— Droga.. Droga! — Kenma seguia seu caminho para sala em passos lentos, seu converse azul escuro desgastado em seus pés com os cadarços soltos, enquanto a velocidade no andar aumentava na medida que Kozume podia notar o tempo passando. Com medo de se atrasar mais uma vez, o bicolor vai correndo o máximo que consegue e chega na sala, vendo que felizmente o professor não havia chegado ainda.
Então Kozume foi sem delongas até sua mesa, se sentando em sua cadeira e sentindo seu coração desacelerar pelo medo anterior, com um suspiro baixo de alívio saindo de seus lábios, o bicolor mal conseguia dizer quantas vezes acaba se atrasando por motivos estranhamente bobos.
As vezes nem sequer tem uma justificativa para seu atraso, porém para Kozume é como se o tempo passasse voando e ele não tivesse controle sob a demora de suas ações. Kenma não sabe o que fazer nessas situações, sentindo suas pálpebras pesadas ele inclina-se deitando a cabeça na mesa, com os braços cobertos ao redor escondendo o rosto sonolento.
— Kenma? — Uma voz suave chamou o garoto, no mesmo instante que aquela voz chegou nos ouvidos do bicolor ele reconheceu, como poderia esquecer da melodia incrível que é a voz de (M/N)? Tão calma e pacífica que Kozume poderia ouvir por horas sem se cansar. Sempre será apaixonado pela harmonia musical que os lábios de (S/S) conseguem formar ao soltar palavras.
— (M/N).. Bom dia. — Um murmúrio explicitamente cansado sai na voz de Kenma, e o tom demorado não foi ignorado pelo mais alto, que abriu um sorriso gentil e se aproximou lentamente. — Está tudo bem?
O mais baixo assentiu positivamente com a cabeça, e um suspiro trêmulo escapou dos lábios dele quando o professor entrou pela porta, e a felicidade espontânea de Kenma foi visivelmente mudada para uma carranca.
Os dois garotos ficaram em seus devidos lugares, aparentemente focados em cada palavra vinda do homem mais velho ali na frente; mas a verdade é que a única coisa que passa na cabeça de Kozume é como agradecer as flores que recebeu, foi um presente tão incrível, logo (M/N) merece não só um agradecimento simples como uma verdadeira prova que Kenma amou o que recebeu.
O bicolor olhava para o (c/c) às vezes, mas na maioria das vezes apenas percebia os olhos de cor (c/o) já o olhando, de forma tão encantadora, quase como se estivesse presenciando uma obra de arte ou o desabrochar de uma flor. Isso fez o rosto de Kenma ficar tão vermelho quanto um morango.
Kozume escondeu o rosto mais uma vez, tentando fugir dos olhos de (M/N), mas foi uma tentativa falha e engraçada, que fez um riso baixinho escapar do (S/S), continuando a o olhar, só que dessa vez o bicolor notou os outros alunos olhando para os dois como se estivessem cansados das interações deles. Bem, são sempre algo tão fofo, qualquer um se sentiria solitário vendo Kenma e (M/N) interagindo.
Não é atoa as reclamações que recebem firmemente todos os dias quando estão perto de Kuroo, como se o moreno fosse uma espécie de criança que não consegue lidar com interações românticas dos pais. É engraçado assistir as interações do trio; mesmo que dá última vez quase tenham levado Kuroo dessa pra melhor.
— Ahn.. (M/N)? — Kenma sussurrou, ainda de cabeça baixa para que o professor não o veja falando com seu colega ao lado, ainda mais porque Kozume não quer correr o risco de ser levado para a sala do vice-diretor. Na verdade está torcendo que não tenha que ver o rosto daquele homem por um bom tempo.
O (S/S) escutou a voz do bicolor, e se virou para ele, com os cantos de seus lábios mais arrebitados, como um pequeno sorriso, mesmo que seja algo tão simples é suficiente para que Kenma solte a respiração que nem sabia que estava segurando.
— Sobre o presente que você me deu.. Muito obrigado, eu gostei... — Kozume tentou formular as palavras quase que rapidamente por pura vergonha de não conseguir manter calma ao agradecer; mas Kenma se auto corrigiu vendo a expressão de (M/N) — Gostei muito!
O professor encarou os dois garotos, com as mãos sob os quadris, como uma bronca silenciosa que foi mais que suficiente para que eles entendessem, Kozume colocou as mãos no rosto, envergonhado pelo acontecimento de agora.
— Fico feliz que tenha gostado, acho que flores azuis combinam com você. — O mais alto murmurou, com um tom sincero e genuíno, e as bochechas dele até tomaram uma coloração rosada, pouco perceptível graças ao sorriso mais chamativo no rosto, e ainda mais encantador as covinhas ao sorrir.
Não importa quantas vezes Kenma veja esse sorriso, ou quanto tempo passe, ele sempre vai se derreter por inteiro com esses lábios finos e covinhas adoráveis. Sim, com toda certeza (M/N) é adorável, e Kozume não aceita de forma alguma opiniões contrárias.
— Kozume, (S/S). — De repente uma voz mais firme, assustadora, e claramente séria chama os dois, os garotos olham para a porta, vendo ali o vice-diretor, os encarando com uma expressão de frieza, e apenas o cenho franzido; como se estivesse vendo duas figuras criminosas a sua frente. — Na minha sala, agora.
Em seguida a porta é batida com uma força surpreendente, todos daquela sala, sem exceção do professor, olham para o bicolor e para o (c/c), o mais alto é o primeiro a levantar, e pega a mão de Kenma o levando junto. Saindo da sala de aula fechando a porta novamente.
— Você sabe que estamos ferrados, certo? — Kenma murmura, sua voz soando nervosa como se ele já soubesse o destino que aguarda ele e (M/N), porém o mais alto não parece estar compartilhando desse pavor que o bicolor perceptívelmente está sentindo. — Calma, ele não vai nos expulsar só por ter visto ele beijando o diretor, não é?
(S/S) fala com tanta convicção e calma que faz o mais baixo assentir, engolindo em seco enquanto iam até o fim do corredor em passos lentos, chegando em frente a porta e dessa vez batendo, inclinando o punho e dando três batidas antes de serem recebidos pelo vice-diretor; que em sua expressão não parece nada feliz.
— Vocês dois estão bem encrencados, rapazes. — A voz do homem é firme, rígida e dura tanto quanto uma rocha, faz os mais jovens estremecer. E Kozume deu uma batida de leve no braço do (c/c) que entendeu aquilo como um recado, algo como “Eu avisei”.
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Espero que vocês não me odeiem pela demora. Eu não sei porque demorei TANTO pra postar sendo que o capítulo já tava pronto, mas enfim, minha cabeça não funciona corretamente de qualquer forma.
Eu queria fazer um capítulo bem escrito (falhei miseravelmente), mas espero que ao menos seja legível o suficiente. Eu juro que eu tô tentando melhorar tanto em escrita quanto em rotina para postar os capítulos.
Quase desisti e apaguei a fic mas vamos fingir que não aconteceu, me desculpem por ter deixado vocês esperando todo esse tempo.
