Lola
Abri a porta já dando de cara com o Heitor deitado na sala vendo TV, assim que entrei o mesmo me olha e volta sua atenção pra TV.
- demorei mais que o esperado- falei fechando a porta
- como foi no médico? Conseguiu saber o que você tem?- falou pausando a TV me vendo sentar ao seu lado
- sim a médica conseguiu descobrir o que eu tinha- falei sorrindo de lado- fizemos um exame de sangue- falei vendo ele me olhar estranho, então logo já entreguei para o mesmo o exame de sangue- vamos ser papais Heitor- falei sorrindo na esperança de ver ele feliz pela notícia, mas como eu já imaginava não foi bem assim
- como assim papais Paolla? Tá doida?- ele fala se levantando e andando de um lado pro outro- você sempre soube que nunca esteve nos meus planos ter uma criança porra- ele falou se alterando
- e você acha que estava nos meus ter um filho agora Heitor? Porra eu nem trabalho, acha mesmo que ia deixar tudo nas suas costas?- falei me levantando puta já com essa situação
- pelo jeito é o que você esta fazendo e vai fazer se continuar com essa criança- ele falou chegando perto e apontando para minha barriga
- o que? Quem tá ficando doido aqui é você né Heitor- falei e o mesmo segura me maxilar com certa força
- você vai tirar essa criança Paolla- ele fala frio
- não irei tirar, você pirou?- falei me soltando dele- esse bebe não tem culpa da sua irresponsabilidade, da nossa- falei apontando para nós dois
- é dele né?- ele falou se aproximando fazendo eu bater com as costas na bancada da cozinha e apertando meu braço- fala caralho
- dele o que?- falei tentando tirar seus braços de mim
- essa criança é daquele filho da puta do JP, né sua vagabunda- ele falou com fúrias nos olhos apertado com mais força meu braço, não aguentei e lasquei logo um tapao na cara dele
- você tá maluco Heitor? Esse bebê é seu, não quer assumir as consequências dos seus atos suave, agora me botar como vagabunda- falei puta, mas logo paralisei quando senti meu rosto arder e o mesmo me segurar meu pescoço
- escuta aqui Paolla, eu sei que é dele sua vagabunda- falou apertando meu pescoço, eu tentava me soltar mas sem nenhum sucesso- você vai tirar essa criança, se não eu mesmo tiro agora- quando ele terminou essa frase não pensei duas vezes em pegar a frigideira que tinha do meu lado e dar na sua cabeça. Bati com gosto mesmo, vendo o mesmo desmaiar.
Sai correndo de perto dele e fui até o nosso quarto. Peguei uma mochila e enfiei algumas roupas, documentos e dinheiro e saí dali daquele apartamento correndo.
Saí dali sem rumo chorando feito criança precisando de colo, fui andando em direção ao lugar que eu tinha certeza que iria ter ajuda, no Alemão, podia ter pedido um uber mas precisava pensar e chorar tudo que eu tinha que chorar. As pessoas na rua me olhavam com pena, o que me dava mais vontade de chorar ainda. Essa droga de hormônios.
Fui refletindo tudo que já avia passado esses tempo ao lado do Heitor e de como fui burra por ter aceitado ficar com um cara desse caráter. Não sei o que vou fazer de verdade, mas a única certeza que tenho é que não vou tirar esse bebê .
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Tava escrito
Non-FictionQuem são eles pra julgar nós dois? Quem são eles pra falar de nós? Nossa conexão, é de outro mundo Imagina se nos vissem a sós?