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Luna

Após bater a porta na cara de Clarke a tranquei e voltei para minha mulher.

—Agora não seremos interrompidas, minha deusa — Falei agarrando Raven de novo e a beijando. 

Raven retribuiu o beijo já puxando minha blusa pela cabeça. Sua mão foi até meu sutiã e o abriu, tocando meus seios logo em seguida. Arfei e foi minha vez de tirar suas roupas. Na maior pressa para tê-la me livrei de todas as peças, minhas e suas, voltando a beijá-la. Raven enlaçou suas pernas em minha cintura e nos aproximou mais, segurei sua bunda e a levei até a cama, jogando-a nela não muito agressivamente. Voltei a beijá-la explorando cada parte do seu corpo, ela era linda demais.

Raven mordeu meu lábio me provocando, o que só aumentou meu desejo em tê-la. Ela soltou seu cabelo do rabo de cavalo e segurou meu rosto firme me encarando com os olhos de pura luxúria.

—Hora de pagar todas as promessas que fez — Disse baixinho beijando o canto da minha boca. 

Sorri para sua ousadia e num movimento rápido virei-a de bruços e a posicionei de quatro, olhei a paisagem e salivei. Passei os dedos em seu sexo e vi que estava totalmente molhada. Ela suspirava fundo enquanto eu passava os dedos para lubrificá-la mais ainda, em seguida enfiei dois dedos e ela gemeu. Comecei a meter sem dó e sem piedade, fazendo a mesma gemer alto. Agarrei seu cabelo e puxei com força tornando-a minha, ela parecia adorar a submissão. Continuei com as investidas sem parar até ela se aproximar do orgasmo, soltei seu cabelo e dei um tapa forte em sua bunda, ela gritou e logo em seguida gozou. 

Mas não parei por aí; deitei na cama a trazendo junto comigo e a posicionei em meu colo, fazendo nossos sexos ficarem unidos. Ela estava quente, o que me deixou maluca.

—Eu disse que você sentaria em mim — Falei agarrando os dois lados da sua bunda e a incentivei a movimentar. 

Raven começou a rebolar em meu colo me dando todo o prazer do mundo, eu gemia a cada imprensada dela perdendo a postura totalmente. Depois de alguns minutos e quando eu estava perto do clímax, Raven saiu de cima de mim e protestei.

—Shiu... — Ela pôs os dedos nos meus lábios — Duvidei de você, agora irei pagar com a língua por conta das minhas dúvidas.

Ela então deslizou até chegar abaixo do meu umbigo, lá começou a depositar beijos em minhas coxas e leves mordidas, agarrei os lençóis e mordi o lábio tentando me controlar diante da sua provocação. Logo sua boca estava em meu sexo e sua língua me instigava. Com certeza meus gemidos eram bastante audíveis, eu estava fora de controle. Não demorou muito até que eu gozasse. Raven subiu novamente em mim e beijou minha boca me fazendo provar de mim.

—Acha que acabou? — Perguntei sentando com ela em meu colo.

A Lexa ia me matar por não liberar Raven. Mas foda-se ela, eu não queria parar aquilo nunca mais.

Clarke

O grande salão na porta do castelo já acomodava uma multidão de pessoas, todos a espera da nomeação que iniciaria em alguns minutos. Eu estava sentada em minha cama me roendo de ansiedade, era chegada a hora, a hora em que eu teria um cargo que não estava nada contente em receber, por medo de falhar enquanto rainha do meu povo. 

Todos os líderes dos 12 clãs lá estavam para me verem ajoelhar-me diante da Heda e ser titulada. Para eles era apenas mais um evento, para Lexa era algo extremamente importante para seu comando e para mim, uma possível destruição e meu maior arrependimento, só estava fazendo isso por Lexa e pelo quanto era importante para ela. Uma batida em minha porta me fez acordar do meu transe, confirmei a entrada e logo Niylah entrou.

—Vim ver se estava pronta, já vamos começar. — Ela caminhou até mim.

—Sim, — levantei — estou pronta.

—Não tá não — ela afirmou pegando minhas mãos e mostrando como eu estava tremendo — Precisa relaxar, Rainha dos Skaikru, não precisa ficar nervosa.

—Impossível relaxar diante de um evento onde nem todos os clãs aprovam, Niylah. — Falei andando pelo quarto.

—Está falando dos Azgeda?

—Sim.

—Eles não tem autoridade acima de Lexa, não têm o poder de reverter as decisões dela. Se ela a aceitou na coalizão e irá nomeá-la como rainha do seu povo, única coisa que resta a eles é aceitar. 

—É diferente, Niylah...

—Lexa já fez coisas piores e a sua nomeação não é nem de longe uma coisa ruim, ela está apenas tendo a coragem que nenhum dos outros comandantes teve. As 12 colônias viviam em guerra e não cumpriam o acordo da coalizão, depois que Lexa ganhou o conclave e mostrou que era sim possível todos se respeitarem e que atacar qualquer um era atacar a ela mesma, as coisas mudaram. A Nação do Gelo se revoltou com isso, mas sabia que iniciar uma guerra era pedir pra ter a cabeça cortada. O que a Lexa tem de doçura e compaixão, ela tem de coração duro e impiedoso. Sangue será cobrado com sangue.

Suspirei fundo e fechei os olhos tentando acalmar.

—Vocês está segura, Clarke — Niylah ficou em minha frente — Lexa a ama e faria qualquer coisa para manter você e seu povo á salvo. Ela cometeu erros, mas se arrepende amargamente disso.

Niylah sorriu e me puxou para um abraço, retribuí o mesmo já me sentindo um pouco mais confiante depois de suas palavras. É, não iria me fazer de fraca e medrosa, precisava honrar meu povo e representar bem o meu papel daqui em diante. 

—Quer ajuda com o cabelo? — ela perguntou assim que se desvencilhou de mim.

—Ficaria grata.

Lexa

Todos já esperavam no grande salão, mas a nomeação aconteceria dentro do castelo em minha sala de reuniões com os embaixadores dos 12 clãs, depois iríamos comemorar com todos os outros. As portas foram abertas e eu entrei, sendo recebida com saudações com meu nome de comandante e todos se ajoelhando. Fui até meu trono e fiquei de pé a espera de Clarke. Por mais nervosa que eu estivesse, tentei esconder o máximo minha ansiedade, eu não via Clarke desde a hora que me disse sobre o ocorrido com Luna e Raven, irei zoar da cara dela a vida inteira por isso. Assim que olhei para Luna do meu lado esquerdo não aguentei e sorri, mas logo me recompus. 

Uma música começou a tocar e Agne começou a cantar, logo as portas foram abertas e Clarke entrou de cabeça erguida pelo tapete em minha direção. Todo meu corpo ficou rígido e eu só sentia meu coração bater acelerado no peito. Ela estava linda... O vestido caiu mais que bem destacando seu corpo, seu cabelo estava solto mas com tranças caindo na frente, tinha mechas rosas e alguns adereços. Sua maquiagem em torno dos olhos representava asas, destacando aquele mar de um azul profundo. 

Ela parou em minha frente e ficou a me encarar, suspirei fundo encantada ainda mais com sua beleza. Perdemos o contato visual e Clarke se ajoelhou em minha frente. Por mais que ver pessoas se curvando diante de mim fosse algo comum, ver minha mulher fazer aquilo me deixou boquiaberta. Vê-la se entregando e entregando seu povo em minhas responsabilidades apenas mostrava o quanto confiava em mim. Logo em seguida, um a um foram se curvando, naquele ato pude ver que todos aceitaram a aliança com os skaikru, pois sabiam o quanto se curvar diante da comandante numa ocasião daquelas significava. 

—Saudações, guerreiros dos 12 clãs — Falei após um longo momento.

—Saudações, comandante do sangue — Falaram em uníssono. 

—Levantem-se — ordenei e assim fizeram — Recebemos os skaikru em nossa casa com o espírito de amizade e harmonia, e recebemos Clarke Kom Skaikru, nossa Rainha do Povo do Céu. Todos sabem que o motivo de hoje não é apenas a sua nomeação como rainha, mas também a sua entrada na coalizão. — Todos murmuraram baixo entre si contrariando. Era de se esperar — Para simbolizar esta união, nossa rainha deve carregar nossa marca.

Timidamente, Clarke deu um passo a frente de seu posto. 

—Estenda o braço — pedi.

Ela o fez e um dos meus guerreiros trouxe o ferro em brasa, segurou o braço de Clarke e a queimou com o símbolo. Ela fechou os olhos e mordeu o lábio aguentando a dor. 

Que comece a guerra.

Universo The 100 - Clarke e Lexa (livro 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora