Já passava das cinco da manhã e nada de notícias do Jp e nem dos meninos. Mas graças a Deus os tiros já tinham se acalmado.
Provavelmente tavam recuando os cu azul, como diz Jp. Da janela já se via os vapores arrumando a bagunça que ficou nas ruas, e arrastando os corpos que tinham ficado pela rua.
Mas agradeci por ter sido de madrugada. Pelo menos eles tem um pouco de senso né, de não machucar crianças e pessoas inocente. Maria já avia me mandado um milhão de mensagens perguntando sobre o Jp, se ele estava bem, e se já tinha voltado. Respondi a mesma, mas ainda estava preocupada. Avia falado que assim que ele voltasse iria avisar a mesma.
Assim que tudo se acalma lá fora, eu e Dona Sandra descemos para cozinha e descidimos fazer um café enquanto não tínhamos notícias do Jp e nem dos meninos. O que já tava me deixando angustiada. Já era pra eles ter voltado.
- cheirinho do café da bom- Jp fala entrando com os meninos logo atrás
- graças a Deus meu filho- Dona Sandra fala abraçando o mesmo
- orra tava ficando nervosa já- falei para os meninos- não fazem isso não meo, da notícia né
- pode deixar parceira- Cobra fala me abraçando de lado- da próxima eu aviso que estamos bem ou se algo acontecer- o mesmo fala me soltando
- credo bate na madeira meo- falo batendo na mesa- vai acontecer nada não tá doido fio- falo fazendo eles ri
- vai tomar banho vai- Dona Sandra fala se referindo ao JP, já que os outros meninos já estavam limpos
- real tá fedendo- falo gastando o mesmo
- sai daí meo- fala se cheirando- tô nada, tô cheirosinho fia
- aham confia- Nego fala rindo do mesmo
- vou tomar meu banho que ganho mais- fala subindo pro banheiro
- senta ai vocês também- falo para Cobra e Nego- tem café, pão e fizemos um bolo de cenoura de respeito viu- falei puxado sentando
- orra vou nem negar- Nego fala sendo e Cobra ri do mesmo
- esfomeado ele- fala rindo e se senta
- calma meninos tem pra todo mundo- fala servindo os mesmo.
Isso que eu gostava casa sempre cheia, essas conversas nada aver com nada, um gastando o outro. Foi o que mais senti falta aqui, essas sensação de acolhimento, de estar em casa.
Dona Sandra sempre trouxe essa sensação. A casa sempre vivia cheia de familiares e amigos. A mesma nunca negou nada, mesmo não tendo quase nada a mesmo sempre dividia e sempre acabava em festa.
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Tava escrito
Non-FictionQuem são eles pra julgar nós dois? Quem são eles pra falar de nós? Nossa conexão, é de outro mundo Imagina se nos vissem a sós?