Capítulo 1

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Tokyaru é um mundo de seres místicos descendentes de lobos selvagens, separados por gêneros: alfas e ômegas. Independente de seu sexo biológico, seja homens ou mulheres, o que realmente importa é a sua classificação. Alfas no geral são fortes, astutos, ágeis e ômegas são seres de natureza logica, racional porem em desvantagem quando compra resistência física e força. Alguns alfas ainda podem apresentar um gene ancestral licantropo, são conhecidos como "FERAIS" os mais próximos do licantropos originais. São ferozes e incontroláveis, caçadores por excelência. Tudo é muito intenso com esses alfas distintos, não só quando estão em formas lupinas, suas emoções também são mais intensas - sejam elas boas ou ruim, territoriais e possessivos capazes do que for para defender sua prole e família. 

Mesmo que gerações tenha se passado os genes dos licantropos originais sem alterações, ainda permaneceram, e famílias que possem entre suas árvores genealógicas o gene feral tais como Sano, Haitani, Keisuke, Hajime, Shiba,  Akashi, Ryuguji e Yashuiro. 

Foram séculos de muitos combates e guerras antes que de um acordo firmado para garantir a paz entre os clãs, sendo assim cada um deles controlaria um território em Hankagi. Como parte de seu acordo de harmonia e soberania cada um de seus herdeiros são enviados a uma escola em que devem aprender a artes ocultas e liderança. O colégio interno de Naji era o mais antigo e respeitado. O colégio Naji, aceitava entre seus alunos alfas e ômegas, fundado por monges a pequena escola agrícola foi ganhando força e se destacando, através dos anos e se transformando em uma grande fortaleza protegida pela densa floresta. Um castelo gigantesco, com salas de aulas, biblioteca, refeitório no salão comunal, salão de festas, enfermaria, área de esportes e dormitórios. Seus fundadores estavam presentes quando os grandes clãs ferais assinaram o que foi chamado do "TRATADO DO LOBOS UIVANTES", colocando fim as batalhas sanguinolentas de Hankagi, um continente no mundo Torakyu.

 O colégio então foi o escolhido para abrigar a gerações de ferais dentro de suas instalações, juntos com os outros alunos. De início nada nunca é fácil, o medo ainda dominava em relação aos diferentes da maioria - Eram vistos como selvagens por terem seus instintos mais elevados e aguçados,- foram anos de muito esforço para mudar a imagem dos ferais, que passaram de rejeitados para o topo da cadeia social. Com os anos, as famílias mais ilustres foram colocando sucessivamente seus descendentes e das portas daquele colégio saiam sempre líderes, pessoas de grande influência das mais variadas áreas. Naji era a mistura perfeita de moderno com antigo - mesmo com eletricidade a escola ainda era iluminada por velas enfeitiçadas. O castelo tinha um ar de sombrio e misterioso ao mesmo tempo, a grande floresta e o clima chuvoso da região completava o quadro melancólico do local.

 Uma coisa que chamava atenção, era as divisões dos dormitórios, começou como uma brincadeira entre os alunos, uma forma de identificar aonde cada um dormiria e então cada ala do colégio ganhou um nome; A ala oeste era conhecida como Solstício, a ala leste como Veranos, a ala sul como Solaria e ala norte como Luar. Ao mais norte da escola, isolada das dependências, do colégio tinha um palacete conhecido como Casa da Fera, esse era o dormitório dos alunos ferais. No início a convivência se tornou difícil, muitos incidente levaram os antigos monges a construir um local adaptado as necessidade desses alunos excepcionais. Atualmente. 

Os dias em Naji eram todos tediosos ao ponto de vista de Rindou Haitani, não era novidade que por onde passavam os ferais deixavam muitos com inveja e outros tantos rendidos aos seus pés, poderiam ter e fazer o quisessem. Mas, para o jovem Haitani o céu cinza e o tempo chuvoso deixavam as paredes da escola negras e acinzentadas o que causava um grande tédio no rapaz. Todas as manhas a rotina era a mesma: acordar, tomar café, aulas, almoço, aulas, descanso, aulas, treinos, jantares e dormir. Basicamente, todos os dias, nada de diferente. Nos corredores olhares de desejo dos ômegas e de inveja de alguns alfas e de outros de subordinação. O tédio lhe corroía a alma em uma agonia em espiral sem fim, não que seu território fosse diferente, Roonpongi era frio e chuvoso igual, era uma terra que explorava a extração de minérios e ferro e por isso tudo tinha um ar gótico e sombrio. Lembrava-se de uma única vez em sua infância a qual ficou marcada - enquanto andava pelas florestas uma pequena borboleta azul turquesa pousou em sua mão. Nunca tinha visto algo assim, uma cor suave e vivaz que instantaneamente lhe trouxe uma paz, o pequeno inseto não teve ciência de seu triste fim, morto e posto entre duas placas de vidro fino selada por uma moldura de ligas de prata e cobre, o pequeno objeto era o que podemos dizer um amuleto de sorte do Haitani mais novo. 

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