Alma Gêmea. - Aemond Targaryen

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Dizem que quando nascemos, os Deuses gostam de dificultar nosso vida. E a minha não foi diferente, minha mãe, uma Lanister morreu no meu parto. Meu pai nunca deu tanta atenção a mim, sempre estando no Castelo junto aos Targaryen e me tendo como uma intrusa em tudo.

Com 2 anos, minha criada viu uma marca estranha em meu pulso. Algo em valiriano. Não sabia o que estava escrito. A princesa Rhaenyra nunca me disse o que se tratava, só me dizia que isso já apareceu nela.

No pulso escrito Harwin Strong, tão fraco e apagado que só era visto depois de forçar a vista.

Perguntei o que aconteceu, e ele me disse, "Nos encontramos, nos amamos e no fim, ele foi tirado de mim. E com sua morte, seu nome desaparece cada vez mais, me tirando uma das partes que sobrou dele."

Eu me senti triste por ela, esperava que minha alma gêmea fosse gentil comigo. Até que finalmente pude conhecer os príncipes. Tá, eu só os conheci por sorte.

No enterro de Laena Velaryon, vi alguns jovens de cabelos claros, julguei ser Targaryen. Me aproximei fracamente.

O mais alto, talvez o mais velho, me olhou estranhamente, me deixando desconfortável. O mais novo, um pouco mais alto que eu, encarava outras garotas de cabelo loiro.

Meu pulso ardeu e eu apertei ele por impulso. Foi quando nos olhamos profundamente, ele disfarçadamente apertou seu pulso também.

A ansiedade se fez presente, meu peito subia e descia com velocidade.

--- Sou Aemond, me perdoe pela falta de educação. - falou beijando uma de minhas mãos.

Logo conversamos por horas, descobri bastante coisas sobre o mesmo.

Longe dali, estava a mãe do garoto. A rainha consorte Alicent, ela falava com seu pai, a mão do Rei, Otto Higtower.

Eles se aproximaram, Alicent tocou o ombro do filho que a abraçou brevemente, depois voltou sua atenção a mim. Fiz uma breve reverência a ela que sorriu mais.

--- Deve ser S/N, estou certa? - perguntou sorridente.

--- Sim vossa graça, sou S/N Lanister. - respondi simples.

--- Sinto pela sua perda, lady S/N, perdi minha mãe também. - Falou e uma parte minha se enfureceu.

--- Viveu com ela pelo menos, vossa graça ?- perguntei cerrando minha mandíbula, lutando para não ser grossa.

--- Sim, ela morreu quando ela era um pouco mais velha que você. - Otto respondeu e os encarei com raiva.

--- então acha que sua dor é a mesma que a minha? Seu pai a ignorou, a deixou largada e depois jogou a culpa em você? Não, não É? Então não sabe como me sinto, vossa graça. - respondi fazendo reverência e saindo.

Me afastei um pouco do garoto, eu não queria que ele soubesse sobre ser sua alma gêmea. Minha mãe era alma gêmea de meu pai e morreu, não queria o mesmo destino que o dela.

A rainha tentou a todo custo incluir meu pai nos jantares, só para me ter por perto. Ela sabe, tenho certeza que sabe. E se ela sabe, meu pai saberá, então terei de casar com Aemond.

Aemond perdeu o olho, e com isso, teve que crescer ouvindo o quanto era feio, ou horrível. Criadas diziam que só me aproximei dele por ele ser um Targaryen. Eu não as culpava, se eu fosse elas, também teria inveja de mim.

Com o tempo, minha amizade com Aemond desandou um pouco. Nos beijamos depois de um jantar e a marca em meu pulso queimou tão forte que o afastei e não o encarei por alguns dias.
Quando estávamos juntos, sempre reparei que ele as vezes tocava seu pulso, já eu apertava tentando para a dor.

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