𝟔𝟗. | 𝐀𝐕𝐎𝐒 𝐃𝐎 𝐀𝐍𝐎

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DOMINGO - 21h18

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DOMINGO - 21h18

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Nervosa? Eu?

Não, nunca estive nervosa...

Ou estive e estou.

Sim, estou completamente nervosa para contar para os meus pais que eles terão mais um neto nessa família, mais uma criança pra dividir herança.

Neste exato momento estou sentada no sofá da casa dos meus pais, estamos nós cinco se encarando. No caso meu pai, minha mãe, eu, Gabriel e Bruno.

Bruno chegou agora pouco, ele não está nos encarando como os meus pais, eles parecem que estão esperando que a gente contasse algo. Mas meu irmão só não está assim, porque acabou de chegar e pegou uma chuva, diante disso, ele se seca.

– Não é possível que vocês tenham vindo aqui só pra dormir na minha casa. - meu pai diz já abrindo um sorriso, observando muito bem a mão do atacante ao meu lado que fica na minha virilha.

Meu pai olha com uma cara pro Gabriel, que não entendeu muito bem o que quis dizer com esse olhar. Até porque ambos sempre se deram bem e meu pai nunca ligou pra isso.

– Tira a mão daí, rapaz. 'Cê não entendeu o que o meu pai quis dizer então eu falei. - meu irmão diz ainda concentrado em secar seu biceps pouco forte, Gabriel não tira as mãos de mim, apenas deixa a mão em meu joelho.

– Chega disso, vamos, sei que querem falar algo, desembuchem! - minha mãe diz num tom autoritário, ela odeia ficar curiosa.

O que eu deveria fazer? Contar de uma vez ou esperar um tempinho pra contar? Acho que a segunda opção.

Então olho para o Gabriel, que está pronto pra soltar a bomba, mas coloco a minha mão em sua boca, o impedindo de falar agora mesmo.

– Não é nada demais, família, se acalmem! Só queríamos contar que lá em São Paulo estava um dia muito bonito, o que é raro de se acontecer, vocês tinham que estar lá para ver o evento de perto! - minto, com a mentira já na ponta da língua.

Meus pais sabem que sempre achei São Paulo um estado horrível, então não vão estranhar o meu comentário totalmente aleatório.

– Realmente, mas é uma pena que perderam, o Gabi não teve nem tempo de fazer alguma coisa por conta do pouco tempo que deram para ele entrar. - meu pai diz, mudando de assunto, do jeito que eu queria.

Não é que eu queira enrolar pra não contar, mas seria estranho acabar de chegar na casa da pessoa e já vir com essa bomba, sendo que nem tivemos um diálogo simples antes disso.

𝐄𝐍𝐂𝐀𝐍𝐓𝐎 • 𝐠𝐚𝐛𝐢𝐠𝐨𝐥Onde histórias criam vida. Descubra agora