fala.

-Deve ter algo por aqui - eu respondo.

- Alguma coisa? - a voz de Blake soa no meu ouvido, vindo do pequeno aparelho que todos nós usamos.

-Nada - Noah responde.

- Cooper? -Blake me chama.

- Eles têm que estar aqui, mas ainda não achamos - respondo.

- Me aguardem, estou chegando - então ele desliga.

- Educado como sempre- Noah fala e eu seguro a risada, Blake é sempre assim.

Continuamos andando pela casa, meus instintos dizem que eles estão aqui e que sua última vítima, Susan Brass, também está.

- Verificamos tudo, nem sinal deles - Noah me fala frustrado - Não consigo entender onde erramos!

- Não erramos, eles estão aqui! O perfil diz que eles morariam no mesmo lugar onde as torturam. Aqui é perfeito e isolado- eu digo, então percebo uma ligeira corrente de ar na minha mão.

Era tão suave, que eu quase não senti, mas ela estava ali. O que era impossível, porque eu estava num corredor, onde a única janela estava trancada e com tabuas a bloqueando.

- Noah - eu o chamo, quase num sussurro. Eu guardei minha arma no coldre e comecei a tatear a parede a minha frente, tinha algo errado com ela.

Então encontrei uma abertura muito pequena, aquilo era uma parede falsa!

Noah me ajudou e com sua força (que não era pouca) conseguimos abrir uma fresta, o suficiente para eu passar.

- Chame os outros agentes e abra isso - eu disse em voz baixa.

- Você vai se arriscar indo lá sozinha? - ele me perguntou.

- Melhor me arriscar, do que arriscar a vida de uma garota de dezessete anos! E nem vem, que você faria o mesmo! - eu disse.

Entrei pelo o que parecia ser um buraco, fedia muito mais que a própria casa. Estava escuro, apenas a luz, que entrava pelo pequeno espaço pelo qual eu passei, iluminava um pouco o meu caminho. Segui por alguns passos, então encontrei uma escada. O lugar estava escuro, tive que ligar minha lanterna. Assim que desci as escadas, cheguei numa espécie de porão. No fundo dele, tinha uma gaiola gigante, onde uma adolescente me olhava com medo. Ela estava suja, vestia uma camisola rasgada e estava acorrentada pelos pés a uma cama de ferro.

Não é Real (Degustação)Onde histórias criam vida. Descubra agora