FIFTY SIX

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— Que?! Você enlouqueceu? - ele diz me olhando sério.

— Acho que eu devo ter enlouquecido mesmo. Ao ponto de aceitar namorar de volta um gangster assassino e traidor! - digo o olhando.

— Porra Alice não fode. - ele diz.

— Como? Se você já fudeu com a situação toda?! - Digo o olhando com raiva.

— Por favor, me dá uma segunda chance. - Ele diz me olhando.

— Seria sua terceira Chance, Vincent Hacker. E não... já deu. Vamos acabar com tudo de uma vez por todas. Sabemos que nunca iria dar certo mesmo... - digo.

— Oi? Você pensava que a gente nunca iria dar certo é isso? - Ele diz.

— Lógico porra! Você é completamente diferente de mim! Eu tenho que ter um psicológico muito bom pra ficar com você e aguentar toda essa merda que você faz. Você matou o Oliver! POR CIÚMES! VOCÊ É LOUCO! - digo começando a chorar.

— Tá, ok... calma. Vamos... resolver com mais calma? Pode ser? - Ele diz me olhando.

— Não dá, não consigo mais. Eu não consigo Vinnie... eu não consigo. - Digo me desabando de chorar.

— Eu prometo, prometo não te fazer mais chorar, prometo não te decepcionar mais. Eu prometo a nem mesmo ousar de olhar nos olhos de outra mulher a não ser você. - ele diz.

— Suas promessas não valem mais pra mim. A gente acaba aqui. - Digo logo o olhando. — Vai embora. Eu nunca mais quero olhar em seus olhos novamente.

Ele então respira fundo e fica em silêncio por alguns segundos. E logo volta seu olhar para mim.

— Tá, ok. Se é assim que você quer, então tá bom. -  Ele logo deixa algumas lágrimas escorrer em seu rosto. — Adeus, Alice. - Ele logo então sai de casa com passos lentos.

Depois que ele então saiu, eu me desabei de chorar no chão. Comecei a chorar tanto ao ponto de soluçar.
É lógico que ainda o amava mais que tudo mas depois do que aconteceu não iria dar. Eu não conseguia mais confiar nele, nem em uma palavra.
Ele partiu meu coração.

Eu queria muito muito que o nosso romance fosse verdadeiro. Mas a quem eu estava engando? Eu estava me iludindo achando que ter um caso com um mafioso seria romântico. Não, isso não é nada romântico.
Ele só vai partir seu coração toda vez.
Por mais que eu pensasse que o Vinnie fosse totalmente diferente.

(...)

Os dias estavam se passando, eu não conseguia dormir. Já estava a cinco dias sem ter uma noite de sono. Eu estava com olheiras e ia pro trabalho parecendo um zumbi.

Eu bloqueei o Vinnie em todas as redes sociais possíveis. Deletei todas as nossas fotos que tínhamos juntos. Pena que eu não conseguia deletar ele da minha mente.

Não havia um dia se quer que eu não pensasse nele. Mesmo que eu estivesse ainda morrendo de raiva, as memórias boas junto com ele não saiam da minha mente por nada.

Eu nem sabia por onde ele tava agora, mas acho que deve estar em Los Angeles a essa altura. Que merda ele iria ficar fazendo aqui na Austrália?
Porra nenhuma. Quer dizer, a não ser ficar fudendo com a Kelly dia e noite. Já que ele adora fazer isso.

Eu estava exausta. Minha mente não parava um segundo se quer de pensar nele, e meu corpo estava mole e fraco.
Eu já não dormia, não comia, e nem bebia muita água.

A Margareth, ficou seriamente preocupada comigo então falou para mim tirar uma semana de férias pra poder me recuperar aos poucos. Mas eu neguei. Eu não vou deixar que um homem estrague o meu trabalho que eu tanto me esforcei pra ter.

— Alice, você precisa descansar. Tira uma semana e tá tudo bem. - Margareth diz enquanto me olhava.

— Amiga, eu tô ótima! Tô perfeitamente bem. - digo dando um sorriso.

— Não, você não tá nada bem. Você tá igual um zumbi e um fantasma ao mesmo tempo. Você tá tão pálida que Jajá vai ficar que nem a cor de um papel em branco. - ela diz.

— Ah, que isso! Não exagera amiga. - digo sorrindo.

— Não tô exagerando, Alice. Eu tô realmente preocupada com você. Você não tá nem comendo... - ela diz.

— Eu nunca fui de comer muito mesmo. É normal. - Digo.

— Caralho... não tem como você trabalhar nesse estado! - ela diz.

— Tem sim. Eu tô fazendo tudo correto aqui. - digo.

— Tá fazendo tudo correto no trabalho, mas seu corpo tá implorando por socorro. Você tem que se importar mais com a sua saúde do que com o trabalho. - Ela diz cruzando os braços.

— Tá bom, tá bom. Jajá eu como alguma coisinha. - Digo sorrindo.

— Alice eu não tô falando somente pra você se alimentar. Tô falando pra você ficar em casa e descansar. Ou melhor, ir até um hospital. - Ela diz.

— Tá bom, depois que eu sair daqui do trabalho, eu irei até um hospital. Eu prometo. - Digo sorrindo.

— Eu preferia que você fosse agora. Imediatamente. - Ela diz.

— Não, depois do trabalho. Eu prometo.

— Tá, então eu vou te levar. Porque sei que você provavelmente vai ficar na sua casa. - ela diz me olhando.

— AFF tá bom. Depois do trabalho, você me leva. Acordo fechado. - Digo sorrindo.

— Você é tão teimosa. - Ela diz. — Mas pelo menos irei te levar, e acompanhar.

— Tá bom anjo, obrigada. - digo.

(...)

Como a Margareth havia insistindo para que eu fosse ao hospital, eu tive que ir, logo no final do nosso turno. Ela me levou até o hospital mais próximo e ficou me acompanhando.

Quando chegamos lá, fomos atendidos até que rápido e então o médico começou a me analisar. Seus olhares não eram bons.

— Alice, o que aconteceu pra você ficar desde jeito? - ele diz me olhando.

— Ah, bom... - digo rindo. — Um término, eu acho.

— Oh querida... você está péssima. - ele diz .

— Nossa, jogou na cara com tudo hein. - digo.

— Alice, você está com o começo de uma depressão. Isso não é brincadeira. Vou ter que te indicar alguns remédios para você tomar todos os dias. Após seu café da manhã e de noite, antes de dormir. - Ele diz me olhando.

— Depressão? - digo logo rindo. — Que merda.

— Alice... escute o médico. - Margareth diz me olhando preocupada.

— Terá que se alimentar também e beber bastante água. Os remédios que você irá tomar, pode ajudar a você sentir sono, então provavelmente poderá ter um sono tranquilo. Mas evite pensamentos negativos. - ele diz.

— Pô, então tá. - digo.

— Vou deixar essa receita médica com você. Por favor, cuide-se, Alice. - ele diz me entregando o papel

— Tá bom, obrigada doutor. - digo.

Logo então, saímos do hospital e fomos direto para uma farmácia e eu comprei os remédios que o doutor me consultou.
Acho que eu não estava com "começo de depressão" mas tá bom né.

CONTINUA...

MEU PROFESSOR [vinnie hacker]Onde histórias criam vida. Descubra agora