SIXTY ONE

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Quatro meses depois...

Já havia se passado quatro meses desde que aquilo aconteceu. Eu estava prestes a ter meu parto. Minha bolsa já tinha estourado e eu já estava no hospital.

Eu sabia que eu estava sendo vigiada por ele. Eu sabia disso e por alguma razão muito estúpida, eu me sentia um pouquinho confortável.
Eu não sei explicar a sensação que estou sentindo. Não mesmo.

Eu estava desesperada quando estava prestes a ter meu filho. Eu fazia muita força e gritava de dor. Meu corpo todo estava encharcado de suor. Inúmeras sensações ao mesmo tempo, e o que eu queria era poder estar segurando a mão do Vinnie naquele momento.

— Está quase lá! Só mais um pouco! - Dizia o médico enquanto estava segurando a cabeça do meu bebê.

Fazia mais forças e então até que um certo momento, depois de muito se esforçar, eu tive o meu pequeno.
Eu sorria de alívio ao escutar ele chorar.

Meus parabéns. - Diz o médico enquanto dava o meu bebê no meu colo.

Eu chorava de felicidade e alívio ao ver ele. Era a cara do Vinnie...
Dei um beijinho em sua testa e então logo depois dos médicos pegaram ele de volta.
Meu bebê teria que ficar no hospital até amanhã, e eu também.

Depois de um tempo, fui encaminhada para uma outra sala para descansar, e então, pude receber as visitas.
Margareth e Eric entraram na sala.
Eric veio correndo até mim e me deu um grande abraço. Margareth não parava de chorar.

— Aí meu Deus! Meus parabéns! - ela diz enquanto chorava e logo me deu um abraço.

— Obrigada querida. - digo sorrindo.

— Você já não está com aquele barrigão. - Diz Eric me olhando sorrindo.

— Bom, ele ainda tá meio inchadinho, mas depois eu fico como era antes. - digo o olhando sorrindo.

— E meu sobrinho? Cadê?! - ele diz animado.

— Ele está em outra salinha querido. Amanhã você poderá ver ele. - digo sorrindo.

— Eu já sou um homem. Sou tio aos onze anos de idade! - Ele diz se achando então eu e Margareth rumos.

— Eu tô tão feliz. - Digo sorrindo.

— Estamos também amiga. - Diz a mesma sorrindo. — Como vai ser o nome?

Eu não sabia muito bem ao certo qual nome iria dar ao meu filho. Porque por alguma razão eu queria muito decidir isso com o Vinnie.

— Eu... não sei ao certo ainda. - digo.

— Bom se decidir logo. - Ela diz.

— Sim, é mesmo. - digo.

(...)

Dia seguinte...

No dia seguinte, eu e meu filho já estávamos de alta. Eu o vesti com um macacão bem confortável nele. Ele tava uma gracinha.
Ele nasceu com bastante cabelinho até. Era loirinho igual ao pai. Apenas os olhos que eram azuis. Eu fiquei confusa porque nem eu e nem o Vinnie tinha olhos claros, mas então lembrei que meu pai tem. Ele tem olhos azuis então provavelmente puxou a genética dele.

Margareth me buscou até o hospital e me levou para casa. Ela então, completamente louca pra pregar meu filho em seu colo, entrou dentro de casa e o pegou.

— Aaahh que fofurinha!! - Ela diz sorrindo enquanto estava com ele em seu colo.

— É sim uma fofura. - digo sorrindo.

— Mas os olhos são azuis... - Ela diz o olhando confusa.

— Eu também fiquei um pouco confusa na hora, porque nem eu e nem o Vinnie tem olhos azuis. Mas me lembrei que o desgraçado do meu pai tem olhos azuis. - digo logo sorrindo. — Meu filho puxou a genética dos olhos dele, um pouco raro.

— Ah então isso explica tudo. - ela sorri. — Mas vem cá, porque cê falou assim do seu próprio pai? - ela diz me olhando confusa.

Ah é mesmo, nunca contei minha história para a Margareth, de tudo que meus pais me fizeram.

— Uma história longa. Só digo que eles eram muito desgraçados comigo. - Digo.

— Nossa... que horrível. - ela diz.

— Totalmente.

— Minha vez, minha vez! - Diz Eric erguendo os braços pra pegar o bebê.

— Calma Eric, tem que ter muito cuidado. Senta no sofá. - digo o olhando e então ele se sentou. Peguei o bebê com bastante cuidado e coloquei em seus braços com delicadeza. — Cuidado.

— Ele é muito fofo. - Diz o mesmo dando um grande sorriso ao ver o seu próprio sobrinho em suas mãos.

— De quem você acha que ele é mais parecido? - digo o olhando sorrindo.

— Hmm... deixo ver. - ele diz olhando o bebê. — É mais parecido com Vinnie.

— É, eu também acho. - digo sorrindo.

Só espero não ser um maluco psicopata igual ao pai um dia...

(...)

VINNIE HACKER POV'S

30 horas atrás...

— Chefe você tem que se acalmar. - Diz Christian me olhando enquanto eu ando pro lado pro outro.

— Eu tô calmo tá? Eu tô calmo! - Digo tirando meu casaco.

— Ela vai ter o parto. - Ele diz.

— Eu sei! Eu sei disso porra! - Digo começando a suar mais.

— Você não quer ir pra Austrália pra seila, de repente amanhã ver ela e seu filho? - Christian diz me olhando.

— Tá maluco? Ela vai querer me matar. - Digo.

— Mas não é o que você quer tanto?

— Sim, é o que eu mais quero no mundo. Mas como se ela simplesmente me odeia? Não posso chegar de surpresa na casa dela e dizer: Oi amorzinho, como você tá? E o nosso filho? - digo o olhando. — Ela vai querer me esganar.

Digo logo colocando o cabelo pra trás e bebendo uma garrafinha de água inteira.

— Eu só queria tá com ela ali agora. - Digo.

— Entendo... mas não pode viver com essa angústia pra sempre. - Ele diz.

— Eu não posso fazer nada Chris. Tudo que eu terei que fazer é aguentar. Tenho que viver minha vida sem a mulher que eu amo e sem meu próprio filho. - Digo.

— Sabe que ainda dá pra resolver as coisas, não sabe? Eu sei bem que ela ainda te ama.

— Não, não ela não me ama mais. Você tinha que ver o jeito que ela me olhava no dia que terminamos. Foi... assustador. Mas eu entendo. Até porque se fosse eu no lugar dela eu provavelmente eu poderia ter um surto de raiva. — digo o olhando. — A gente infelizmente tem que seguir a vida um do outro sozinhos.

— Certeza?

Sim. E outra... desliguem todas as câmeras possíveis que vigiam ela. Já chega disso. Eu estou me torturando.

— Sim senhor.

CONTINUA...

MEU PROFESSOR [vinnie hacker]Onde histórias criam vida. Descubra agora